A nova produção espanhola da Netflix, Rebelde é um remake da clássica novela de mesmo nome lançada nos anos 2000. A produção do streaming trás novamente os corredores da Elite Way School, agora EWS, além de referências ao personagens da novela mexicana, porém um dos pontos baixos da produção acaba sendo a rapidez da história e o carisma de seus personagens que vez ou outro se perde em seus episódios.
Rebelde chegou já com muitos fãs e claro a procura de agradar a nova geração, a produção consegue fazer os dois, uma vez que trás diversas referencias como as roupas, imagens dos personagens originais e até trazendo rosto familiares como o da atriz Estefania Villarreal que na produção original e também no remake, interpreta Celina Ferrer.
A nova produção traz temas sociais que haviam sido deixados de lado na novela mexicana, considerando seu ano de lançamento, onde não era tão comentado. Porém, essa nova abordagem acaba ganhando pontos esses dois públicos, fazendo com que a série se encaixa nos requisitos das produções teens de hoje em dia, mas também mostra como podemos ter diversas releituras de uma produção tão popular que não teve a chance de aborda temáticas importantes como a representação LGBTQIA+.
De longe podemos ver que existe semelha nas características do sexteto que são semelhantes aos personagens originais, características essas que caíram como uma luva para a nova geração, porém não se pode negar que é difícil no inicio sentir o carisma dos mesmo, são necessárias doses de episódios para que possamos sentir pelo menos um pouco de afeto pelos personagens, isso talvez aconteça pois mesmo com características e estilo que nos já conheçamos, a identidades do sexteto acaba não sendo mostrada tanto quanto deveria.
Outro problema que a série enfrenta, é a rapidez de inserir seus personagens na história. A produção tentar correr contra o tempo em apenas dois episódios, afim de mostra o que a nova geração ira enfrenta, que é a volta da temida Seita, a mesma organização já apresentada na novela que tem o objetivo de expulsar os bolsistas e claro a formação do grupo musical que na verdade é resolvida em 2 segundos, o que incomoda um pouco.
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Sabendo que o remake tem menos episódios que sua produção original, a rapidez de correr com a história e já formar seus casais logo em seu primeiro episódio incomoda muito quem gosta de ver o desenvolvimento dos personagens em tela, além disso é importante ressaltar que Rebelde tem grande força no mercado, então é quase inevitável que o remake terá uma segunda temporada, ou seja não seria necessário toda essa rapidez e mesmo que isso não aconteça, seria bem mais interessante conhecer e se apegar aos personagens, além de acompanhar aos poucos os desafios que eles enfrentaram.
Por fim, Rebelde não é nada mal, traz boas referências com coisas que adorávamos na produção original, mesmo com tantas musicas de sucesso já inclusas no nome, a série consegue trazer um novo repertório que se sustenta bem e consegue mesmo assim se diferenciar do sucesso mexicano, porém se perde ao não deixar que seus personagens tenham um melhor desenvolvimento para que o público sinta afeto por eles e também traz uma rapidez desnecessária que atrapalha ainda mais seus personagens.
Título: Rebelde
Direção: Santiago Limón
Elenco: Azul Guaita, Giovanna Grigio, Sérgio Mayer Mori, Franco Masini, Estefanía Villarreal, Alejandro Puente e Jerónimo Cantillo.
Nota: 3,5/5
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