Dia Internacional de Skam: 17 de maio


Hoje é dia 17 de maio. O que, para muitos, soa apenas uma quarta-feira normal, para os fãs de Skam (2015, NRK) que se imergiram a fundo na cultura norueguesa, é um dia de rememorar essa série que marcou nossa adolescência. Isso porque hoje se comemora o Nasjonaldagen, a festividade nacional que celebra a Constituição da Noruega, na qual os cidadãos se vestem com roupas rurais do século XIX para ver o discurso do rei, as crianças tocam em fanfarras e os jovens desfilam de macacões vermelhos no último dia do Russetiden.

Eu lembro de ter ouvido falar de Skam pela primeira vez no final de 2016, numa época muito complicada pra mim, psicológica e socialmente falando. Skam abriu meus olhos para muitas coisas, mas principalmente pela certeza de que nunca estamos sozinhos. Depois disso, em uma viagem planejada para a Europa com a minha mãe, pedi (implorei) que fôssemos à Noruega. Acabou que estivemos em Oslo justamente nessa data, em 2017, e presenciamos a festa nas ruas, participando dela quase como locais – exceto pelo fato de que não tínhamos os trajes antigos.

Em honra a todos os bons ensinamentos e vivências que Skam me trouxe, resolvi compilar uma série de curiosidades históricas e contextuais sobre esse dia e sobre a representação dos russ celebration, elemento quase central da ambientação da série. Esse artigo é para nós, os fãs saudosos.

E se você caiu de paraquedas neste artigo e não sabe nem o que é Skam, calma que eu te explico (e ainda te convenço e te digo sobre como é fácil de assistir).

Ouça o som do tabu quebrando

Colagem dos personagens da série norueguesa Skam, feita pela fã Minna Gilligan.

(Imagem: Minna Gilligan, NRK / Reprodução)

Não, mas sério.

Para um público que esperava uma versão mais light de Skins (2017, E4), Skam traz uma mensagem completamente diferente, e isso já é explicitado no monólogo de introdução à série, narrado pelo personagem Jonas (Marlon Langeland), um rapaz que acabou de iniciar seus estudos no Ensino Médio e está se tornando um ser crítico com relação ao sistema econômico do mundo:

“A mentalidade global está em direção ao comércio mundial livre e aumento do liberalismo econômico. Vivemos em um mundo cheio de oportunidades. Um mundo onde sonhos se tornam realidade. Parece fantástico, e é fantástico… Para uma pequena porcentagem de nós. Porque, para a grande e pobre maioria, o sistema capitalista significa somente uma coisa: morte e sofrimento”.

(Skam, S01E01 – NRK, 2015)

Skam (do norueguês “Vergonha”) é uma série de drama teen criada, desenvolvida e dirigida por Julie Andem, na qual se retrata a rotina diária de adolescentes da escola pública Hartvig Nissen, que fica em Frogner, na região oeste de Oslo. Cada temporada traz um personagem principal, focando determinados tópicos sensíveis e presentes no cotidiano de gente como a gente, como as dificuldades de um relacionamento, identidade, transtornos alimentares, assédio, orientação sexual, saúde mental, religiosidade e amores proibidos e/ou impossíveis.

A série acerta no tom delicado que introduz todas essas questões, tomando sempre muito cuidado para não banalizar comportamentos ou falas. Inclusive, os papéis de vítima, agressor e observador-crítico são muito bem definidos – há sempre uma terceira pessoa que ressalta a problemática, fazendo com que o elemento afetado tome consciência e reaja – e muitas vezes esses papéis se invertem. Como na vida real, uma pessoa pode ser muito bem resolvida em determinado aspecto emocional, mas pecar em outro, e é assim que as personagens de Skam operam nas suas relações intra e interpessoais.

