Sex symbols LGBTQ+ contemporâneos e onde se encontram na sigla

Junho é o mês do Orgulho LGBTQ+ e, por isso, decidimos reunir alguns dos mais renomados símbolos sexuais contemporâneos que pertencem a essa comunidade, focando em trazer dados concisos sobre onde elas se enquadram na sigla.

Neste mês, diversas Paradas LGBTQ+ acontecem ao redor do mundo. Esses eventos são gigantescos, e contam com a participação de celebridades influentes, ativação de marcas e, por vezes, até shows em trios elétricos. Porém, é também nesse período que, mais do que nunca, as marcas executam ações em declaração aos direitos e à visibilidade dessa comunidade – nem que seja apenas alterar o logotipo para uma versão “colorida”. 

Do mesmo modo é importante que as pessoas saibam distinguir sinceridade frente à luta queer de oportunismo publicitário através do fenômeno do “pink money” (ações que visam impactar no comportamento do consumidor LGBTQ+ e se beneficiar do seu poder de compra). Por isso, caso você ainda não soubesse sobre a importância dessas personalidades para as pautas de gênero e sexualidade, aqui fica a dica para um consumo consciente de conteúdo e de bens!

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E, caso você conheça algum outro sex symbol importante para a causa, que tal deixar sua contribuição nos comentários? 🙂

​​1. Billy Porter 

Billy Porter é músico, ator, e abertamente gay (o "G" do LGBTQ+).

Billy Porter tem uma trilha abrangente nas artes cênicas, e já atuou no teatro, no cinema e na televisão. Ele ganhou reconhecimento especialmente por seu papel como Pray Tell na série da HBO “Pose” (2018), que retrata a cena de dança LGBTQ+ e cultura ballroom em Nova York nos anos 80 e 90. 

Além de sua carreira na atuação, Billy também é um talentoso cantor e compositor. Ele lançou vários álbuns ao longo dos anos, combinando diversos gêneros musicais, como R&B, soul e música teatral.

Além disso, o artista também é conhecido por seu estilo de moda ousado e expressivo, que desafia as normas de gênero e abraça a individualidade. Gay, ele tem sido uma voz importante na defesa dos direitos LGBTQ+. Sobretudo, sua carreira multifacetada e seu impacto na cultura popular têm contribuído para uma maior representatividade e diversidade na indústria do entretenimento.

2. Brendon Urie

Brendon Urie é cantor e abertamente pansexual (o "+" do LGBTQ+).

Brendon Urie é um cantor, compositor e músico americano, e entrou para a banda Panic! at the Disco em 2004, quando ainda era um adolescente. Além disso, ele se tornou o único membro original da banda após as mudanças na formação ao longo dos anos. Urie também é conhecido por sua ampla extensão vocal, que abrange desde notas altas até uma voz poderosa e expressiva.

Em termos de sexualidade, Brendon Urie se identifica como pansexual. Nesse sentido, Urie tem sido aberto e honesto sobre isso e, ao longo dos anos, se mostrou um importante um defensor dos direitos LGBTQ+, inclusive trazendo essa pauta em sua música – Girls / Girls / Boys é um exemplo, com o marcante verso “love is not a choice” sendo muito reproduzido em fanarts

3. Brigette Lundy-Paine

Brigette Lundy-Paine trabalha na atuação de séries e filmes e é abertamente não-binárie.

Brigette Lundy-Paine é conhecido por interpretar Casey Gardner na série de comédia da Netflix, “Atypical” (2017). Casey é uma adolescente que explora sua identidade sexual ao longo da trama, e a atriz recebeu elogios por sua interpretação autêntica e sensível.

No que concerne à sua sexualidade e gênero, Brigette Lundy-Paine se identifica como não-binárie e tem sido aberto sobre sua jornada de autodescoberta. Elu utiliza pronomes neutros, como “they/them”, para se referir a si mesme.

Além disso, a artista é admirada por seu talento na atuação e também por ser uma voz representativa para as pessoas não-binárias e LGBTQ+. Dessa forma, presença na mídia tem contribuído para uma maior visibilidade e compreensão da diversidade de identidades de gênero e orientações sexuais.

4. Cara Delevingne

Cara Delevingne é modelo, atriz, e abertamente pansexual (o "+" do LGBTQ+).

