Crítica | Teia de Corrupção mostra o lado obscuro das Olimpíadas

Teia de Corrupção

Se você estava a procura de um suspense baseado em fatos reais, “Teia de Corrupção” (The Corrupted, 2019), com certeza, é o que você precisava. O filme, que entrou na última semana nos catálogo das plataformas digitais, é ambientado após os jogos Olímpicos de 2012, em Londres, e conta a história de Liam (Sam Claflin), um ex-presidiário que tenta a todo custo reconquistar o amor e confiança de sua família.

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Logo de início, o espectador capta a ideia principal do longa e já se depara com uma cena de violência e corrupção, que traz a história central para o desenrolar do filme. Com uma cronologia perfeitamente estruturada, o roteiro inicia mostrando ao público a verdade por trás da Olimpíadas de Londres, em que a disputa imobiliária já era uma realidade e, com isso, a corrupção ganhava mais força e pessoas passam a ser enganadas e assassinadas, como o pai dos personagens principais.

Foto: Divulgação

A partir daí, o enredo se entrelaça em uma rede de mentiras e conexões que formam a história. Cada personagem passa a ser importante para o roteiro, mesmo que em um primeiro momento não pareça e mesmo que o personagem principal ainda seja o de Claflin. O roteirista projeta em diversos plot-twists ao longo da história e prende a atenção do espectador com facilidade.

Ainda que seja classificado como suspense, o filme se encarrega de trazer doses certeiras de drama e ação. E já deixo avisado que se você não é do tipo de pessoa que curte cenas de assassinato, com sangue para todo lado, talvez seja melhor fechar os olhos em alguns momentos. Mas, apenas por alguns segundos, pois você com certeza irá querer se manter atento aos pequenos detalhes do filme.

Por fim, a atuação dos atores não deixa a desejar. Mesmo que você fique interessado em assistir o filme por causa de Claflin, saiba que a atuação dos demais são, muitas vezes, até melhores, com o sotaque britânico carregado durante toda a trama. Um exemplo disso é Timothy Spall, que interpreta o vilão do filme, Clifford Cullen. Desde a primeira cena, o espectador já consegue sentir uma raiva pelo personagem e, em sua maioria, até se esquecer que é apenas um filme.

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De maneira geral, “Teia de Corrupção” é o tipo de produção que provoca raiva e angústia, mas, ainda assim, consegue transmitir a mensagem principal do filme. Desde o início é possível entender que as pessoas são capazes de tudo para alcançar o que desejam, mesmo que isso seja errado e ambicioso ao extremo. Mas, é como aquele velho ditado: tudo o que é demais, estraga.

Crítica: Teia de Corrupção

Direção:  Ron Scalpello
Roteiro: Nick Moorcroft
Elenco: Sam Claflin, Timothy Spall, Hugh Bonneville, Noel Clarke, Charlie Murphy, Joe Claflin, Naomi Ackie, Aled Arhyel
Nota:  4/5

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Raphaela Lima
Completamente apaixonada por música e pelo Spider-Man, usa seu conhecimento sobre a comunicação e a cultura pop e seu vício em filmes e memes para complementar a equipe das nerds da cadeira.