Temas de cada temporada de Skam

[Pule se não quiser ler spoilers]

Capas de cada uma das quatro temporadas de Skam, trazendo os personagens que as protagonizam. Da esquerda para a direita: Eva (temporada 1), Noora (temporada 2), Isak (temporada 3) e Sana (temporada 4).

(Imagem: NRK / Divulgação)

A primeira e a segunda temporada são centradas nas personagens Eva (Lisa Teige) e Noora (Josefine Frida Pettersen), respectivamente, e ambas vivenciam relacionamentos amorosos paralelos, que também são um temas-chave da série. Porém, a temporada da Eva foca no início do primeiro ano letivo e traz assuntos como integração escolar, busca por identidade e a criação de laços e novas amizades. Eva, sobretudo, precisa lidar com uma triste realidade sobre si própria: ela traiu sua melhor amiga ao roubar-lhe o namorado. O que isso diz sobre ela? E como a sororidade feminina (ou a falta dela) a afeta, sem afetar Jonas da mesma forma?

Já a temporada de Noora, que inclusive faz parte do círculo de amigas de Eva, traz assuntos como abandono afetivo de relacionamentos passados, inseguranças sexuais, transtornos alimentares, e como esses traumas influenciam em novas relações. Falando do rapaz pelo qual Noora se envolve, William (Thomas Hayes), alguns red flags comuns como daddy issues, agressividade e manias de controle são apontados, mas o personagem tem percepção desses comportamentos e busca por mudança.

A terceira temporada descentraliza as garotas e foca Isak (Tarjei Sandvik Moe), o melhor amigo de Jonas, e a gradual autoaceitação sobre sua homossexualidade. É claro que tudo se intensifica a partir do momento em que ele conhece Even (Henrik Holm), um rapaz mais velho e bastante peculiar, que tem uma namorada, mas insiste em flertar consigo. E isso se desenrola em um romance pra lá de fofo, mas as dificuldades não param na temática que tange a sexualidade – do meio para o fim da temporada, Isak descobre que Even possui diagnóstico de transtorno de bipolaridade. No fim, vale dizer que tudo dá certo, e esse é um dos poucos exemplos de casais gays tendo finais felizes na televisão.

ALT ER LOVE (“tudo é amor”)! <3 Yayyy!

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Por fim, a última temporada é protagonizada por Sana (Iman Meskini), uma adolescente muçulmana extremamente inteligente, amiga fiel e sem papas na língua. O público já vê Sana como uma personagem forte pelas outras temporadas, uma vez que ela está sempre defendendo seus amigos, mas, uma vez centralizada a história na sua perspectiva, fica mais do que óbvio do por quê ela é escolhida para finalizar a série. A Noruega é um país laico, de maioria atéia, e, só por isso, Sana já é bem diferente dos jovens ao seu redor, até que ela se percebe interessada por Yousef (Cengiz Al). E vale dizer que, nessa temporada, o relacionamento amoroso, apesar de importante, é colocado em segundo plano, porque questões mais importantes como o questionamento de crenças, andando junto com a “normalização” da religiosidade, são destacados.

Conceito Skam: série teen assistida em tempo real

Cartela de dia e hora de Skam. Em norueguês, está escrito "sexta-feira, 19:20".
[“Sexta-feira, 19:20” – em tradução livre]

(Imagem: NRK / Reprodução)

Skam parou a Noruega –e, logo depois, o mundo. Não à toa, diversos remakes ao redor da Europa, além de um estadunidense, foram lançados no ano seguinte ao término da produção original. O motivo? A alta proximidade com a realidade.

Uma das principais ferramentas para isso foi a forma que os episódios eram transmitidos: em pequenos clipes – um por dia, em tempo real, e sem aviso prévio! Ou seja, na segunda-feira, um clipe poderia ser postado de manhã, durante o período das aulas. Na terça, outro poderia ser postado no fim da tarde, retratando uma conversa entre a personagem e a mãe e, na quarta-feira, poderia vir de noite, perto da hora de dormir, com a personagem trocando mensagens de texto com um amigo. O espectador nunca sabia quando seria notificado de uma nova espiada na vida de Skam, o que tornava a espera algo excruciante, mas também emocionante.

