Os Live-Actions da Disney – Parte 3: Mogli – O Menino Lobo

O live-action Mogli: O Menino Lobo é atualmente é um dos favoritos do público e da crítica (inclusive desse que vos fala). Não só se tornou uma surpresa pra quem já era fã do desenho mas também pra quem nunca tinha assistido.

A animação estreou originalmente em 1967. Foram uma dessas animações clássicas que obtiveram grande parte de seu traço feito pelo próprio Walt Disney, que acabou por falecer enquanto o longa ainda estava em produção. A qualidade de sua animação feita no estilo 2D é até hoje cultuada (junto com A Bela Adormecida) pela rica quantidade de detalhes e pelo seu estilo único.

Mogli: O Menino Lobo
O Livro da Selva” faz referência e homenageia a introdução da animações clássicas da Disney.

O live-action chegou aos cinemas em meados de 2016 e contou com direção de Jon Favreau que acabou ganhando maior notoriedade maior em Hollywood e na própria Disney após dirigir o bem-sucedido Homem de Ferro em 2008, e mais tarde sua sequência em 2010. Favreau também foi escolhido para comandar o live-action de O Rei Leão que chegará aos cinemas no próximo mês (julho).

O elenco do filme é composto por: Neel Sethi como Mogli. Bill Murray empresta sua voz ao urso Baloo. Ben Kingsley empresta sua voz a pantera Baguera. Idris Elba faz a voz do tigre Shere Khan. Lupita Nyong’o faz a voz da loba Raksha. Scarlett Johansson faz a voz da cobra Kaa. Christopher Walken empresta sua voz ao gigante orangotango Rei Louie. E por fim, Giancarlo Esposito que que fez a voz do chefe da matilha, Akela.

Mogli: O Menino Lobo

Não é preciso dizer que hoje em dia, muitos filmes apelam para os efeitos especiais gerados por computadores. Muitas das vezes, é necessário usá-los para se chegar ao elemento que irá compor o filme, e muitas das vezes são usados para elementos mais fantasioso. Um filme que é ambientado na selva é natural imaginar que seria filmado em uma. Mas é em Mogli: O Menino Lobo que fomos surpreendidos. Praticamente todo o filme é feito em estúdio, desde os animais que protagonizam a história, até a selva em que se passa o filme. No início era um risco para a produção acabar se tornando muito artificial, ainda que filmes como Avatar, lançado muitos anos antes tenham conseguido crias esse realismo e ainda se passando em um planeta fictício, ainda hoje muitas produções sofrem com efeitos especiais datados que não conseguem de adequar ao filme. Culpa que também vem por vezes do exagero.

Antes dos efeitos. Divulgação.

Em Mogli foi uma realização muito bem-sucedida. E que mais tarde veio a lhe render um Oscar por seus efeitos.

Mas afinal, porque comentar isso? Acredite ou não, adaptar uma história tão conhecida como a de Mogli: O Menino Lobo e até mesmo outras histórias que tomam um ar parecido, são muito difíceis de serem realizadas. Parte disso vem por conta de seu ambiente que exige diversos problemas por precisarem tomar localidade em um ambiente tão natural, e outra parte vem por causa dos animais. Ainda mais em Mogli onde os animais são essenciais para o enredo.

Mogli: O Menino Lobo
Mogli e sua mãe adotiva loba (fica mais estranho quando se fala em voz alta).

Criar uma história usando animais reais geram diversos problemas que vão desde risco a produção e até mesmo dos próprios. Já tivemos diversos filmes assim que não renderam uma produção. Também já houveram diversos filmes com animais animatrônicos que apesar de darem um realismo maior, não conseguiam transmitir muita naturalidade. Então criar animais em computadores sempre é um desafio pois é necessário fazer com que eles se assemelhem muito como um real e ainda dar características únicas que o destaquem e ainda incluir vozes humanas neles.

Outro ponto positivo para a produção que conseguiu fazer isso com maestria. Os designs dos animais enchem os olhos quando os vemos na tela nos fazendo sentir a empatia certa com algum deles. Outro ponto positivo vai para a escolha dos atores que deram vida aos animais.

Idris Elba apenas com sua vez consegue fazer de Shere Khan intimidador.

O processo de escolha para dublagem em um filme assim ou animação em Hollywood tem um processo bem mais apurado do que imaginamos. A escolha do ator é tomada em base com o personagem mesmo quando são animais. São levadas em contas as características físicas e principalmente o tom da voz que encaixem com o personagem. E por isso que grandes obras que exigem dublagem acabam saindo de forma mais natural.

Não vamos esquecer do personagem-título do filme. Acho que é muito fácil pensar que poderiam ter escolhido qualquer pessoa para interpretar o Mogli, mas uma das grandes qualidades do personagem e o fato de ser uma criança no meio de uma selva sempre foi a sua natural curiosidade, e ingenuidade. Algo que Neel Sethi conseguiu transmitir muito bem com sua carisma natural.

A história por mais simples que possa ser tanto na obra original quanto na animação e no live-action, ainda abre espaço para emocionar depois de todo esse tempo. A relação de Mogli com os animais que lhe ajudaram e que agora são sua família sempre foi o alicerce principal da história e aqui não é diferente. Ainda que não seja a obra-prima cinematográfica (e nem tenta ser), o filme emociona crianças e adultos com seu realismo. Construído não somente por seus incríveis efeitos especiais mas pela forma que foi nos apresentado pelo ponto de vista do diretor e pela atuação dos personagens mesmo que a maioria envolva apenas sua voz.

Parte 1:

Alice no País das Maravilhas

Parte 2:

Malévola

Parte 3:

Cinderela


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