Cara Delevingne começou sua carreira como modelo, trabalhou com várias marcas e estilistas renomados, desfilou nas principais semanas de moda e apareceu em diversas capas de revistas de renome internacional. Sua aparência única, com sobrancelhas marcantes e estilo andrógino, ajudou a destacá-la na indústria.

Além de sua carreira na moda, Cara Delevingne também se aventurou na atuação. Ela estrelou em filmes como “Cidades de Papel” (2015), “Esquadrão Suicida” (2016) e “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” (2017). 

Cara é abertamente pansexual e tem sido uma defensora dos direitos LGBTQ+. Nesse sentido, ela usa sua plataforma para falar sobre questões que tangem sua sexualidade e apoiar a causa, tornando-se uma figura inspiradora ao redor do mundo.

5. Cari Fletcher – ou “FLETCHER

Cari Fletcher é cantora e abertamente lésbica (o "L" do LGBTQ+).

Cari Fletcher ganhou destaque em 2015 com o lançamento de seu single de estreia “War Paint”, que recebeu elogios da crítica e chamou a atenção para seu talento vocal e letras introspectivas. A música de FLETCHER geralmente aborda temas relacionados a relacionamentos, assim como, amor próprio e aceitação pessoal. Além disso, as suas letras honestas e vulneráveis lhe renderam uma base de fãs dedicada.

Em termos de sexualidade, FLETCHER é abertamente lésbica e tem sido uma importante bandeira da comunidade LGBTQ+. Ela usa sua música e plataforma para falar abertamente sobre sua experiência como mulher queer e abordar questões relacionadas à identidade e diversidade sexual.

6. Elliot Page

Elliot Page é ator e abertamente transgênero e não-binário (o "T" do LGBTQ+).

Elliot Page, cujo nome de nascimento é Ellen Page, é um ator e produtor canadense. Depois de trilhar uma sólida carreira, com atuações em filmes de sucesso – como “Juno” (2008), o qual lhe rendeu um Oscar, e “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido” (2014) –, ele revelou publicamente, em 2020, ser transgênero e não-binário.

Sua coragem em compartilhar sua identidade de gênero trouxe maior visibilidade para a comunidade transgênero e gerou um diálogo importante sobre inclusão e direitos trans. Além disso, Elliot Page é admirado por seu talento como ator, interpretando personagens emocionalmente intensos, e por sua coragem em compartilhar sua identidade.

7. Ezra Miller

Ezra Miller trabalha com atuação e é abertamente não-binárie.

Ezra Miller começou sua carreira atuando em peças teatrais e filmes independentes, antes de fazer sua estreia em filmes de grande orçamento. Ele ganhou reconhecimento por seu papel no filme “Precisamos Falar sobre o Kevin” (2011), no qual interpretou o problemático Kevin, recebendo elogios da crítica por sua performance intensa e convincente.

Em seguida, Miller começou a viver o personagem Flash no universo cinematográfico da DC Comics. Assim também, além de seu trabalho como ator, ele também tem envolvimento na indústria musical, sendo o vocalista da banda Sons of an Illustrious Father, de estilo indie-folk.

Ezra Miller é conhecido por sua expressão de gênero não-binária e por desafiar normas de gênero tradicionais na moda e na aparência pessoal. Assim como, também se identificar como queer e tem sido um defensor dos direitos LGBTQ+, usando sua plataforma para promover a inclusão e a aceitação.

8. Harry Styles

Harry Styles é cantor e ator e, apesar de uma expressão fluída tanto no palco quanto na moda, ainda não quis colocar rótulos sobre seu gênero e/ou sexualidade.

Harry Styles é um cantor e ator britânico que já conquistou diversos prêmios. Além disso, Styles também é conhecido por seu estilo distinto e andrógino, rompendo com normas de gênero e tornando-se uma figura de destaque na moda. Dessa forma ele é admirado por sua autenticidade, apoiando causas como a igualdade de gênero e os direitos LGBTQ+.

Apesar de nunca ter se rotulado (entenda mais aqui), ele declara ser livre para descobrir sua sexualidade. É, sobretudo, considerado um dos artistas mais populares e influentes de sua geração, tanto por seu talento musical quanto por sua personalidade cativante. Harry continua a evoluir artisticamente e a inspirar fãs em todo o mundo com sua música, sua representatividade, e sua presença na mídia.

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9. Hunter Schafer

Hunter Schafer é atriz e modelo, e abertamente transgênero e bissexual (o "T" e o "B" do LGBTQ+).

