Os RPGs através dos tempos

Como a entusiasta secreta dos joguinhos que sou, já tem um tempo que venho querendo falar sobre um submundo muito específico do jovem nerd: os role-playing games (ou RPGs)!

Apesar de esse nome também se relacionar a jogos de console e/ou PC que se jogam em mundo aberto e de forma online, estou falando aqui de um tipo muito característico de RPG, onde as pessoas realmente precisam agir pelo seu personagem. Esse entretenimento muito comum entre pré-adolescentes e adolescentes surgiu nos anos 70.

Inicialmente sendo feito no formato de jogo de tabuleiro, mas, com o avanço das tecnologias, diversos outros formatos surgiram. E com isso, o público, inicialmente nichado, tornou-se cada vez mais heterogêneo…

Afinal, o que é esse tal de “role-playing game”?

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Diacritica, Wikipédia / Reprodução)

O nome “role-playing game” significa, em tradução livre, “jogo de interpretação de papéis”. Em outras palavras, é um tipo de jogo em que as pessoas criam narrativas para seus personagens e acabam lhes dando vida ao interpretá-los em torno de uma trama principal. Narrativa essa geralmente narrada por outra pessoa ou por uma ambientação padronizada, de conhecimento geral. Para isso, utilizam-se recursos de comunicação oral ou escrita, nas quais cada um descreve as ações de seu personagem.

Alguns conceitos específicos dos RPGs

Antes de mais nada, é importante esclarecer alguns pontos para entender como de fato os RPGs funcionam:

1. COERÊNCIA E COESÃO
Apesar de RPGs tratarem de histórias fictícias, é necessário algum senso comum de verossimilhança. Semelhança essa como a premissa de que todo mundo precisa de um ponto fraco. Além disso, é importante ater-se ao universo em que seu personagem está inserido: não faz sentido ele ser piloto de naves espaciais se o ambiente que o cerca é medieval. Também é incoerente ele citar referências do mundo do pop atual, como Madonna e Britney Spears, se o mundo do qual ele faz parte está no contexto da Primeira Guerra Mundial.

2. RESPEITO AOS TURNOS

Com todo jogo de tabuleiro, cada player tem a sua vez! Mas isso não se limita necessariamente aos RPGs de mesa, é claro. Respeitar os turnos significa que para cada ação sua, os outros jogadores também terão a oportunidade de reagir. Então, isso torna impossível atacar duas vezes seguidas sem antes a outra pessoa se esquivar e/ou contra-atacar, entre outros exemplos.

3. IC / OOC ou ON / OFF

[Traduzindo: In-Character (dentro do personagem) e Out Of Character (fora do personagem)].

Este, eu diria, é o conceito mais importante de um RPG: a diferenciação entre personagem e jogador. O personagem é o meio-elfo arqueiro que ronda a mata sempre à espreita de invasores; o jogador é o João, que tem 12 anos e gosta de gibis. O meio-elfo tem suas próprias necessidades, desejos e atributos, que envolvem combater forças do mal e proteger seu vilarejo; o João vai à escola pela tarde e sabe que precisa tirar uma nota melhor em matemática. Porém, o meio-elfo é controlado pelo João, que deve sempre se atentar para não desviar do seu personagem enquanto estiver no jogo!

4. METAGAME

Metagame é um conceito para explicar “o jogo além do jogo”, isto é, aspectos de mecânica que não derivam das regras do jogo, mas da interação dos contextos do mundo real que os cercam. O metagame é um tipo de “trapaça” – você está com pouca vida, e seu colega, em OOC, sabe disso, então, faz com que seu personagem, que não deveria possuir essa informação uma vez que está em outro ambiente, saia correndo para ajudá-lo. Também há situações onde os jogadores praticam metagame até sem perceber, gerando um conflito desleal no jogo. Se duas pessoas estão passando por problemas interpessoais, não é incomum que os seus personagens se evitem e/ou não se gostem sem que haja motivo aparente para tal. Em outras palavras, o metagame é misturar o universo do jogo com a realidade, ou seja, o ON com o OFF!

