Joaquin Phoenix diz que o atrativo do filme era fazer o que ninguém tinha feito antes

Coringa

Hoje (31) ocorreu a primeira exibição do filme do vilão Coringa no Festival de Veneza, que arrancou elogios e aplausos dos presentes (e da crítica é claro), estrelado pelo aclamado Joaquin Phoenix (confira aqui) e dirigido por Todd Phillips (Se Beber, Não Case), e durante o evento, os dois pararam para conversar com a imprensa sobre o filme. Joaquin revelou que o que fez ele aceitar o papel, foi poder trabalhar no que ninguém havia feito antes, confirmando que ele não se inspirou nos trabalho anteriores de atores como Coringa.

“Para mim, o grande atrativo de fazer esse filme é esse personagem e a chance de fazer um projeto do nosso jeito. Então, não segui caminhos já percorridos. O que me atraiu [no projeto] é tão difícil de definir… Algumas vezes eu me identificava com algum traço ou motivação dele, mas também quis deixar algo de misterioso. A cada dia, descobria algo novo sobre esse personagem, e isso aconteceu até o último momento de filmagem”

Uma pitada de Heath Ledger?! Joaquin Phoenix aproveitou pra falar sobre as dificuldades que enfrentou para se transformar no palhaço louco, e como lidou com elas, dessa forma falando das piadas que é uma das famosas que o Coringa faz. Vale lembrar que o ator perdeu cerca de 20kg para interpretar o palhaço.

“Ter um diário com piadas foi importante”, diz Phoenix, que iniciou as filmagens com um caderno em branco em mãos. “Eu não sabia o que escrever ali e pedi sugestões, então comecei a escrever e, de repente, coisas começaram a sair, e isso foi parte da minha descoberta do personagem.”.

As piadas são importantes, mas as gargalhadas do coringa, é algo mais do essencial e mais uma vez o ator revelou que ele deu sua identidade para tal:

“Antes mesmo de eu ler o script, Todd me falou o que queria, me mandou alguns vídeos e me descreveu que o riso do Coringa deveria ser algo doloroso, algo que o Coringa tenta expressar. Ficamos tentando pensar em como seria o riso, pedi ajuda a Todd para testar cada um desses risos. Demorou muito tempo [para encontrar os risos mais adequados], eu não quis que fosse uma gargalhada forçada”, explica Phoenix. “No filme, há uns três ou quatro tipos de riso: um de aflição, um de quando Arthur tenta ser parte de algum grupo e o do final, que é um riso de alegria intensa”, continua o diretor.

O diretor também foi uma grande peça importante para a construção do filme, mas assim que foi decidido a escolha de Phillips como um projeto totalmente diferente já feito, e que não está nada ligado aos filmes atuais de super-heróis:

“É um filme com tom bem diferente dos outros que já fiz”, afirma Phillips. “Fui influenciado por filmes dos anos 70, que eram grandes estudos de personagens. Mas pensei que também poderia mergulhar em um como Coringa e criar alguma coisa especial. Não sei nada dessa competição [da DC] com a Marvel, não sou desse mundo [dos quadrinhos]. O centro do projeto era ter uma nova abordagem sobre esse tipo de filmes [de heróis].”

E dessa forma Todd construiu um filme surpreendente diferente do que todos esperaram:

“O objetivo dele [o Coringa] era genuinamente fazer pessoas rirem e trazer alegria ao mundo. Atrapalhou-se no caminho, mas era isso o que queria.”

Aqui no Brasil, o longa chega aos cinemas no dia 3 de outubro.

Sinopse:

Coringa é centrado no icônico arqui-inimigo e é uma história solo original, nunca vista antes nas telonas. A exploração de Arthur Fleck (Joaquin Phoenix), um homem negligenciado pela sociedade, não apenas ganhará um estudo de personagem arrojado, como também um amplo conto preventivo”.

Marta Fresneda
Líder do site de entretenimento O Quarto Nerd. Apaixonada por cultura pop, com objetivo de influenciar e incentivar mulheres na área de comunicação voltado ao mundo nerd.