A boy band britânica The Vamps, lançou nessa sexta-feira, 16, o seu mais novo álbum intitulado “Cherry Blossom”. O quinto álbum de estúdio da banda segue uma linha mais madura de uns integrantes mais crescidos, noivos e com a família praticamente formada, uma mudança que vem ocorrendo desde o último álbum, “Night & Day”.
Com os singles “Married in Vegas”, “Chemicals” e “Better” já lançados, a banda – que é formada por Bradley Simpson (vocal), Connor Ball (baixo), James McVey (guitarra) e Tristan Evans (bateria) – surpreendeu ao trazer uma mistura de ritmos nas canções, fugindo um pouco do que os fãs estão acostumados, mas, sempre se ligando ao pop, provando que este é o caminho certo para a banda seguir.
Capa e Paleta de Cores
Com uma capa totalmente diferente do que estão acostumados a fazer, pode-se dizer que o The Vamps – finalmente – aprendeu trazer significados para as coisas e, esperamos, que isso não acabe tão cedo.
Analisando um pouco a combinação de elementos que aparecem na capa do álbum, percebe-se que o V de ponta cabeça em forma de seta, ao ser combinado com as flores de cerejeira (cherry blossom), que simbolizam renascimento e superação, reafirma a ideia de amadurecimento dita anteriormente além de instigar uma paz e tranquilidade aos ouvintes, como se estivesse convidando-os para ir a algum lugar, o que, também, pode ser entendido como um convite de superação do momento atual – alô coronavírus! -.
Outro destaque do novo álbum é a paleta de cores. Com tons quentes e chamativos, a banda traz, por enquanto, em seus clipes, a representatividade em cores de cada canção. Em “Married in Vegas”, por exemplo, a predominância do dourado remete a ideia de dinheiro e ouro, objetos bastante significativos ao falar de Las Vegas. Já em “Better”, a combinação do azul e do rosa com as batidas disco da canção e o figurino dos garotos, representam a alegria e a diversão que marcaram os anos 70.
Canções novas, melodias novas!
É difícil afirmar que o álbum está caracterizado por um só ritmo. Apesar da presença do piano ser constante durante todo o CD, cada faixa possui uma melodia única e provoca uma sensação diferente no ouvinte. De primeiro momento, por exemplo, tem-se a intro de “Glory Days” que, mesmo com apenas 14 segundos, já introduz uma experiência nova ao espectador, além de abrir o álbum em grande estilo.
Em seguida, a verdadeira “Glory Days” começa a tocar e… que música! Apesar da letra trazer uma sensação de um novo amor adolescente, as batidas da canção revela um som com uma vibe mais relaxante que provoca, ainda, uma sensação de que os seus problemas vão se resolver. “We should turn the lights down, focus on the right now” (“Nós devíamos apagar as luzes e focar no agora”).
E aí, vem “Better”, que além das batidas disco presente, como já dito anteriormente, ainda, fala sobre um relacionamento que parece ter caído na rotina – como a própria letra diz “Did things get better? Or did we get used to it?” (“As coisas melhoraram? Ou a gente se acostumou com isso?”) -, apesar de que, quando lido nas entre linhas, pode ser aplicado a qualquer aspecto da sua vida, pois te convida a dar o seu melhor em qualquer situação.
“Married in Vegas” é o primeiro single do álbum e dá para entender o por quê. Dentre das 10 músicas de “Cherry Blossom”, essa é a canção mais dançante e mais “verão” que tem e se destaca, principalmente, pela parte instrumental. Pode-se ouvir desde do som do baixo de Connor, até o piano de Brad, passando suavemente pela bateria de Tristan e a guitarra de James.