Em paralelo, todos os personagens também possuíam redes sociais próprias, na qual eles interagiam entre si (é claro, com conversas scriptadas pelas mãos de uma equipe especialista da produtora) que podiam ser acessadas e comentadas pelos fãs. Dessa forma, a política dentro do set era clara: as entrevistas eram evitadas ao máximo pelos atores, em partes porque o elenco era de fato, muito jovem, mas também porque eles queriam resguardar o universo da série, preservando a ilusão de que esses personagens eram quase reais.

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Tudo era publicado no site oficial de Skam – fosse uma pequena conversa entre personagens, fosse uma mensagem de texto fabricada, fosse uma postagem de rede social –, então todos os fãs noruegueses podiam acessar o conteúdo e reassistir os episódios quantas vezes quisessem. 

Apesar de conter um trabalho minucioso de roteiro, Skam era ótima em manter uma linha tênue entre realidade e ficção. A criadora da série, que pouco dá entrevistas, certa vez foi questionada acerca da popularidade de Skam, e sua resposta foi algo como: “é tudo encenação, é claro, mas, de vez em quando, é necessário brincar de faz de conta quando queremos sentir (e projetar) algo real”.

17 de maio: happy Nasjonaldagen!

Uma cena real, mas também presente em Skam: crianças balançando bandeiras da Noruega. Foto de Evelina Gustafsson.

(Imagem: Evelina Gustafsson, Wikipédia / Reprodução)

Em 17 de maio, comemora-se a assinatura da Constituição da Noruega (1814), que se safou de ser cedida à Suécia depois da sua derrota devastadora nas Guerras Napoleônicas. A celebração desse dia começou espontaneamente entre estudantes, mas por algum tempo, elas foram reprimidas pelo rei, acreditando ser algum tipo de revolta contra a união escandinava estabelecida. 

Só em 1864, com a organização da primeira Parada das Crianças na cidade de Christiania, que a comemoração passou a ser mais estimulada pelos líderes noruegueses. Importante, aqui, ressaltar o caráter não-militar a esse tipo de desfile, que era protagonizado pelos pequenos brandindo bandeiras, de forma pacífica e alegre. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, qualquer tipo de passeata exaltando símbolos nacionais foi duramente reprimida e proibida pela ocupação Nazi e, uma vez em que aconteceu a rendição das forças alemãs em 1945, a bandeira da Noruega ganhou um simbolismo ainda maior de resistência e liberdade.

(Imagem: NRK / Reprodução)

Atualmente, o Syttende Mai (“17 de maio”), ou Nasjonaldagen (“Dia Nacional”) é comemorado com fervor no país inteiro. Nesse dia, o “beber na rua” é tratado com vista grossa e, para onde se olha, há pessoas brandindo bandeirinhas norueguesas e gritando “hurra!”. As passeatas de Oslo terminam em frente ao Palácio Real, onde pessoas, trajadas com roupas de camponeses do século XIX, chamadas de bunad, se reúnem para assistir ao discurso do rei. Em todos os cantos da Noruega, os locais celebram e entoam palavras positivas como igualdade, liberdade e prosperidade, e as famílias, vestidas a caráter, comem um tradicional prato de waffles e cantam o hino real. Além disso, os adolescentes em época de russ trajam pela última vez seus macacões coloridos.

O episódio de Skam em que se presencia pela primeira vez a festividade é o S02E10, da temporada da Noora.

O russ time e a cultura dos adolescentes noruegueses

(Imagem: NRK / Reprodução)

Como celebração do cumprimento dos seus estudos na escola, os adolescentes noruegueses passam pelo Russefeiring, que consiste num rito de passagem para a vida adulta e no adeus aos seus colegas de classe. Nele, os russ utilizam macacões bastante característicos, e comumente compram e customizam ônibus ou vans para dar festas privadas, uma vez que no país é proibido consumir álcool na rua e, nesse momento, a maioria dos estudantes acabou de atingir a maioridade.

