Crítica: Predadores Assassinos | Uma boa surpresa para filmes do gênero

Predadores Assassinos

Título Original: Crawl

Elenco: Kaya Scodelario, Barry Pepper, Ross Anderson, Anson Boon, Jose Palma

Direção: Alexandre Aja

Duração: 87 minutos

 

Ano/País: 2019/Estados Unidos

Distribuição: Paramount Pictures Brasil


A trama de Predadores Assassinos acontece em torno da jovem e competitiva nadadora Haley (Kaya Scodelario), que após saber sobre um imenso furacão que atingiu a Flórida, acaba indo até sua cidade natal atrás de seu pai Dave (Barry Pepper) que está desaparecido. Lá ela acaba se deparando com seu pai ferido e com inimigos inesperados: Crocodilos gigantes vivendo embaixo da casa e prontos para matar. Ela e seu pai tem que correr contra o tempo para sobreviver, porque além desses inimigos mortais, o nível da água está subindo cada vez mais rápido no porão por conta das inundações causadas pelo furacão.

Predadores Assassinos

Após o sucesso de Tubarão (Jaws) em 1975, podemos ver que no decorrer dos anos o surgimento de filmes com essa temática (de algum animal assassino sendo o centro do problema) cada vez mais recorrente (mesmo que nenhum deles tenha feito tanto sucesso como o clássico de Spielberg) e também sendo que na maior parte das produções esses filmes sejam tratados como “trash”, como o bom e velho conhecido Sharknado, pois o baixo orçamento para a produção desses filmes, acaba forçando com que os efeitos visuais não sejam dos melhores e também o casting acabe sendo (na maior parte das vezes) de atores desconhecidos ou até mesmo há aspirantes. Fazendo com que a maioria dos filmes de “animais assassinos” não façam tanto sucesso.

No caso, Predadores Assassinos foi uma agradável surpresa, onde temos na direção Alexandre Aja (Viagem Maldita, Piranha 3D) e assinando como produtor temos o conhecido Sam Raimi (O Grito, Homem Aranha), por mais que o roteiro da história seja muito parecido com o  que estamos acostumados a ver nos filmes desse mesmo estilo, ainda consegue nos surpreender em muitas cenas, onde acabam acontecendo coisas que você imaginou de forma diferente e dando até para levar alguns sustos (onde conseguimos ver claramente a assinatura típica de Raimi nas cenas em questão).

E mesmo a maior parte do filme se passando no porão da casa, não ficamos entediados em momento algum, pois a cada cena vemos Haley e seu pai tramando algo e lutando para poder sobreviver e sair da situação em que se encontram, diferente da história do conhecido Pânico no Lago (Lake Placid), onde toda a trama se desenrola ao ar livre. Conforme a história vai se desenrolando vemos flashbacks do passado e da relação de Haley e seu pai, que acaba sendo crucial para a sobrevivência deles durante todo o filme. Medos são superados, mal-entendidos são resolvidos e principalmente: o amor e confiança que um tem pelo outro reaparece em meio ao caos em que eles se encontram, os ajudando a lutar pela sua sobrevivência. O crescimento e a superação da Haley são uma das melhores coisas do filme todo (a melhor cena do filme mostra isso claramente para nós). E o ponto mais fraco do filme foi literalmente a cena final, ficou com um ar de “não tivemos ideia melhor e decidimos parar por aqui mesmo”.

Predadores Assassinos

Os efeitos visuais no geral estão muito bons, não deixando nada muito falso ou exagerado demais, e juntando isso com o roteiro simples e as boas atuações (incluindo a da cadelinha), Predadores Assassinos é uma boa surpresa para aqueles que adoram filmes desse estilo ou querem algo para passar o tempo (e tomar uns sustinhos).

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