Crítica | Remake de Convenção de Bruxas é decepcionante

Convenção de Bruxas (1990) marcou a vida de muitas crianças dos anos 90 e 2000, virando um grande clássico da Sessão da Tarde. Agora, um remake com mesmo nome, dirigido por Robert Zemeckis, também conhecido pela direção de De Volta Para o Futuro e Forrest Gump, decepciona qualquer um.

A trama gira em torno de um garoto (Jahzir Bruno) que perdeu seus pais em um acidente de carro, e assim, ele vai morar com sua avó (Octavia Spencer). Até que um dia, resolvem viajar à um hotel luxuoso, e ele descobre que está acontecendo no mesmo tempo uma convenção de bruxas ali, e acaba sendo transformado em rato pela Grande Bruxa (Anne Hathaway). 

Quando falamos de um remake, já pensamos em elementos novos para a história que podem ser adicionados, mas infelizmente, isso não acontece neste filme. Pelo contrário, a produção até mesmo tirou fatos importantes que estavam presentes no longa original, como a história do quadro e a mudança de como a garotinha, amiga da avó, foi transformada por uma bruxa. 

Porém, um dos pontos mais interessantes deste é o fato de ter colocado atores negros para representar os protagonistas, falando sobre questões raciais e principalmente, preconceito em geral. Pois aqui, as bruxas iam atrás de pessoas escolhiam crianças pobres e menos privilegiadas para os transformar. 

E uma polêmica sobre a produção surgiu alguns dias atrás é que, as bruxas possuem ectrodactilia, o que quer dizer que elas têm a ausência de dedos em suas mãos, algo que se tornou ofensivo, como se o filme dissesse que todos que possuem essa condição, poderiam ser confundidos com bruxas. O caso repercutiu tanto na mídia que um dos representantes da Warner disse em uma entrevista que estava arrependido por qualquer menção ofensiva.


Partindo para as atuações, Hathaway consegue nos decepcionar demais, sobretudo quando comparamos com a atuação incrível da Grande Bruxa que o longa original nos proporciona, interpretada por Anjelica Huston. Esta fez criancinhas das últimas décadas chorarem e ficarem traumatizados com a sua medonha performance. A Em geral, pelo longa estar recheado de grandes nomes, as atuações estão sim muito fraca.

Convenção de Bruxas não usa a tecnologia ao seu favor

E sem falar do CGI completamente bizarro e forçado, principalmente a forma que utilizam para deixar as bruxas mais horripilantes, com uma grande fenda em suas bocas. Porém, o erro é certeiro! Talvez até uma criança assistindo ao filme não fique com tanto medo, por ele não ter cenas tão impactantes mesmo na visão infantil, comparado com a versão dos anos 1990.

Zemeckis ficou conhecido por fazer um filme super tecnológico para seu tempo, De Volta Para o Futuro, e neste, parece que voltou à estaca zero. Sem nenhuma inovação tecnológica, mas sim, um retrocesso. Uma grande decepção.

Crítica: Convenção de Bruxas (2020)

Direção: Robert Zemeckis

Elenco: Anne Hathaway, Octavia Spencer, Stanley Tucci.

Nota: 1.5/5

Avaliação: 1.5 de 5.

Confira abaixo o trailer de Convenção de Bruxas:

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Camila Ferreira