As festividades começam em 11 de abril e terminam em 17 de maio, durante os desfiles do Nasjonaldagen. Nesse meio tempo, os grupos interagem em russetreffs (traduzidos como “encontros de russ”), eventos gigantes nos quais se realizam shows, competições de ônibus em vários quesitos (ônibus com os melhores sistemas de som, melhores sistemas de iluminação, melhor design, ônibus do ano etc.), e venda de cerveja e comida. Como muito dinheiro é gasto na confecção e no planejamento dos ônibus, o russ bus muitas vezes é patrocinado e incentivado pelos pais.

Além disso, a cor com a qual esses adolescentes se vestem também diz muito sobre as escolhas que farão para sua carreira profissional, apesar de o vermelho ser o mais comum. As cores de russ são: vermelho (“allmennfag” – estudos gerais), azul (“administrasjon” – administração), preto (“svartruss” – cursos profissionalizantes), verde ou laranja (“grønnruss” – cursos agrícolas), e branco (“hvitruss” – cursos da área da saúde).

(Imagem: NRK / Reprodução)

O russetiden (“russ time“) é uma forma de desenvolver o princípio do pertencimento social e do autodescobrimento, quer seja na escolha de uma futura profissão ou quer seja na experimentação da sua própria sexualidade, algo vastamente incentivado pelo ambiente de festas. É por isso que Vilde é tão fissurada na ideia de celebrá-lo desde o seu primeiro ano na Nissen skole.

Na série, a união e a competitividade dos russ é muito bem representada pelos formandos William, Chris e seus amigos, cujo grupo se chama The Penetrators. O enfoque acontece na temporada de Noora, par romântico de William, que acontece na primavera de 2016.

Já todo o processo de elaboração do russ time é desenvolvido pelas temporadas de Eva (quando ela se vê excluída do grupo que gostaria de pertencer) e Sana (que trabalhou muito, em conjunto com Vilde, para o financiamento do ônibus das garotas).

“Vergonha” pelo mundo

(Imagem: NRK / Reprodução)

Após o estouro global de Skam, provou-se que séries teen podem ser importantes formadores de caráter, por mais que exibam facetas “feias” da adolescência – como o consumo ilegal de álcool e drogas, a depressão, etc –, caso sejam bem roteirizadas.

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Não à toa, uma vez que a NRK colocou no ar o último episódio da temporada final, diversas produtoras internacionais abriram as carteiras para comprar os direitos e recriar a sua própria versão da “Vergonha”, diagramada sob a ótica da cultura local. Então, em 2018, as adaptações francesa, italiana, belga, alemã, espanhola, holandesa e estadunidense foram lançadas, trazendo personagens com histórias e problemáticas baseadas no original, mas também se permitindo inovar em outros assuntos polêmicos. Muitos desses remakes deram tão certo que estão em continuação até hoje!

A maneira mais fácil de assistir o Skam norueguês e os demais é através do site do Portal Skam Brasil. Lá, todos os episódios estão upados em alta qualidade de imagem, e legendados em português. Confira:

  • 🇳🇴 Skam (2015–2017) – 4 temporadas
  • 🇫🇷 Skam France (2018–presente) – 9 temporadas até então
  • 🇮🇹 Skam Italia (2018–presente) – 5 temporadas até então
  • 🇧🇪 wtFOCK (2018–2021) – 5 temporadas
  • 🇩🇪 Druck (2018–presente) – 8 temporadas até então
  • 🇪🇸 Skam España (2018–2020) – 4 temporadas
  • 🇳🇱 Skam NL (2018–2019) – 2 temporadas
  • 🇺🇸 Skam Austin (2018–2019) – 2 temporadas

Bônus para os fãs de Skam: tour personalizado de Oslo

Captura de tela do mapa personalizado do VisitOslo, no Google Maps, que marca 25 pontos de gravação de Skam na cidade de Oslo, Noruega.

