A segunda temporada de Control Z já está entre nós! Os novos episódios chegaram ontem, 06, na Netflix e deram o que falar.
Um novo hacker chega ao Colégio Nacional buscando vingança pela morte de Luiz. E dessa vez o Vingador, está bem mais cruel e ultrapassou as barreiras da internet partindo para a vida real. Onde pratica atos bem mais cruéis arriscando a vida dos alunos. A primeira coisa que precisa ser dita é que não falta emoção nos ataques do Vingador,
ficamos à flor da pele o tempo todo aguardando seu próximo passo.
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Z não é bem desenvolvida"
O romance
Como em toda trama de mistério, os plots secundários dos personagens são necessários para preencher as lacunas da história, no entanto, os roteiristas estavam mais preocupados com a quantidade do que com a qualidade. Vários novos casais são introduzidos, sem sobrar nenhum espaço para o desenvolvimento de cada um, de uma cena para outra já
estão perdidamente apaixonados prestes a arriscar tudo pela pessoa. Não que isso seja um problema, mas de fato acontecem muito rápido e sem desenvolvimento nenhum. Deviam ter focado mais nos mistérios do que no desenvolvimento dos casais sem sal. Não sabemos qual é a dos personagens, não porque esses são misteriosos, mas porque parecem terem sido escritos às pressas.
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Representatividade?
Já não é segredo que as produções estão dando mais espaço para a comunidade LGBTQIA+ aparecer na história. Porém, a maneira como essas pessoas são retratadas ainda precisa de MUITOS reparos! Na primeira temporada tivemos a participação de uma mulher trans em que o seu plot era? Rufem os tambores! Toda escola descobrindo e
começando a destratar e desvalorizar sua identidade de gênero. No fim da primeira temporada descobrimos a sexualidade de Gerry que foi exposta pelo hacker, onde o mesmo tem vergonha de quem é e tem atitudes extremamente homofóbicas,. Onde fica a temporada inteira tendo repulsa por tudo que sua sexualidade e a comunidade representam.
Em outra parte da série, temos Maria, que acabou de realizar um aborto e está completamente desiludida com o pai da criança e acaba ganhando uma nova amiga, não demora muito para começarem a retratar a amizade com mais química do que uma amizade deveria ter. E em pouco tempo, já vemos Maria tentando beijar sua amiga. Reforçando o esteriótipos de que mulheres tem interesse em outras mulheres por passarem por situações ruins com homens.
É cansativo assistir tramas que reforçam tantos paradigmas que a comunidade LGBT vem tentando se desvincular há tempos, não queremos ver gays enrustidos e homofóbicos, não queremos casais lésbicos depois de desilusões e muito menos pessoas trans passando por situações de represália. Estamos em 2021! Tá na hora de entender que não é
necessário colocar essas pessoas em situações depreciativas para fazer sentido. Essas histórias precisam ser preenchidas de forma natural e real.
O mistério
Por mais que os ataques do Vingador sejam muito bem desenvolvidos, o final da série é extremamente decepcionante. O que torna uma boa série de mistério realmente boa, é a capacidade de fazer o público se identificar com o lado errado da história. Entender as motivações do Vingador, fazer realmente sentir cada emoção e razões para os atos. No
entanto, eles não conseguem despertar esse sentimento. Trazem um elemento interessante, onde mortes geram mais mortes tornando-se um ciclo sem fim. Mas ainda falta muito desenvolvimento para se tornar uma série realmente boa.
Temos uma abertura para uma terceira temporada, mas esperamos que não cometam os mesmos erros.
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Crítica
Título: Control Z
Criador: Carlos Quintanilla Sakar, Adriana Pelusi, Miguel García Moreno.
Elenco: Ana Valeria Becerril, Yankel Stevan, Michael Ronda, Macarena Garcia Romero,
Andres Baida e Patricio Gallardo.
Nota: 3 / 5
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