Thor: Ragnarok | Evolução e o encerramento de ciclos

Thor Ragnarok

Já fazem três anos que Thor: Ragnarok chegou aos cinemas, com uma trilha sonora envolvente, personagens carismáticos e uma história com medidas certas de comédia e drama, ao rever o filme é possível notar que além de ser mais um filme da grande odisseia da Marvel nos cinemas, o filme também mostra como os ciclos em nossas vidas se encerram e como recomeços são tão importantes para uma evolução própria.

Porém antes de falarmos de Thor: Ragnarok e todas as mudanças que são mostradas no filme, temos que ter em mente que desde a sua primeira aparição no universo Marvel, Thor nunca tinha aparentado ter tido um grande desenvolvimento em sua personalidade e ações, somente depois da morte de sua mãe Frigga em Thor: O Mundo Sombrio, que o personagem finalmente começou a demonstrar uma evolução, contudo apenas em Thor: Ragnarok que o deus do trovão finalmente teve sua evolução própria.

Os ciclos de Thor e seus fechamentos

Thor: Ragnarok mostrou uma virada de chave para seu protagonista, devido a diversas situações, desde da morte de Odin até a perda do Mjolnir. Do seu primeiro filme até seu terceiro filme vemos uma evolução de Thor de um jovem imprudente até se tornar o rei de Asgard.  Se fossemos citar alguns dos ciclos que os filmes nos apresentaram no decorrer dos anos temos, as desavenças de Thor com Loki, a dependência do Mjolnir e a insegurança de Thor em assumir o trono de Asgard.

  • Thor e seu relacionamento com Loki

Em um momento de Thor: Ragnarok numa conversa com Loki, Thor diz a seguinte frase:  “Olha loki, a vida é sobre crescer e mudar, mas você quer continuar igual”. A primeira vista a frase pode parecer somente uma análise que Thor faz sobre Loki e suas trapaças, no entanto se olharmos com outra visão, essa frase mostra como Thor finalmente começou sua mudança pessoal, ao não acreditar totalmente em Loki, que como já sabemos sempre procurou conseguir tirar vantagem de seu irmão em diversas situações. Esse momento mostra como Thor finalmente amadureceu e também teve o primeiro encerramento de um dos seus ciclos na sua vida.

Imagem: Reprodução
  • A dependência do Mjolnir

O plot do primeiro filme solo do Thor é basicamente o herói tentando ter a posse do Mjolnir após um erro cometido pelo mesmo que leva seu pai, Odin, a exila-lo de Asgard e de torna-lo indigno do Mjolnir. O filme nos apresenta o Thor como sendo uma persona completamente dependente de sua arma e que sem ela ele não passa de um deus medíocre que não possuía poder algum. Não entrando no mérito sobre a qualidade do filme ou as más decisões de roteiro e afins, desde a sua primeira aparição o Thor é mostrado como sendo um deus dependente de sua arma e que se apoia única e exclusivamente no poder do Mjolnir, e essa imagem dele é quebrada no final de Thor: Ragnarok, quando finalmente vemos Thor com o controle pleno de seus poderes.

Odin's Death Scene - Thor Ragnarok - YouTube
Thor: Ragnarok (2017)

Na reta final do terceiro filme, Hella fala para Thor: “Sabe, eu não sou uma rainha, nem um monstro, sou a deusa da destruição, e você seria o deus do que?”. Esse questionamento leva a uma cena que eu julgo ser uma das mais impactantes para o herói, a cena em questão é uma de Thor com Odin, quando Thor se demonstra desacreditado em si mesmo sobre como ele derrotaria Hella sem o Mjolnir, Odin questiona se Thor era o deus dos martelos ou o deus do trovão, essa conversa leva Thor a liberar seu real potencial como deus do trovão e se livrar da sua dependência do Mjolnir. Essa quebra de vínculo do personagem com sua arma serviu como uma escada para a que podemos considerar a maior evolução de Thor em seus três filmes.

  • O medo de se tornar o governante de Asgard

Thor nunca quis assumir o trono de Asgard, esse é um fato que sempre foi explicito nos filmes e no terceiro filme isso não foi diferente, em nenhum momento inicial do filme vemos Thor com alguma disposição para o trono, contudo depois da morte de Odin, Hella assumindo o poder e a destruição de Asgard, isso tudo leva o protagonista que se vê em uma posição onde todo seu povo se encontrava literalmente e figurativamente à deriva, Thor se vê pela primeira vez obrigado à assumir seu lugar como líder de seu povo, e após colocar o ponto final em todas as suas questões que levavam Thor a ter suas inseguranças.

Era óbvio que ele iria assumir o trono e isso nós vemos no final do terceiro filme e notamos que ele não possuía nenhuma dúvida sobre qual é seu lugar de direito e também ele se encontra totalmente confortável ao assumir esse papel. Mesmo sendo um personagem que era sempre visto como pouco explorado emocionalmente, Thor se tornou um personagem que cresceu a cada filme e teve ótimos encerramentos em suas história e isso traz a esperança que vejamos cada vez mais histórias onde o personagem continue evoluindo e se tornando muito mais interessante para o público.

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Thor: Ragnarok (2017)

Mas e você, gostou de como o Thor teve seus ciclos fechados nos filmes da Marvel? Conte pra gente nos comentários!

Max Rohrer
Redator do Quarto Nerd. Sou apenas um projeto de fã de Star Wars e Sons of anarchy, que gosta de escrever de vez em quando e gosta de teorizar sobre a Marvel e DC.