Mike Flanagan e o que ele fez por Doutor Sono

Mike Flanagan e o que ele fez por Doutor Sono

Uma das principais reclamações de alguns fãs, e principalmente Stephen King, fizeram foram as drásticas mudanças que Stanley Kubrick fez em O Iluminado (The Shining, 1980). King sempre deixou claro que não aceitava o que foi feito no longa e que o odiava. Isso acabou resultando em uma série, não tão famosa quanto, em parceria com Mick Garris.

Entretanto, podemos dizer que Mike Flanagan conseguiu captar a essência do que faltava em O Iluminado e conseguiu trazer isso para as telonas em Doutor Sono (Doctor Sleep, 2019). O diretor ficou mais conhecido após seu trabalho na Netflix, A Maldição da Residência Hill (The Hauting of Hill House, 2018).

E, com toda certeza, trazer esse nome para o mundo mais uma vez foi uma ideia genial. Afinal, Doutor Sono é uma carta de amor para os apaixonados por Stephen King.

A contribuição de Mike Flanagan

Quase quarenta anos depois, anunciam a sequência de O Iluminado e tudo o que os fãs pediam era que não houvessem erros novamente. O fato de muitos não gostarem da versão de Kubrick foi o motivo para fãs retorcerem a cara para esse novo filme. Mas, em respeito aos apaixonados pelo universo de King, Flanagan conseguiu fazer com que o desfecho fosse outro.

Em uma genialidade única, o diretor conseguiu transformar o longa em uma mistura de páginas do livro, mas também, trazer aquilo apenas para quem assistiu a trama inicial. Há quem discorde, claro, mas para uma boa parte do público, é inegável que o diretor conseguiu fazer com que o fã que tivesse lido Doutor Sono se sentisse dentro das páginas do livro.

Rebecca Ferguson, Mike Flanagan e Ewan McGregor (Reprodução: Chris Pizzello/Invision)

Nesse caso, foram uma sequência de acertos que fizeram o filme funcionar. O cast é outro ponto importante, já que Ewan McGregor e Rebecca Ferguson parecem ter incorporado de fato Dan Torrance e Rose Cartola. Isso, somado a paixão que Mike Flanagan conseguiu expressar em sua direção, foi a combinação perfeita para um bom longa.

É como abrir as páginas de Doutor Sono e parecer que está ali, vendo cada frase passar fresca em sua mente. Além disso, ele se preocupou demais em trazer personagens com características mais semelhantes possíveis ao de personagens antigos. Houve momentos em que a própria Shelley Duvall parecia estar em tela e não outra atriz.

Um exemplo disso é o ator escolhido para viver Dick Halloran, Carl Lumby (você o viu em Falcão e o Soldado Invernal). Ele representou tão bem Scatman Crothers, que esteve em O Iluminado, que era como se fosse uma continuação direta e não anos depois.

Dê uma chance a Flanagan

Mike Flanagan é um nome bem conhecido entre os entusiastas de filmes de terror, já que ele dirigiu obras bem conhecidas para quem adora um bom susto. Hush – A Morte Ouve e Ouija são exemplos de ótimos longas que a galera é apaixonada.

Mas, aqui, o agradecimento vai para esse brilhante diretor, que trabalha muito bem e concretizou o que os fãs esperavam em Doutor Sono. Não é a toa que o próprio Stephen King afirmou que tudo o que ele havia não gostado em O Iluminado, foi redimido na sequência.

Você deve prestar atenção nos incríveis trabalhos de Mike Flanagan, principalmente as séries que estão na Netflix. Um nome incrível que ainda pode surpreender muito fã de terror por aí.

Feliz aniversário, Mike Flanagan. E obrigada por tamanha dedicação em suas obras.

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Mariana Lapeloso
Apaixonada por cultura pop, fã de quadrinhos, alucinada por séries. Fiz do meu amor profissão e hoje sigo escrevendo sobre aquilo que eu mais amo. Jogadora de Call of Duty, Super Mario e Resident Evil. Aficionada por filme de terror, com muita coragem (e vontade) de viver no Overlook Hotel.