BBC One |
Mais um domingo chegou e junto com ele um novo episódio de Doctor Who. Agora estamos no segundo episódio da temporada, intitulado “The Ghost Monument” (O Monumento Fantasma). A história começa exatamente aonde terminou o episódio passado: a Doutora e seus amigos no meio do Espaço, flutuando.
BBC One |
A química da Doutora com seus amigos (Yaz, Graham e Ryan) também só melhora, aliás, já fazia tempo que não víamos companions amigos da Doutora com tanta autonomia como esse trio. A positividade (e o ar de bobeira quando ele coloca aqueles óculos estilosos) de Graham levanta o astral de todos e encaixa muito bem com essa nova e leve Doutora, que parece não carregar mais o peso que sua regeneração passada (interpretado por Peter Capaldi) tinha.
A palheta de cores do episódio é de encher os olhos de lágrimas: entre os tons de azul, verde e bege, o episódio consegue equilibrar muito bem os momentos apreensivos com os relaxantes só através da ambientação. A atuação de Jodie Whittaker também se destaca, pois nesse novo episódio a audiência consegue conhecer um pouco mais desse lado seguro e ao mesmo tempo perdido da Doutora. É aqui também que nos é lembrado morais importantes que ela sempre carregou consigo mesma, como o fato dela odiar armas e nunca usá-las, em vez disso, ela prefere pensar além de seu adversário para assim detê-lo.
É no The Ghost Monument que também vemos, em primeira mão, o novo visual da TARDIS, tanto dentro como fora. Como Chibnall disse, Jodie é uma atriz muito manual, ela gosta de gesticular e atuar usando muito o corpo, então nada mais justo que sua nave espacial se adequasse a essa característica. Com muito mais botões e alavancas, a nova TARDIS se assemelha muito à sua chave de fenda sônica (a qual vimos no episódio anterior), mantendo a mesma palheta de cores e criando uma ambientação subterrânea e belamente antiga mas ao mesmo tempo futurista e moderna, assim como é Doctor Who em sua essência. É tocante ver também a reação da Doutora quando ela encontra a TARDIS; talvez seja o momento que a audiência consegue traçar mais ligações entre suas regenerações passadas. O amor e amizade que a Doutora criou com sua nave é nítido de se ver e Jodie consegue passar essa sensação magnificamente.
Talvez Chris Chibnall esteja tentando dar um ar mais leve e voltar para a essência da série: uma alienígena viajando pelo tempo e espaço. De fato, essa nova temporada está mais family friendly que qualquer outra anterior, o que mostra que ainda existe espaço para realizar bons conteúdos que não ferem ninguém e agradam a todos.
O terceiro episódio da série é o “Rosa” e vai ao ar no próximo domingo (21) na plataforma Crackle, no Brasil.