Da mesa e do tabuleiro, até os recursos online para se jogar RPGs

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Lucas Santos, Unsplash / Reprodução)

Os primeiros RPGs surgiram em 1974, com o advento do lançamento de Dungeons & Dragons, jogado em tabuleiro, numa mesa, e levando regras bastante específicas sobre como realizar a campanha. No caso, esses “RPGs de mesa” eram sempre comandadas por um mestre, isto é, uma das pessoas ali presentes, que tinha como função narrar os acontecimentos de cada rodada, guiando o enredo conforme as ações de cada jogador e também a sua criatividade.

Mas, antes da campanha começar, e pegando como exemplo o próprio D&D, os jogadores precisam escolher as características de seus personagens – sua raça, sua classe, sua aparência física, sua idade, e também atribuir-lhe características. Toda essa composição deve ser coerente com o mundo no qual o RPG acontece, mas também verossímil com a realidade, partindo-se da premissa de que ninguém pode ser invencível e todo mundo deve ter um ou mais pontos fracos. Ou seja, para cada atributo de virtude, também deve-se considerar a existência de algum defeito.

Enfim escolhido o background de cada personagem, é hora de jogar! O mestre do jogo inicia a campanha narrando a história elaborada para os participantes, que devem interpretar fielmente durante o desenrolar da trama. E, quando eu digo interpretar, quero dizer que eles literalmente descrevem verbalmente suas ações e suas falas, e muitas vezes até se vestem de acordo!

Na hora de enfrentar inimigos, tudo é feito na base do giro dos dados de vinte faces. Então, suas ações devem, sim, ser calculadas, mas também dependem de muita sorte. Não é incomum diversos personagens serem mortos durante a campanha. Inclusive, quando isso acontece, se bem mestrado, muitos jogadores até acabam se emocionando.

De fato, no que se refere aos RPGs de mesa, Dungeons & Dragons foi o grande precursor, mas logo diversos outros sucessos como Tunnels and Trolls, Runequest e Traveler (este sendo de ficção científica) conquistaram o mercado. Até hoje, eles são presentes entre alguns entusiastas nostálgicos, mas acabam, de certa forma, ainda sendo mais nichados. 

Veja também:

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Heloísa Justo, Orkut / Reprodução)

Com o advento da internet, não demorou para que os jogadores de RPG procurassem formas alternativas de jogar, afinal, utilizar plataformas online foi a solução ideal para que as campanhas não tivessem hora para acabar, pudessem ser feitas a distância, e fossem descobertas por mais pessoas. Assim, essa prática foi adaptada para fóruns online e, mais adiante, para comunidades de contas fake no Orkut. 

O sistema era simples e eficiente: bastava criar uma conta nova, contendo o nome fictício e o photoplayer (geralmente fotos de pessoas famosas) de seu personagem, e editar o perfil para indicar o background, os atributos e o inventário.

Depois, uma vez que o cadastro era aprovado por administradores conforme o sistema de cada RPG, o jogador podia explorar salas, isto é, os ambientes daquele universo, e começar a escrever seus turnos, que variavam de simples descrições físicas e falas curtas, até gigantes calhamaços de interações entre outros jogadores ou com NPCs (Non-Playable-Character – ou “personagem não jogável”, em tradução literal).

Com essa porta aberta, e com a efervescência de fandoms das novas literaturas de fantasia como os universos de Harry Potter, Percy Jackson e Jogos Vorazes, os RPGs se espalharam pelos quatro cantos da web, adaptando esses best-sellers infantojuvenis. A alta dos RPGs de fórum e Orkut se deu de 2006 a 2016, mas muitos conseguiram formar uma sólida base de fãs assíduos e colaboradores, e existem até hoje, transcendendo gerações de jogadores.

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Heloísa Justo, Orkut / Divulgação)

Também é interessante pontuar que o intercâmbio entre plataformas de RPG é muito frequente. Hoje, muitas pessoas descobrem RPGs pela internet e depois acabam decidindo começar a se juntar a grupos de mesa. É o caso de Matheus Wolf, de 26 anos, que mora em Salvador:

“Minha primeira experiência foi pelo Orkut, em um RPG de Harry Potter. Depois de já estar mais ambientado, fui para um encontro de animes [aqui na Bahia], chamado de Anipólitan, e lá tive minha primeira experiência com o RPG de mesa propriamente dito. Lembro-me que foi um RPG de temática vampírica: ‘A Máscara‘. Depois disso, me juntei com uns amigos que residiam próximo a mim, e montamos uma mesa, que acontecia todo domingo”, conta ele.

