Ragnarok estreou sua 1ª temporada em 2020 e prometia trazer uma história onde veríamos um jovem que se descobre como sendo a reencarnação de Thor e que se vê obrigado a lutar contra os gigantes que restaram após a derrota dos deuses no ragnarok. E as suas 3 temporadas se desenvolveram trazendo esse embate entre os deuses e gigantes.
Afinal qual é a “prateleira” que Ragnarok se encontra?
Dentro do catálogo da Netflix nós temos várias “prateleiras” que representam o nível de cada série ou filme da produtora. Grandes obras como Stranger Things, Arcane e Round 6 ocupa lugares no topo dessa prateleira,
No entanto, a maior parte dessas séries e filmes estão sempre em um nível abaixo no padrão de qualidade. Seja por termos histórias que não são tão boas assim ou por termo cenas de cunho duvidoso, ou apenas porque foram produções que não foram divulgadas no meio desse mar de produções que a Netflix lança todos os meses, muitas vezes essas produções não chegam no patamar esperado.
Ragnarok em si veio como uma série que prometia tratar com um tema que está muito em alta hoje em dia, a Mitologia Nórdica. Com uma proposta de trazer a reincarnação dos deuses nórdicos para os tempos atuais, a série era um tanto quanto diferente na sua estreia em 2020.
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Contudo, a série nunca procurou ser algo grandioso ou épico como as grandes séries da Netflix. Na verdade a série sempre pareceu se inspirar em séries mais simples que tentam pegar seu público pela simplicidade da sua produção e história.
Sabendo disso não era a melhor opção esperar grandes cenas ou um roteiro que seria cheio de reviravoltas e tudo mais. No entanto, o final da série é algo que prometia uma coisa mas que no final não teve o retorno prometido.
Um final no mínimo complicado
Mesmo sabendo de tudo que Ragnarok se prestava a apresentar, várias momentos da série foram no mínimo decepcionantes. A decepção do final da série vem justamente na sua história que vai por um caminho um tanto quanto duvidoso e até certo ponto preguiçoso.
Durante 3 temporadas nós somos apresentados a um tipo muito claro de história, mesmo que estamos vendo um personagem que é a reincarnação de um deus guerreiro que quase nunca luta, ainda é possível comprar o tipo de história que somos apresentados. No entato, nos últimos episódios a série resolve subverter tudo que havia sido proposto e mostrado para algo que foi contra tudo que a série mostrou.
Com uma história corrida, a série não dá muito espaço para o desenvolvimento de algumas coisa que fariam a história fazer mais sentido. Um exemplo disso é como a série gosta de fazer a história da série dar voltas e mesmo assim continuar no mesmo lugar.
Um exemplo é a forma como sempre temos personagens se relacionando com um grupo, pra logo depois ele se vê obrigado a sair desse grupo, pra daqui 1 ou 2 episódios ele retornar pro mesmo grupo que ele saiu. No fundo parece que não vemos evolução alguma nos personagens e na história em si.
E alguns momentos os personagens parecem estar decididos a tomar uma atitude em relação a algum tema para no final mudarem de ideia no último instante. Além disso, a série sempre consegue fazer momentos onde poderiamos ver uma luta que seria no mínimo interessante virarem cenas toscas.
Considerações finais
Ragnarok continua na sua terceira temporada o mesmo molde da suas 2 temporadas anteriores, mas com o grande diferencial de vermos o tão prometido embate final entre deuses e gigantes. Contudo, em seus últimos episódios a série tenta trazer uma narrativa que não fez jús a tudo que apresentou antes.
Apesar da série nunca ter entregado grandes lutas, essa terceira temporada foge mais ainda das lutas e prefere apostar em cenas que se apoiam em slow motion para compensar as coreografias duvidosas nas lutas. Talvez o único ponto de diferente que faça valer a pena ser comentado nessa última temporada é o CGI que ficou muito melhor trabalhado que nas outras 2 temporadas.
No final, Ragnarok ainda é uma série divertida para se assistir quando você quiser matar o tempo com algo leve, e até certo ponto bobo, mas não espere grandes surpresas vindo da série.
Título: Ragnarok
Direção: Mogens Hagedorn;
Roteiro: Emilie Lebech Kaae e Adam Price;
Elenco: David Stakston, Jonas Strand Gravli, Herman Tømme raas, Theresa Frostad Eggesbø, Synnøve Macody Lund, Henriette Steenstrup, Odd-Magnus Williamson, Danu Sunth, Gísli Örn Garðarsson, Kornelia Eline Skogseth, Bjørn Sundquist, Benjamin Helstad e Vebjørn Enger.
Nota: 2,0/5,0
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