A atriz chilena, Alison Araya, é conhecida pelo público por suas participações na série teen “Riverdale” e, agora, é ainda mais conhecida após sua atuação como a Tia Victoria na nova série original da Netflix, “Julie and the Phantoms”. A série, que conquistou milhares de fãs ao redor do mundo, é baseada na série brasileira “Julie e os fantasmas” e conta a história de Julie, uma garota que, após a morte da mãe, deixa uma de suas maiores paixões de lado: a música. E é aí que Araya entra. Interpretando a irmã da mãe de Julie, a personagem de Alison é extremamente protetora e tenta a todo custo fazer com que as crianças não sintam tanta falta da mãe, se metendo em grandes confusões, principalmente, com o sobrinho Carlos (Sonny Bustamante).
E, para entender melhor da personagem e, também, um pouco sobre a vida profissional e pessoal da atriz, nós tivemos a oportunidade de conversar um pouco com Alison Araya, que contou sobre a representividade latina em produções cinematográficas e sua personagem em “Julie and the Phantoms”.
Confira, abaixo, a entrevista completa:
1. “Julie and the Phantoms” quebra todas as leis lógicas já existentes. Mas para essa ficção musical super divertida, é claro a Tia de Julie procura cuidar cuidadosamente de todos. Levando em consideração que o Carlos já descobriu a verdade sobre os fantasmas, como você se acha que a tia reagiria se descobrisse que a banda de Julie são fantasmas e não hologramas?
“Wow, não tenho certeza! Isso, certamente, seria interessante descobrir. Vamos torcer para termos uma segunda temporada para explorar essa possiblidade.”
2. Em um dos episódios, Carlos tenta te mostrar que existem fantasmas na sala de casa e Reggie, para entrar na brincadeira, faz algumas travessuras. Qual seria a sua reação se descobrisse que realmente existe um fantasma na sala da sua casa?
“Se eu me visse nessa situação, eu acho que eu iria procurar por um novo apartamento o mais rápido possível!”
3. A indústria cinematográfica está passando por diversas mudanças recentes, e em relação a dublagem, muitos atores estão deixando de dublar certos personagens por não serem de suas etnias. Você já trabalhou em alguns projetos por trás das câmeras, você tem planos para voltar, ou quem sabe, até trabalhar como dubladora para uma personagem latina?
“Ver mais representatividade BIPOC – Black, Indigenous and people of color – (que em português significa negros, indígenas e pessoas de cor) em todas as mídias tem sido uma mudança gratificante. Acredito que, embora seja importante ver personagens BIPOC na tela, é igualmente importante ter uma representação BIPOC atrás das câmeras, também, com nossos escritores, diretores, produtores e chefes. De fato, tenho ambições de escrever e dirigir e contar histórias Latinas e estou trabalhando ativamente para alcançar esses objetivos.”
4. Durante esta semana está acontecendo vários eventos para mostrar, e apoiar, o movimento latino, como por exemplo o Hispanicize. É uma pauta que vem sendo cada vez mais discutida: a representatividade das pessoas latinas por de trás e na frente das câmeras. Para você, como uma pessoa latina, quais foram as mudanças sobre esta representatividade nos últimos anos? E o que ainda precisa mudar?
“A visibilidade de atores BIPOC certamente aumentou nos últimos anos, mas, para ver uma mudança real, eu acho que temos um caminho a percorrer. Os latinos compõem uma grande parte dos consumidores de mídia, mas permanecem sub-representados. Eu adoraria ver mais produções onde latinos possam se realizar totalmente, com personagens complexos e não com os estereótipos latinos que historicamente foram impostos.”
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A Netflix ainda não renovou “Julie and the Phantoms” para uma segunda temporada. Mas, enquanto isso, você pode conferir a primeira temporada completa na plataforma e se apaixonar pelo carisma dos atores e dos personagens, assim como nós.
O que achou da entrevista com Alison Araya?
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