(Imagem: Google Maps, VisitOslo / Divulgação)

Tudo que incita a comoção do jovem também movimenta uma onda de fandoms onde menos se espera. Eu mesma nunca havia pensado em pisar na Noruega até dar play em Skam pela primeira vez, e no ano seguinte, lá estava eu, assistindo aos desfiles do Nasjonaldagen

Nos três dias que estive em Oslo, aproveitei para conhecer algumas belezas naturais da Escandinávia e fui a museus vikings, mas é claro que fiz questão de visitar a Nissen skole – da qual só pude vislumbrar a fachada porque é, afinal das contas, uma escola de verdade.

No entanto, esses dias descobri um site que mapeou literalmente todos os pontos de Oslo da qual foram gravadas cenas épicas da série pelas quatro temporadas. Então, se algum fã estiver pensando em visitar o país em breve, fica aí a dica de um turismo cult: VER O MAPA da VisitOslo.

Takk for alt (–”obrigada por tudo”)

Colagem dos personagens da série norueguesa Skam, feita pela fã Minna Gilligan. A colagem traz foco nos casais Evak (Evan e Isak), Joneva (Jonas e Eva) e Noorhelm (Noora e William "Wilhelm").

(Imagem: Minna Gilligan, NRK / Reprodução)

Eu tinha dezoito anos quando vi Skam pela primeira vez – uma época na qual eu havia acabado de me formar no colegial e não tinha a menor ideia do que fazer a seguir.

Assistir à vida fictícia (mas quase real) de Eva, Noora, Vilde, Sana e Chris, e enxergar com compaixão a abordagem tão humana sobre diversas dificuldades dessa etapa de efervescência de hormônios e dúvidas me fez compreender que eu não estava sozinha nas minhas angústias e na ansiedade pelo que a vida me traria.

É como o personagem Jonas coloca em seu monólogo de encerramento da series finale:

“[…] Porque mesmo que algumas vezes pareça, nenhuma pessoa está sozinha. Todo e cada um de nós é uma peça importante no grande caos, e o que você faz hoje terá efeito amanhã. Pode ser difícil de dizer exatamente qual tipo de efeito, e normalmente nem sempre podemos ver como tudo se conecta, mas o efeito de suas ações permanecerá sempre em algum lugar no caos.

Em 100 anos, pode ser que tenhamos máquinas que calculam o efeito de toda e cada ação. Até lá, nós podemos confiar nisso: o medo se espalha. Mas… Com sorte, o amor também.”

(Skam, S04E10 – NRK, 2017)
Fotografia do tipo selfie, tirada pela autora do artigo, Iana Maciel, com sua mãe, Ivânia, nas ruas de Oslo, durante as festividades do 17 de maio de 2017.

[Eu e minha mãe no Nasjonaldagen de 2017 em Oslo]

(Imagem: Iana Maciel)

Skam é uma importante série de vida real, e, sem sombra de dúvidas, a produção que retrata o Ensino Médio da forma mais genuína e autêntica possível.

Se eu fosse você, assistiria. E, se você já viu, te convido a maratonar de novo. (Eu própria nunca vi os reboots, mas, depois de escrever esse texto tão saudoso, definitivamente vou tirar um tempo para isso.)

Obrigada por tudo, Skam!

Iana Maciel
Bacharelanda de Comunicação Social pela ECA/USP. Filha de Zeus, tributo do Distrito 1 e artilheira de Quadribol da Grifinória. Escondo um passado de jogadora de RPG por trás da cara de brava e da prática de esportes, mas quem me conhece sabe que eu adoro marcar de jogar um LoLzinho nas horas vagas.