Crítica| Raya e o Último Dragão é uma história forte e encantadora

A Disney Brasil nos convidou para a pré estréia do novo filme de animação Raya e o Último Dragão que chega nos cinemas esse fim de semana, 05, em alguns cinemas do Brasil, e no serviço de streaming do Disney+ por um custo adicional de R$69,90 com assinatura do Prime Access.

Raya e o Último Dragão explora um universo em que humanos e dragões viviam em harmonia, no entanto uma praga transforma todos em pedra, e os dragões lutam para salvar a humanidade. Após anos de brigas entre os povos, estes dividiram Kumandra em cinco regiões, que brigam pela posse do espírito do último dragão.

Raya e o último Dragão
Imagem: Divulgação Disney+

Não há como começar sem falar sobre a nova sacada da Disney em investir em princesas guerreiras, ganhamos isso em Valente, Mulan, mais recentemente em Moana e agora temos Raya.

Este é o exato tipo de filme que as crianças precisam crescer assistindo, e deixa nos adultos a nostálgica sensação de esperança.

Repleto de cultura, cenas incríveis de lutas, e uma mensagem sobre confiança e amizade. Ouso dizer que essa é um das melhores animações desde Moana.

As cinco regiões, no filme possuem uma vasta civilização majoritariamente asiática, o cenário esbanja a cultura de Kumandra que anseia pela união desses povos.

A presença feminina é muito marcante, tanto de Raya como de Namaari, que juntas aprendem a lidar com o passado e unir suas forças pelo que acreditam.

Raya e o último Dragão
Imagem: Divulgação Disney +

Em determinado momento do filme podemos perceber que apesar da divisão dos povos nas cinco regiões, todos tem os mesmos ideais e expectativas, porém, a ganância pelo poder os distingue de uma forma maior do que se pode conter, causando assim mais caos pela posse do espírito do último dragão.

A mensagem sobre confiança é muito reforçada e pode ter interpretações distintas já que há também nas entrelinhas, um contexto de amizade, amor por tudo que acredita e acima de tudo sobre saber ceder em determinado momento, afinal, não haverá paz até que pelo menos um dos envolvidos dê o primeiro passo para trás.

Como uma boa história de fantasia, a trama monta todo o cenário do mundo distópico, e é construído aos poucos e contextualizado de forma objetiva, mas ainda rica em detalhes.

A cultura de Kumandra ainda tem muito a ser explorada e merece mais destaque em uma possível sequência. Seria interessante conhecer mais um pouco desse povo que se uniu mais uma vez e poder observar esse choque de cultura.

Raya e o último dragão
Imagem: Divulgação Disney+

Apesar dos acontecimentos e da forte mensagem sobre confiança e acreditar, o filme ainda consegue ser divertido e cativante. Com diálogos engraçados e personagens adoráveis, Raya e o último Dragão vai, com certeza te conquistar do início ao fim e fazer você se sentir esperançoso.

É notável a busca pela diversidade que foi feita para a produção do filme, o que torna a representatividade possível, não de uma maneira forçada, o que é um presente dos roteiristas Qui Nguyen e Adele Lim.

Imagem: Divulgação Disney+

A estrutura visual do filme é deslumbrante, rico em detalhes nos efeitos especiais.

Raya é forte e encantadora na medida certa e tem potencial para se tornar a nova queridinha entre os personagens da Disney.

A história é surpreendente e carrega traços únicos, cheio de cultura aprendizado e emoção.

Título: Raya e o Último Dragão

Direção: Carlos López Estrada, Don Hall

Roteiro: Adele Lim e Qui Nguyen

Nota: 5/5

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Júlia Oliveira
Redatora d' O Quarto Nerd. Apaixonada por música e séries. Completamente viciada em livros. 'I go to seek a Great Perhaps'.