Qual a possibilidade de Joe, Penn Badgley, e Love, Victoria Pedretti, conseguirem um casamento normal? Depois do fim conturbado da segunda temporada de You, onde nosso protagonista encontra sua cara metade que é quase um pedaço dele mesmo, os dois começam uma nova vida no subúrbio de Madre Linda.
A terceira temporada da série já está disponível na Netflix, confira nossa crítica.
Essa é sem dúvidas a melhor temporada até aqui, tanto por mostrar alguns elos mais fracos de Joe, como por ser totalmente perturbadora.
Assista ao trailer:
E não falo apenas pela quantidade de sangue derramado, que com certeza bateu algum tipo de recorde, mas por explorar cada vez mais como a mente dos dois funciona. Quando estão separados e principalmente quando estão juntos, já que os dois possuem uma capacidade absurda de se tornar piores quando estão lado a lado. Uma espécie de time perfeito, da pior maneira possível.
Mais uma vez temos o passado de Joe sendo explorado durante a narrativa. Podemos observar não a justificativa de seus atos nesses pequenos flashbacks, mas sim como a mente conturbada do garoto se tornou a que vemos no presente.
Por mais que isso gere certa empatia, de um jeito extremamente perturbador, ainda temos como entender que os problemas sempre estiveram ali e ainda não são justificativas para a maneira doentia como ele vê e age com o mundo.
As tentativas de humanizar o protagonista ainda trazem certo desconforto, afinal, sabemos que o que ele faz é doentio mesmo tento o famoso, e já bem conhecido pelos vilões das produções, passado traumático.
Mesmo que já conhecemos o histórico de Joe, essa temporada mostrou que ele é capaz de muito mais. Pegando todos desprevenidos quando mais uma vez, ele se mostra sempre um passo a frente com uma carta na manga.
Love ganhou um grande espaço nessa terceira temporada. A versão feminina de Joe não deixou a desejar ao entregar cenas de arrepiar durante a temporada. Precisamos dar ênfase à atuação de Pedretti que entregou toda intensidade que a personagem precisava.
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De forma intencional, ou não, recebemos alguns diálogos engraçados entre nosso casal. Servindo de alívio cômico para toda a tensão que entregaram ao longo dos episódios. Além dos pensamentos extremamente sarcásticos de Joe, que nos fazem rir nos momentos mais inadequados.
Outra coisa que chamou atenção foram as menções à pandemia do Covid-19. Não só mostrando uma realidade pós corona mas também abrindo um espaço para falar sobre o movimento antivacinação. Que, de fato ganhou grande destaque nessa temporada.
Além de tudo isso, outro ponto que é típico de You, desde a primeira temporada e que foi muito bem desenvolvido e explorado nessa nova. Que é o jogo de cenas que nos leva para dentro da cabeça de Joe.
Por mais que fique claro quem são os vilões e os mocinhos da história, não há como negar que ao decorrer da trama estamos nos questionando de que lado estamos.
A trilha sonora da série não deixa a desejar, e traz arrepios quando a letra diz exatamente algo sobre a cena e quando faz o extremo oposto, com uma melodia acolhedora para o caos.
Ainda que a série force um pouco a barra com a quantidade de mortes, ainda recebemos alguns fragmentos que foram o motivo do sucesso da série quando foi lançada. E por mais que algumas das vítimas sejam desprezíveis, ainda existe uma grande dificuldade de engolir toda a matança e entender o casal perturbado.
You vale a maratona e equilibra o suspense, humor e muito sangue nos novos episódios.
Crítica
Título: You
Showrunner: Sera Gamble
Criador: Sera Gamble, Greg Berlanti, Adria Lang, Caroline Kepnes e Kelli Breslin.
Elenco: Penn Badgley, Victoria Pedretti, Michaela McManus, Tati Gabrielle, Shalita Grant e Dylan Arnold.
Nota: 4,5/5
