Crítica | Winx: Fate é completamente diferente da animação

Clube das Winx foi um desenho dos anos 2000, que até hoje, possui uma grande legião de fãs. E quando a Netflix revelou que iria produzir uma série live-action baseada na história das fadinhas, os fãs não ficaram muito felizes. Ainda mais, depois de confirmado que esta versão não seria tão glamurosa e cheia de glitter como a que o público assistia na infância.

A princípio, Winx: Fate acompanha a história de Bloom (Abigail Cowen), uma adolescente de 16 anos que descobre ser fada após incendiar sua casa. E assim, ela vai para um colégio interno para aprender a controlar seus novos poderes. Lá, ela conhece Aisha (Precious Mustapha), Stella (Hannah van der Westhuysen), Musa (Elisha Applebaum) e Terra (Eliot Salt), suas colegas de dormitório, e com ajuda delas, vai atrás em entender um pouco mais sobre a sua origem.

A série começou causar polêmica antes mesmo de seu lançamento, pois no final do ano passado, quando divulgado o primeiro teaser, já eram perceptíveis as mudanças. As personagens Musa e Flora, quais tinham etnia asiática e negra, foram substituídas por atrizes brancas. E a fada Tecna, não existia mais.

Infelizmente, o whitewashing é algo muito recorrente no cinema, por exemplo, como nos filmes O Último Mestre do Ar (2010) e A Vigilante Do Amanhã (2017), os criadores resolveram apagar da história a origem do personagem, e ser (nada) representado por um ator ou atriz branca famosos. Pois assim, teria uma grande chance de fazer mais sucesso na bilheteira.

Reprodução: Netflix | Crítica: Winx: Fate é completamente diferente da animação
A estética da série

Outro elemento da série que deixou os fãs decepcionados foi o figurino. Assinado por Catherine Adair, então conhecida por seus trabalhos em Desperate Housewives (2004-2012) e Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado (1997), não soube como montar o guarda-roupa de personagens adolescentes.

Os anos 2000 estão de volta, e com ele, várias tendências retornando no dia-a-dia. Assim, seria uma forma louvável de relembrar o afeto pelas composições das fadinhas no desenho, compondo peças básicas com acessórios que remetiam os respectivos estilos.

A falta de cuidado no visual afetou a personalidade de algumas personagens, como com Musa e Terra.

Winx: Fate possui uma estética parecida com as séries da CW, e isso acontece pois o showrunner e produtor executivo, Brian Young, é o mesmo de uma das séries de maior sucesso da rede, The Vampire Diaries (2009-2017).

Winx: Fate têm um plot twist atrás do outro

A cada episódio, a série consegue surpreender o espectador. Desde o final do primeiro episódio, com Beatrix (Sadie Soverall) revelando que é uma fada muito poderosa, quando Bloom descobre os segredos de sua origem, a transformação final, e até mesmo os easter eggs onde a série honra o animação.

Por fim, a série possui vários problemas, mas apesar disso, ela funciona muito se o entretenimento que você está procurando é algo mais fantasioso, e que no final, você provavelmente vai ter criado inúmeras teorias para uma talvez próxima temporada.

Os seis episódios de Winx: Fate estão disponíveis na plataforma de streaming da Netflix. Confira o trailer da série abaixo:

Winx: Fate

Criador: Iginio Straffi

Elenco: Abigail Cowen, Elisha Applebaum, Eliot Salt e Precious Mustapha

Nota: 3,5/5

Avaliação: 3.5 de 5.

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Camila Ferreira