Hunter Schafer ficou conhecida por seu papel na série de televisão “Euphoria” (2019), da HBO, onde interpreta Jules Vaughn, uma adolescente transgênero que vive um relacionamento romântico com a protagonista – a problemática Rue (Zendaya).

Sua atuação na série recebeu elogios da crítica, principalmente por sua autenticidade e sensibilidade ao retratar as experiências e os desafios bissexuais de uma jovem trans. Antes de iniciar sua carreira como atriz, no entanto, Hunter era uma modelo de sucesso. Ela começou a modelar ainda adolescente e trabalhou com marcas de renome mundial.

Hunter Schafer, muito impulsionada pela visibilidade da indústria da moda, é reconhecida por seu ativismo em defesa dos direitos LGBTQ+, já que, além de ser uma mulher trans, ela é declaradamente bi.

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10. Janelle Monáe

Janelle Monáe é cantora e atriz, e abertamente bissexual (o "B" do LGBTQ+).

Janelle Monáe se lançou à vida pública com a divulgação de seus dois primeiros EP musicais, em 2007 e 2010. Ela incorpora uma variedade de gêneros musicais, como R&B, funk, pop e soul, em suas composições, criando uma mistura distinta e futurista.

Além disso, Monáe é elogiada por sua voz poderosa, habilidades de dança e performances energéticas no palco. Suas letras abordam temas como identidade, empoderamento feminino, justiça social e afrofuturismo. Além de sua música, Janelle Monáe também é uma talentosa atriz. Além disso, ela teve papéis em filmes como “Moonlight” (2016), vencedor do Oscar de Melhor Filme.

A artista é uma defensora ativa dos direitos LGBTQ+ e tem sido aberta sobre sua própria identidade como uma pessoa bissexual. Ela se vale de suas redes sociais para promover a aceitação queer, bem como para abordar questões relacionadas à igualdade racial e de gênero, sobretudo entre pessoas que pertencem a essa sigla.

11. Kristen Stewart

Kristen Stewart é atriz e abertamente bissexual (o "B" do LGBTQ+).

Apesar de ser atriz desde criança, o sucesso da franquia “Crepúsculo” (2008) catapultou Kristen Stewart para a fama mundial, tornando-a uma figura popular entre os jovens fãs. Depois disso, ela também atuou em filmes independentes, sendo, portanto, considerada uma atriz muito versátil.

Logo depois em 2020, foi elogiada por sua atuação no filme “Happiest Season”, trazendo uma sensibilidade e vulnerabilidade ao seu papel como Abby – uma mulher lésbica que queria pedir sua namorada em casamento no Natal, até descobrir que ela não era assumida para sua família. Sua performance ajudou a trazer à tona as lutas e as alegrias de pessoas queer que enfrentam desafios familiares durante as festividades.

Em relação à sua vida pessoal, Kristen Stewart é bissexual e sempre fala muito sobre sua sexualidade. Ela é uma voz ativa em defesa dos direitos LGBTQ+ e se vale da sua visibilidade para apoiar a comunidade. Sobretudo, Kristen se tornou um ícone de moda e é elogiada por sua abordagem corajosa e não-conformista aos padrões de gênero ao se vestir.

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12. Lauren Jauregui

Lauren Jauregui é cantora e abertamente bissexual (o "B" do LGBTQ+).

Após o hiato do Fifth Harmony em 2018, Lauren Jauregui seguiu carreira solo e lançou músicas aclamadas pela crítica, incluindo os singles “Expectations” e “More Than That”. Sua música incorpora uma variedade de estilos, incluindo pop, R&B e música latina.

Além de sua carreira musical, Lauren Jauregui é uma ativista apaixonada pela causa feminista e LGBTQ+, sendo ela própria bissexual. A sexualidade de Lauren foi pauta nas redes sociais por muito tempo, em detrimento de um ship criado pelos fãs entre ela e a colega da antiga banda, Camila Cabello, da qual nutria uma amizade íntima.

No entanto, após muito silêncio por parte das duas, anos de especulação e criação de incontáveis fanfics, a cantora pronunciou sua frustração diante da invasão de privacidade por parte dos fãs, negando tal relação e pedindo que eles se focassem em sua música. Em uma entrevista, ela também manifestou, inconformada, sobre como toda a narrativa dos fãs parecia colocá-la como uma sáfica “predadora”, e isso a magoava muito.

