Crítica | Vozes

Vozes

Hoje, 27, chegou ao catálogo da Netflix o mais novo filme de terror distribuído pela empresa, Vozes (Voces, 2020). Dirigido por Ángel Gómez e estrelado por Rodolfo Sancho, Ana Fernández, Belén Fabra, Lucas Blas Ramón Barea, o terror já havia sido lançado nos cinemas da Espanha, e agora foi distribuído mundialmente pelo streaming.

A trama gira em torno de Daniel, Sara e Eric, uma família que não costuma ficar muito tempo na mesma casa por conta do trabalho de Daniel. Ao se mudarem para a casa nova, Eric começa a ouvir coisas estranhas. O que à primeira vista parece ser a imaginação de uma criança também se tornará uma realidade assustadora para os adultos.

Confira o trailer do filme abaixo:

A trama possuí em torno 1h40min, e mesmo assim o filme passa uma sensação de que não há começo, meio e fim. Claramente houveram muitos cortes durante a edição para não prolongar a história, porém acabaram mantendo momentos não tão necessários e jogando fora aquilo que poderia ser crucial. Por conta disso, muitas vezes a história da família principal é deixada de lado para focar nos personagens secundários, o Sr. German e sua filha Ruth.

Um grande diferencial de Vozes, que é bem perceptível, é o fato da maior parte da história se passar durante o dia, diferente da maioria dos filmes de terror que utilizam do ambiente escuro para tentar entregar uma atmosfera aterrorizante – ou até mesmo para esconder falhas do filmes -. O terror sobrenatural entrega uma atmosfera de Poltergeist (1986) e O Senhor Babadook (2014), e também percebe-se que a história é fortemente inspirada na franquia de Invocação do Mal (2013), tal fato se torna ainda mais perceptível na cena pós-créditos, dando a entender que Sr. German e filha Ruth se tornarão caçadores paranormais nos próximos filmes.

No geral, o filme não é muito coeso, e se torna cada vez mais confuso conforme novas histórias são introduzidas. Os personagens não são carismáticos, e apesar da casa ser um dos “personagens principais”, ela é pouco explorada. O longa entra facilmente no estereótipo de que “todo filme de terror é ruim”, e isso se dá pela falta de profundidade na história e talvez até pela inexperiência do diretor – já que este é seu primeiro grande filme.

Vozes é o clássico clichê do terror, trazendo uma casa mal assombrada, uma mulher vestida de branco e alguns jumpscares ao longo do filme. E apesar de não ser um bom filme, pode até ser uma boa opção para ver junto com os amigos quando não há algo melhor em mente. Mesmo possuindo um plot twist que é no mínimo interessante, o filme não entrega nada novo, e é facilmente “esquecível’.

Título: Vozes

Direção: Ángel Gomez

Elenco: Rodolfo Sancho, Ana Fernández, Belén Fabra, Lucas Blas e Ramón Barea

Nota: 2/5

Avaliação: 2 de 5.

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Karina Sena