Sobre assiduidade, Matheus conta que começou a jogar em 2007, aos 10 anos de idade, e que jogava “muitas horas por dia – 8 horas ou mais, todos os dias da semana. Só parava para ir dormir e ir à escola”. Quando começou a jogar RPG de mesa, o tempo diminuiu por motivos óbvios, mas eles se encontravam religiosamente aos domingos, e “turnavam” por pelo menos quatro horas.

Mais uma camada adentro na internet: RPGs nas plataformas de avatar

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Illadore / Reprodução)

A adaptação de RPGs para o ambiente online não parou nos canais onde o texto era o principal asset, como é o caso dos fóruns e das comunidades do Orkut. Mais e mais, os jogadores fanáticos procuravam por formas de dinamizar e representar seus personagens, e foi aí que as plataformas de avatar começaram a ser povoadas por esse tipo de prática.

Lembram-se do Habbo Hotel? Aquele joguinho onde cada um tinha o seu boneco e construía quartos que foi febre no início dos anos 2000, e que até hoje espalha memes de webnamoro e webs*xo pelo Twitter? E se eu contar que esse jogo, para além de ser um canal de bate-papo ativo até hoje, esconde, ainda, diversas comunidades paralelas do que eles chamam de “RPGistas”?

Eu conversei com o Nicholas Lobo, carioca, de 26 anos, que jogou RPGs no Habbo de 2008 a 2022. Por mais que interrompesse a jogatina por alguns meses, Nicholas sempre voltava para algum RPG pontual, a depender de quem fossem os organizadores e da temática. Seus temas preferidos eram relacionadas ao mundo de Harry Potter, de Percy Jackson, de superheróis da Marvel e da DC Comics, e também do universo de Star Wars

Cada RPG, explicou ele, é montado nas salas do Habbo e dura de duas semanas a um mês, contando com a organização de seletas pessoas já “conhecidas” em OFF nessa comunidade, que mantém contato pelo Discord (anteriormente, Skype e MSN). Ele conta: 

“Eu mesmo me introduzi a esse mundo. Um dia, passeando pelo Habbo, encontrei uma sala na qual havia uma Hogwarts montada, todo mundo escrevia corretamente, e possuía uma conta no formato ‘Nome.Sobrenome‘. Eu achei aquilo muito curioso. Me interessei, perguntei como fazia parte, e comecei a jogar”. E depois, confessa: “Quando era novinho, eu jogava facilmente mais de dez horas por dia!”.

Os RPGistas do Habbo possuíam um sistema mercadológico próprio: como a plataforma necessitava de dinheiro real para que se permita construir salas, os jogadores que queriam garantir habilidades ou vantagens especiais para seus personagens acabavam investindo em “Habbo Moedas” e comprando esses benefícios direto com os donos do RPG, que validam tal compra ao postá-la em uma área específica do site. Isso permitia que esses donos continuassem garantindo as mobílias da plataforma, para que pudessem montar salas cada vez mais bonitas e mais bem ambientadas.

Porém, com o crescimento desse comércio teoricamente ilegal, a empresa por trás da plataforma acabou limitando as possibilidades de troca. Então, os RPGistas decidiram migrar para servidores piratas, que inclusive modificaram diversas mobílias e acessórios para adequar melhor aos universos dos fandoms (uma vez que não há preocupações sobre os direitos autorais), e a prática interpretativa continua.

