Review | “The Battle at Garden’s Gate” revoluciona Greta Van Fleet

Este é o segundo álbum da banda americana.

The Battle at Garden’s Gate finalmente chegou ao mundo. Após toda a espera e a expectativa com o lançamento de quatro singles, o disco de Greta Van Fleet está entre nós.

Desde que a banda atingiu sucesso, algo que sempre foi perceptível e motivo de comparações foi a sonoridade bem similar com o clássico grupo de rock Led Zeppelin. Além disso, tinha o fato do timbre de voz de Josh Kiszka ser bem próximo do de Robert Plant. Isso dividiu opiniões entre aqueles que acreditavam que o rock não estava morto, do mesmo modo que acreditavam que a geração nova estava cheia de gás. Já outros acreditavam ser uma cópia barata de um dos maiores clássicos da história do rock’n’roll.

Diante disso, a mudança de sonoridade começou de forma tímida no trabalho anterior, Anthem of the Peaceful Army, em 2018, onde mesclava o hard led com propostas bem diferentes. Já The Battle at Garden’s Gate se distancia ainda mais do Led Zeppelin e mostra que os meninos estão a caminho de um som próprio.

Quem acompanhou o lançamento das prévias, pôde perceber que My Way, Soon, Age of Machine, Heat Above e Broken Bells tentavam tirar o estigma de cópia do Led Zeppelin. Isso é bastante positivo, já que o quarteto pode mostrar um novo lado e um respiro de alívio necessário para o futuro do rock.

Para este novo trabalho, a banda apostou em canções com arranjos mais detalhistas. Há a presença de mais teclados e menos guitarras, instrumentos de orquestra e até backing vocals, o que reflete num estilo retrô. Além disso, as letras estão mais bem escritas e profundas. Vale ressaltar que apesar das novidades, o grupo não se afastou da sonoridade clássica.

Destaques do álbum

Um dos pontos altos do álbum é a música My Way, Soon, primeiro single do projeto. A parte rítmica remete bastante a Jimmy Page. Já os arranjos e a direção que a voz segue trilham um caminho próprio e retrô.

A canção que talvez lembre mais o “Greta antigo” é Built By Nations, em que a parte instrumental é potente e mostra todo o brilho e talento do baterista Danny Wagner. Nesse mesmo estilo vem também Age of Machine, com um rock progressivo.

Uma das maiores expectativas, principalmente dos fãs brasileiros, é a tal famosa canção inspirada em uma favela do Rio de Janeiro. Assim, Tears of Rain chega com ótimos arranjos de violão, piano em destaque e uma letra bastante reflexiva sobre o mundo que vivemos.

Por sua vez, The Barbarians é a mais pura psicodelia. A guitarra continua em alta e, novamente, Danny ganha destaque pela performance incrível na bateria.

O grand finale é The Weight of Dreams com quase 9 minutos de duração. A música é cheia de contornos, com menos atenção para os vocais de Josh e mais para um longo e incrível solo de guitarra.

The Battle at Garden’s Gate traz amadurecimento e um outro lado de Greta Van Fleet. Embora a banda ainda esteja em processo, já mostra um imenso potencial para evoluir ainda mais daqui para frente. Sem dúvidas o disco foi revolucionário para toda a imagem e sonoridade do grupo americano.

Greta Van Fleet

Título do álbum: The Battle at Garden’s Gate
Faixa: 12 faixas
Nota: 4.5/5

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Ludimila Villalba