A história do amigão da vizinhança nos cinemas é longa, e Homem-Aranha: Longe de Casa traz o desfecho para a saga do Infinito na Marvel Studios, com o melhor filme do herói até o momento.
Ainda lidando com os acontecimentos de Vingadores: Ultimato, Peter Parker embarca em uma aventura pela Europa cheia de desafios e romances exagerados.
O Homem-Aranha é um dos heróis mais conhecidos e admirados pelo publico (desde de crianças á adultos), claramente seus filmes tem grande potencial de ser referências de filme de heróis, mas isso não aconteceu, pelo menos ainda não. Enquanto De Volta ao Lar, traz uma trama morna sem muitas surpresas e com romances na medida certa, Longe de Casa, chuta o balde e arrisca uma trama mais elaborada com grandes momentos de fazer o queixo cair, um vilão simplesmente perfeito, o Homem-Aranha que sempre quisemos nos cinemas, mas como nem tudo é perfeito a trama exagera nos romances de verão, deixando de lado o desenvolvimentos de casais, como se fosse só mais um episódio de How I Met Your Mother.
A direção de John Watts evolui na produção do segundo filme com Tom Holland, trazendo alguns mas, grandiosos momentos para o filme, que claramente faltaram no primeiro, e que fará os fãs do herói gritarem ou ficarem simplesmente sem palavras para descrever esses momentos, que mostram a evolução de John Watts na direção do filme. Enquanto a fotografia, paleta de cores e a soundtrack do filme se rementem muito a De Volta ao Lar, não trazem grandes novidades, apenas acrescentando as músicas tipicas de cada país.
Sem sombras de dúvidas Tom Holland é o melhor spidey, e isso foi provado em Homem-Aranha: De Volta ao Lar, mas em Longe de Casa Tom crava o seu lugar como o melhor, e traz uma atuação completamente impecável, conseguindo fazer o público se conectar com o personagem, fazendo ter apelo e temer pelas circunstancias que o herói está. Mas Tom Holland não é a única estrela do filme, Jake Gyllenhaal traz o audacioso e ambicioso Quentin Beck, em uma atuação brilhante digna do Mystério que conhecemos nos quadrinhos, sem sombras de dúvidas a escolha perfeita para o Beck.
Apesar das grandes atuações de Tom Holland e Jake Gyllenhaal, o roteiro acaba transformando Michelle Jones/MJ da Zendaya em apenas o par romântico, deixando de lado a construção e desenvolvimento da personagem, que foi muito bem apresentada em De Volta ao Lar, e acaba transformando sua relação com o Peter Parker em mais um romance feito para agradar o público (que por tanto pediu), mas não trabalha nem um pouco nesse relacionamento, que era pra ser de encher os olhos de lágrimas e o coração de esperança. Dessa forma o roteiro transforma Peter Parker e MJ em um casal de verão sem pé e nem cabeça, fazendo você se perguntar o por que apressar tanto algo que era pra ser feitos aos poucos e simplesmente incrível.
O roteiro da trama não é muito elaborado e cheio de surpresas mas guarda o seu grande momento para o final (cenas pós-créditos), que fará qualquer um cair da cadeira, e acaba deixando os shows para CGI e as atuações de Tom Holland e Jake Gyllenhaal.
Como todo BOM filme de heróis Homem-Aranha: Longe de Casa consegue se equilibrar entre seus momentos de tensão e engraçados, trabalhando desde o jogo de câmeras até a trilha sonora. E claro como todo bom filme da Marvel suas referências não podiam faltar, colocando assim, a cereja no bolo do filme do amigão da vizinhança.
Longe de Casa traz um roteiro mais elaborado sem grandes surpresas, mas com grandes atuações e efeitos especiais tão bons que fará os telespectadores não quererem piscar.
Nota: 4/5
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