Nicholas, em conjunto com uma emblemática jogadora anônima desses RPGs do Habbo que se intitula como “Hta“, montou uma linha cronológica de donos de RPGs que ajudaram a revolucionar as temáticas e manter a roda criativa girando:

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(Imagem: Nicholas Lobo, Hta, Iana Maciel)

Mas não é só o Habbo que foi palco para a cena RPGista online. Diversas outras plataformas de avatares com cunho inicial de “bate-papo” acabaram sendo palco para comunidades de role-playing se instalarem. Os servidores privados e modificados do GTA San Andreas Multiplayer (chamado, pelos íntimos, de SAMP) também abrigam uma cultura de RPG de temática real-life, envolvendo um contexto interpretativo de máfias e gângsters, já naturalmente ambientado pelo programa. Imagino, ainda, que outros jogos de avatar, como Roblox, SecondLife, e até mesmo o Minecraft, contenham comunidades de RPG, basta saber onde procurar.

Afinal, os RPGs nos dias atuais: uma ferramenta social e uma porta para a criatividade

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(Imagem: Heloísa Justo e seus amigos dos RPGs, que ela conheceu virtualmente / Reprodução)

Conversei com algumas pessoas que começaram a jogar RPGs pelo Orkut e mantiveram contato por anos até eventualmente se conhecerem na vida real. Ou seja, além dessa prática ter tido grande presença como entretenimento pessoal, ela também serviu como uma importante ferramenta de socialização no período da infância e adolescência. 

Raphaela Bueno, de 26 anos, residente de Santos, litoral de São Paulo, comentou que sente muita falta da convivência constante com pessoas com esses interesses tão próximos, e também do exercício diário de escrita criativa que era jogar um RPG de Orkut.

Ana Villela, 25, que mora no Rio de Janeiro, capital, completa a fala da amiga: “Sinto muita falta da sensação de comunidade que eu tinha naquele espaço. De estudo social, de falar com as pessoas, de entender sentimentos. Foi uma experiência que moldou quem eu sou hoje em dia”. 

E Heloísa Justo, também de 26, paulistana de nascença e criação, completa a fala da amiga: “Sinto muita falta das interações e das amizades. Tenho, até hoje, um grupo de amigos que se tornaram amigos pessoais e que vêm desse âmbito dos RPGs. Conversamos sobre família, vida pessoal e relacionamentos. Mas é diferente de quando você passa o dia inteiro falando com aquela pessoa, montando histórias, criando tramas, enfim… Isso cria laços”.

Eles não são um caso isolado. Em todas essas diversas comunidades espalhadas pela internet, não é incomum que as amizades feitas em OOC transcendam os limites impostos pelas plataformas utilizadas para o role-play.

Quando questionadas sobre sobre a rotina de jogo, as entrevistadas mencionaram que, no auge de sua dedicação (entre os anos de 2006 e 2012), elas jogavam todos os dias, de 8 a 10 horas, e nos fins de semana isso tranquilamente se extrapolava. A respeito do impacto que isso teve na sua construção pessoal e profissional, mencionam, principalmente, a criatividade:

“O que eu mais sinto saudades é de como eu construía os personagens, de como minha criatividade era livre. Hoje eu sinto que tenho muito mais bloqueio para escrever”, disse Heloísa.

Para Ana, o que ela enxergava como grande potencial era a possibilidade do escape da realidade: “Havia muita liberdade pra criar personagens e ser pessoas que você nunca seria na vida real, enfrentar coisas que você nunca enfrentaria. Pra mim, era muito libertador!”. E comenta, frustrada: “Hoje eu jogo jogos de console, mas não é a mesma coisa”.

Referências contemporâneas dos RPGs na televisão

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Netflix / Reprodução)

Uma representação televisiva contemporânea do tabletop RPG (“RPG de mesa”) está presente na série Stranger Things (2016, Netflix), ambientada em Indiana, em meados dos anos 80. Os quatro personagens principais – os amigos Will, Mike, Dustin e Lucas – são apresentados como pré-adolescentes nerds que, semanalmente, se reúnem na casa de um deles para jogar Dungeons & Dragons. Na quarta temporada, quando os rapazes entram no Ensino Médio, eles se juntam ao Hellfire Club, um grupo mais extenso de alunos da Hawkins High dedicado a fazer campanhas de D&D.

