Crítica | Reboot de Julie e os Fantasmas supera as expectativas

Julie e os fantasmas

Hoje, 10, chegou a plataforma da Netflix o reboot da série brasileira ‘Julie e os Fantasmas’ (2011), exibida originalmente pela Bandeirantes e Nickelondeon. O elenco da nova série conta com Madison Reyes, Charlie Gillespie, Jeremy Shada, Owen Joyner, Jadah Marie, Savanah Lee May e Booboo Stewart, e direção de Kenny Ortega – mesmo diretor dos sucessos da Walt Disney Studios, High School Musical e Descendentes -.

Julie e os Fantasmas conta a história de Julie, uma adolescente que perdeu a mãe e junto também perdeu o amor pela música. Após precisar limpar o antigo estúdio de sua mãe, a jovem encontra um álbum antigo e decide colocá-lo para tocar, ao fazer isso, a mesma liberta fantasmas de cantores que morreram por comer um hot dog estragado em 1990.

A série conta com nove episódios de 35 minutos cada. A premissa inicial é bastante semelhante à original, poucas mudanças significativas ocorrem durante os episódios, como o fato de na versão de 2011 os fantasmas precisarem utilizar uma máscara ao se apresentar para o público conseguir vê-los. Enquanto no reboot, apenas por tocarem no palco eles se tornam visíveis ao público – que inclusive, foi uma saída muito esperta que a Netflix teve.

Julie e os Fantasma (2011)

Um dos pontos fortes da série com certeza foram as canções. Com uma letra muito bem composta – diferente de muitos musicais infanto-juvenis – as canções originais se misturam muito bem com as cenas, e ao juntar com o vocal incrível e impactante de Madison Reyes, é possível se emocionar facilmente.

E falando em Reyes, não podíamos deixar de falar de sua atuação marcante. Mesmo sendo novata em Hollywood, a jovem não decepcionou com sua performance, e é visível que a mesma entregou o seu melhor enquanto interpretava.

Julie e os fantasmas
Julie e os Fantasmas (2020)

Apesar de Julie e Luke terem suas histórias bem contadas e desenvolvidas, os outros fantasmas só aparecerem em segundo plano. Esperamos que na segunda temporada Reggie e Alex também sejam desenvolvidos e ganhem mais espaço na história. E que outros personagens como a melhor amiga de Julie, Flynn, ou sua inimiga, Carrie, também tenha sua histórias contadas.

A Netflix conseguiu trabalhar muito bem com os temas de luto, superação, aceitação e amizade, e também soube como trazer comédia e leveza para os mesmos. O climax e o desfecho da história são bem previsíveis, porém o clima ‘leve’ da série é o suficiente para querer continuar a assistir – e ansiar pela segunda temporada -. Esta é com certeza o tipo de série “respiro”, que serve para quando queremos algo para esvaziar a mente, e entreter sem precisar criar paranoias e teorias. Kenny Ortega conseguiu nos entregar uma série que remetesse aos anos 2000, trazendo assuntos atuais, comédia e emoção, além de uma trilha-sonora cativante e personagens carismáticos.

Crítica: Julie e os Fantasmas

Direção: Kenny Ortega

Elenco: Madison Reyes, Charlie Gillespie, Jeremy Shada, Owen Joyner, Jadah Marie, Savanah Lee May e Booboo Stewart

Nota: 4/5

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Karina Sena