QN Apresenta: Marvel Studios – Rumo ao Ultimato | Como a Marvel mudou a Cultura Pop na última década

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Com o tão aguardado final de uma saga – Vingadores: Ultimato – chegando e o aniversário de uma década nos cinemas, já era tempo de decifrar essa charada de como que a empresa conseguiu mudar a cultura pop. Afinal, como uma empresa que cria histórias em quadrinhos (HQ’s) que são “para crianças” podia se dar bem no meio de tanto filme “para adultos”? A Marvel não só foi bem sucedida como, no decorrer de dez anos, conseguiu ser comprada pela Disney, criou um universo expandido e redefiniu todos os conceitos de como fazer um filme sobre super-heróis.

Não são poucos filmes, por isso a Marvel já havia decidido como iria apresentar todo esse universo ao público mainstream. Assim, ficou decidido que o MCU seria dividido em fases, com cada fase tendo seu conjunto único de filmes, e a franquia iria se desenvolvendo conforme caminhava de uma fase para a outra.

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Eu sou o Homem de Ferro”, diz Tony Stark (Robert Downey Jr.) logo antes dos créditos subirem e darem por encerrado o filme. Foi com Homem de Ferro, um herói de categoria B nos quadrinhos, que o mundo conheceu o MCU.

A escolha do ator para esse papel em específico não foi aleatória: Segundo Favreau, Robert seria perfeito para o papel pois seu histórico com drogas e escândalos já trazia uma certa expectativa para o filme, já que os fãs tendiam a basear o personagem no próprio ator.

Para além desse obstáculo, outro, maior e mais importante, o aguardava: a ponte com os próximos filmes. Foi a partir dessa dúvida que surgiu a S.H.I.E.L.D. e a Iniciativa Vingadores; com esses dois núcleos seria possível criar todo o universo compartilhado que fazia sentido e sem deixar pontas soltas. A confirmação dos boatos que haviam surgido sobre os Vingadores realmente se tornarem realidade nas telas e cinema aconteceu com a cena pós-créditos (algo que veio a ser uma marca da franquia, outro ponto importante para esse nova cultura pop que se estabeleceu pós-Marvel Studios), quando Nick Fury (Samuel L. Jackson) aparece pela primeira vez, falando sobre a Iniciativa Vingadores.


Introduzir Tony Stark para o público foi até que fácil, agora como que a Marvel iria inserir um deus da mitologia nórdica no mesmo universo que todo mundo sem torná-lo fantasioso demais?

Para Kevin Feige (presidente da Marvel Studios) era crucial tornar os nove reinos da mitologia nórdica algo palpável; assim surgiu a ideia de incluir o pensamento de Arthur C. Clarke – “uma tecnologia avançada pode ser confundida com magia” – para explicar conceitos que, a princípio, são inexplicáveis. Por exemplo, a Bifrost (ponte entre Asgard e Midgard/Terra) foi inserida com o conceito de misturar tecnologia e magia, se tornando uma espécie de buraco de minhoca mais sofisticado.

Naquela altura do campeonato, todos os Vingadores originais já haviam sido apresentados, só faltava um: o primeiro vingador.

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Como se não bastasse a importância de Steve Rogers mais para frente na linha temporal do MCU, as personagens coadjuvantes de Capitão América: O Primeiro Vingador são tão importantes quanto. Não entendeu?


O Caveira Vermelha, vilão do filme, é o braço direito da Hydra, organização inimiga da S.H.I.E.L.D.; Peggy Carter (ou agente Carter) é umas das co-fundadoras da S.H.I.E.L.D. e também par romântico de Steve, e o melhor amigo de Rogers, Bucky Barnes, ganharia muita importância na sequência do herói, virando o Soldado Invernal. Já deu para entender que os coadjuvantes são quase tão importantes quanto o protagonista, certo?

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Você ouve os nomes dos personagens com os quais estamos trabalhando agora e coloca todos juntos, isso não é uma coincidência. Isso pode se tornar os Vingadores um dia.”, disse Kevin Feige na San Diego Comic Con de 2006.

Pois é, 2006. Seis anos depois essa citação se concretizou, juntando todos os heróis em um único filme; finalmente víamos os Vingadores. Com a incrível bilheteria de 1,51 bilhão de dólares e com elogios vindos tanto do público como da crítica, Os Vingadores se tornou a quinta maior bilheteria mundial e tornou a fórmula da Marvel um sucesso, tanto que seria utilizada incansavelmente em todos os filmes seguintes da franquia. Foi aqui que víamos com clareza o impacto que a Marvel Studios provocou.

Através desse sucesso imenso, a Marvel se consolidou no mercado e reinventou o estilo de filmes sobre super-heróis, além de já deixar pontas soltas de possíveis rivalidades (Capitão América X Homem de Ferro; Hulk X Thor) que seriam exploradas nas próximas fases. E o mais importante de tudo: apresentou as Joias do Infinito e o grande vilão por trás de toda a história, Thanos.

Hoje em dia é impossível pensar em Cultura Pop sem pensar na Marvel e tudo isso se deve aos 10 anos de trabalho que a empresa se propôs a realizar. Não é incomum ver críticos comparar qualquer filme de super herói de outro estúdio com os da Marvel, não importando a comparação ser positiva ou negativa.

O farol que o estúdio se tornou para guiar não só um gênero de filmes, mas a indústria de entretenimento como um todo é realmente impressionante e não veio de um dia para o outro. O que nos resta a fazer é esperar para ver o que Vingadores: Ultimato vem agregar nesse universo já rico de detalhes e pensado com todos os cuidados existentes.

Vingadores: Ultimato estreia nos cinemas brasileiros dia 25 de abril.



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