Outro exemplo muito emblemático é a terceira temporada de Riverdale (The CW, 2017), cujo enredo é baseado em um sistema similar a D&D. O núcleo de protagonistas se vê atraído por um novo mistério que gira ao redor da prática compulsiva dos adolescentes da cidade por um jogo de interpretação imersivo chamado Griffins & Gargoyles. A trama mostra um lado sombrio do role-play, uma vez que o culto à fantasia em vida real e à obediência soberana ao mestre leva diversos residentes de Riverdale ao consumo e tráfico de drogas, ademais de assassinatos. Uma clássica representação do metagame (mas inverso – do jogo para a realidade).

Espera… e onde se enquadram os MMORPGs?

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Ragnarok / Reprodução)

É fato que muitos videogames e jogos de computador, hoje em dia, recebem, também, o nome de “RPG“, porque são jogos narrativos em primeira pessoa. Os primeiros apareceram em mainframes de universidades no ano de 1975, inspirados em D&D e outros grandes sucessos de mesa. No entanto, não tardou para que eles evoluíssem para máquinas de uso pessoal, e que depois fossem incorporados à internet.

Em 2004, World of Warcraft, da Blizzard Entertainment, consolidou o subgênero até hoje muito ativo de MMORPGs (“Massively Multiplayer Online”), em que você joga com centenas de pessoas ao mesmo tempo. Nesses jogos, apesar de você construir um personagem próprio e trabalhar para melhorá-lo, a plataforma como um todo já é configurada para comportar a nivelação, a troca de itens, e a evolução propriamente dita. Assim, a “interpretação” (verbalização das ações e falas) não é utilizada. Depois de WoW, grandes sucessos como Final Fantasy, Tibia e Ragnarok tomaram conta da internet.
Além disso, as grandes desenvolvedoras de filmes e séries, vez ou outra, se apropriam dos direitos desses games de extremo sucesso e fazem adaptações. Em março, “Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes” (2023) chegou aos cartazes, protagonizado por ninguém menos que Chris Pine, que interpreta o bardo-ladrão Edgin. Também entram nessa categoria as produções “Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos” (2016) e “Final Fantasy: The Spirits Within” (2001).

Para onde os RPGs vão agora?

Os RPGs através dos tempos
(Imagem: Ordem Paranormal / Divulgação)

É notável que a cultura dos jogos de role-play só tem crescido, passando por diversas transformações e adaptações ante as novas tecnologias. No entanto, a prática da mesa de RPG ainda é algo muito apreciado por diversos grupos nostálgicos, e de todas as idades.

Existem grupos de RPG de mesa, inclusive, muito populares por transmitirem suas campanhas na internet. É o caso de “Ordem Paranormal: Calamidade”, campanha de 2021, mestrada pelo streamer Rafael “Cellbit” Severino, que viralizou ainda mais ao que Lucas “Luba” Feuerschütte emocionou o mestre com a descrição da morte de seu personagem (o acontecimento tão curioso pode ser assistido de forma completa neste clipe).

Inclusive, o próprio Cellbit deve ser destacado como uma referência brasileira na perpetuação da cultura do role-play, já que ele elaborou esse universo de RPG de terror em 2020, e hoje, depois de mais de seis campanhas, “Ordem Paranormal” se consagra como uma marca, possui um podcast próprio – o Ordemcast – e está em adaptação para se tornar um jogo de computador de gênero de mistério, cujo lançamento se prevê para 2023!

No mais, vale dizer que não é difícil, em grandes centros urbanos do Brasil, encontrar bares temáticos de todos os tipos jogos de tabuleiro, incluindo RPGs, e dos mais variados temas e sistemas. Por vezes, o próprio estabelecimento tem grupos de campanhas fixas, ou intermedia as conexões entre jogadores solitários, que buscam por se inserir em um grupo. Realmente, quem quer, sempre acha – basta procurar.

Mas, e você?! Joga ou já jogou algum tipo de RPG? Do que sente mais falta? Comente aí embaixo com a sua experiência! 🙂

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Iana Maciel
Bacharelanda de Comunicação Social pela ECA/USP. Filha de Zeus, tributo do Distrito 1 e artilheira de Quadribol da Grifinória. Escondo um passado de jogadora de RPG por trás da cara de brava e da prática de esportes, mas quem me conhece sabe que eu adoro marcar de jogar um LoLzinho nas horas vagas.