Diferente de “Chemicals”, que parece ter referências do último álbum do The Weeknd e, ainda sim, consegue ser o principal destaque do álbum, uma vez que possui batidas nunca vistas nas canções do grupo. Se fosse para resumir o álbum em uma única canção, com certeza seria ela. Como Brad mesmo disse em uma entrevista antiga, o nome do álbum veio quando a banda decidiu descansar nas terras japonesas após uma série de shows durante sua última turnê e, “Chemicals” trouxe exatamente essa sensação: uma música com toques asiáticos perfeitamente balanceados com o novo marco da carreira dos garotos.
Depois vem “Would You” que retrata detalhadamente as inseguranças que grande parte da população mundial já sentiu em um relacionamento. É a primeira balada do álbum e faz jus a todo o resto. Com “Bitter” em seguida, o CD parece te levar para uma apresentação ao lado dos meninos, visto que a música possui batidas cativantes – com palminhas e tudo mais que tiver direito – e um refrão fácil de pegar: “I’m like, damn! Even sugar tastes sweeter out your hands. I come back every time. Man, oh, man, for your candy lips, I drop all my plans, then you turn cold and I turn bitter” (“Eu estou tipo, caramba! Até o açúcar fica mais doce nas suas mãos. Eu volto sempre. Cara, oh, cara, pelos seus lábios doces, eu abandono todos os meus planos. Então você fica fria e eu fico amargo”).
E, então, “Part of Me” toca e você começa a perceber que o álbum ficou mais sério. Enquanto a letra retrata um momento de tristeza após um término de relacionamento, a melodia não condiz com nenhum dos trechos da música. Isso porque a batida é contagiante e, mesmo que você chore depois de prestar atenção em cada palavra, você vai se acabar de dançar, pelo menos.
E guarda as lágrimas porque ainda não acabou. “Protocol” aparece em seguida para te fazer por para fora todo o choro guardado durante a pandemia. A música remete a um coração partido e a melodia triste complementa a letra sofrida, sendo um extremo melódico em relação ao restante do álbum, principalmente de “Part of Me”. James, que compôs a música, postou em sua conta no Instagram há uma semana sobre como foi difícil escrevê-la:
Mas, calma! Que “Nothing but you” vem para trazer de volta a sensação boa que tinha no começo do álbum. Ainda que pareça uma canção típica de um filme clichê adolescente da Netflix, a música traz os agudos de Brad perfeitamente elaborados combinados a um ritmo dançante, gostoso de ouvir e que pega facilmente.
Para fechar com chave de ouro, “Treading Water” vem com uma melodia mais calma, com um violão suave de fundo e descreve um sentimento que muitos já tiveram – ou ainda tem – e não compartilham com ninguém, pois, por mais que seja o mesmo, cada um sente de um jeito único. E, por isso, se faz necessária para o álbum que marca o crescimento da banda, visto que eles começaram novos demais e agora, quase chegando na casa dos 30 anos, os integrantes já passaram por esse sentimento de se auto compreender. Se não é que ainda estejam passando.
Conclusão
Com colaborações de peso na produção – Jack & Coke (Charli XCX), Lostboy (Dua Lipa) e JHart (Camila Cabello) -, o novo álbum da boy band britânica possui uma presença forte de piano em cada canção e remete ao uma nova era para Bradley, Connor, James e Tristan. Em alguns momentos você vai querer dançar, extravasar e abraçar o CD de braços abertos e, em outros, você vai perceber que não sabia que precisava ouvi-lo até ouvir.
Enquanto não se sabe quais serão os próximos passos na carreira da banda, após a entrega bem sucedidade de “Cherry Blossom” aos fãs, saiba que eles já estão se preparando para uma turnê do novo álbum para o próximo ano, conforme anunciado recentemente. E, para você ir entrando no clima, você pode ouvir todo o disco na sua plataforma de streaming favorita, clicando aqui, ou pode apreciar a playlist que o próprio The Vamps criou com todas as diversas versões das músicas que contemplam o álbum.
Cherry Blossom
- Artista: The Vamps
- Ano de lançamento: 2020
- Gravadora: Universal Music
Nota: 5/5
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