Nesse sentido, Lauren Jauregui é admirada por sua autenticidade, sua voz forte e seu compromisso em usar sua influência para criar mudanças positivas no mundo. Por isso, cada vez mais, continua a se destacar como artista solo, defensora dos direitos humanos e outras questões sociais importantes.

13. Montero Lamar, ou “Lil Nas X

Lil Nas X é cantor e abertamente gay (o "G" do LGBTQ+).

Lil Nas X é um rapper, cantor e compositor americano, e ganhou destaque internacional com o lançamento do single “Old Town Road” em 2019, que se tornou sucesso viral no TikTok e rapidamente quebrou recordes de streaming.

O rapper é conhecido por sua abordagem criativa e inovadora, misturando diferentes estilos musicais em suas canções. Ele tem abraçado sua autenticidade e individualidade, desafiando as normas da indústria da música e quebrando barreiras, especialmente depois que se assumiu gay ao público. Além da música, Lil Nas X é conhecido por sua presença nas redes sociais, onde compartilha seu senso de humor e opiniões. 

Ele atualmente é uma das vozes mais proeminentes da nova geração de artistas e é claro ele é marcante pela sua originalidade. Por exemplo, em 2022, inclusive, foi contratado pela Riot Games para presidir o League of Legends Worlds, colaborando com a distribuidora de um dos maiores games do mundo ao fazer a música hino da temporada e sugerir uma porção de novos implementos ao jogo.

14. Renée Rapp

Renée Rapp é atriz e cantora, e abertamente bissexual (o "B" do LGBTQ+).

Renée Rapp é uma atriz e cantora americana que recentemente obteve destaque ao interpretar Leighton, uma personagem lésbica, na série da HBO The Sex Lives of College Girls (2021). No entanto, a artista trilha uma carreira em ascensão desde 2018, onde obteve o papel de Regina George no sucesso da Broadway – Mean Girls: The Musical.

Após a aparição na série da HBO, Rapp rapidamente se tornou conhecida com um dos mais novos ícones LGBTQ+, não apenas pelo papel que desempenha, como também por se declarar abertamente bissexual e sempre compartilhar experiências queer. Inclusive, sua carreira como musicista retrata um pouco dessa vivência, em músicas como Don’t Tell My Mom e In The Kitchen – do EP Everything to Everyone (2023).

15. Ruby Rose

Ruby Rose é atriz e modelo, e abertamente lésbica (o "L" do LGBTQ+).

Ruby Rose ganhou destaque inicialmente como modelo, aparecendo em várias campanhas publicitárias e revistas de moda. Posteriormente, Rose fez sua transição para a atuação e conquistou papéis em produções como a série de televisão “Orange Is the New Black” (em 2018), na qual interpretou o papel de Stella Carlin, uma personagem carismática, andrógina e detentora de um proeminente sex appeal.

Além de sua carreira como atriz, Ruby Rose é conhecida por sua militância pelos direitos e pela visibilidade LGBTQ+. Ela é abertamente lésbica e tem sido uma voz ativa na luta pela igualdade e inclusão. Sobretudo, é frequentemente elogiada por seu visual andrógino, tatuagens e cabelos curtos, e por isso é, também, uma influência que nunca deixa de estar em alta na indústria da moda.

16. Sam Smith

Sam Smith são cantores e abertamente não-binários.

A voz distintiva do cantor Sam Smith, com sua amplitude vocal e emoção, conquistou uma base de fãs fiel e os levou a receber vários prêmios, incluindo quatro Grammy Awards. Ele é conhecido por suas letras vulneráveis e pessoais, que exploram temas de amor, coração partido e identidade. 

Além de seu talento musical, Sam Smith é uma figura proeminente na defesa dos direitos LGBTQ+. Eles são abertamente gays e não-binários e usam pronomes neutros. Atualmente Smith é porta-voz sobre as questões que afetam a comunidade, utilizando sua plataforma para promover a aceitação, a igualdade e a visibilidade das pessoas queer.

Iana Maciel
Bacharelanda de Comunicação Social pela ECA/USP. Filha de Zeus, tributo do Distrito 1 e artilheira de Quadribol da Grifinória. Escondo um passado de jogadora de RPG por trás da cara de brava e da prática de esportes, mas quem me conhece sabe que eu adoro marcar de jogar um LoLzinho nas horas vagas.