Crítica | Pink chegou para provar que as mulheres são capazes de fazer qualquer coisa

Crítica | P!nk chegou para provar que as mulheres são capazes de fazer qualquer coisa

Ontem, 21, chegou na plataforma da Amazon Prime Video, o documentário da cantora Pink. E sem dúvida alguma, esse não é só mais um documentário sobre música. Em Pink: All I Know So Far, além de continuar a mostrar para o mundo o talento que tem, a cantora chega para provar que as mulheres são capazes de fazer qualquer coisa. Muito mais do que elas imaginam. Confira o trailer abaixo:

Alecia Beth Moore Hart é muito mais do que a cantora que a gente conhece. Além de talentosa, ela é mãe. E em All I Know So Far, os seus fãs conhecem o lado materno dela. Mas, mostra também todos os desafios dela como mãe enquanto viaja para cumprir com os seus compromissos como cantora. E, apesar de ser um grande desafio ter duas crianças pequenas em suas viagens, a cantora mostra que é completamente capaz de ser mãe e continuar fazendo os seus shows.

E é justamente por isso que a mensagem que os telespectadores recebem ao assistir Pink: All I Know So Far. Que as mulheres são capazes de fazer qualquer coisa que elas quiserem. Como quiserem, quando quiserem. Com filhos ou sem filhos.

Quem é Alecia Beth Moore Hart

Se você está procurando um documentário para ver sobre os shows, esse não é o certo para você. Porque, assim como o El Niño De Medellín, Pink: All I Know So For mostra muito bem quem é Alecia Beth Moore Hart, e não quem é Pink. E, claro, os desafios são diferentes de uma maternidade comum. Porque cuidar de duas crianças enquanto você é responsável por mais outras 200 pessoas, e a cabeça de uma enorme turnê, as coisas são muito mais complicadas.

Mas, assim como qualquer outro ser humano, Pink contra sobre a sua infância e todas as suas turbulências. Principalmente sobre o seu relacionamento com a sua mãe, e como nem sempre sonhou ser em se tornar mãe. Mas, desde que Willow e Jameson chegaram, as coisas mudaram na vida da cantora. E para melhor. E, Pink deixa claro como ser mãe mudou a sua vida para melhor.

Ao mesmo tempo, Pink mostra que se sente insegura quando não consegue se comprometer totalmente com a sua função de mãe. Até porque suas responsabilidades como chefe e cantora são grandes. E, em All I Know So Far, a sua intenção é justamente contar sobre como a sua família é sua base, e como a cantora levar os seus filhos com você em suas viagens é a melhor coisa que ela pode ter feito.

Desafios

Mas é claro, não tem como fazer um documentário sobre música sem ter cenas de ensaios e do próprio show. Já que os seus dois shows em Londres, no estádio de Wembley, foram os dois maiores da sua turnê em 2019. Mas, Pink não tem medo de mostrar os seus desafios, mostrando várias cenas em que suas crianças estão demandando uma atenção especial.

E é nesse momento em que a gente percebe que o seu lado de mãe também é bem sensível. Porque ela aprendeu a ser mãe, mas o sentimento de falhar por conta dos seus filhos não escolherem a vida que hoje eles vivem. O que não deixa de ser verdade. Até porque as crianças não se escolherem nascer no ambiente em que nasceram. E a Pink sabe muito bem o que é isso. Tanto que uma das cenas mais emocionantes é de uma conversa em que a Willow se abre com a Alecia, sobre querer passar uns dias em casa porque sente falta das suas amigas.

O feminismo através de Alecia

Por isso que em Pink: All I Know So Far, a gente conhece muito mais do que a cantora perfeita do que ela é. Os fãs conhecem a intimidade e a família de Pink. E não só a sua família com o Carey e as crianças. Mas, toda a sua família de dançarinos, sua banda e toda a sua equipe que trabalha nas suas turnês.

Talvez os telespectadores possam sentir um pouco de falta das cenas do show. Mas, desde o começo o foco da Pink é mostrar sua maternidade enquanto está em uma das suas maiores turnês. E, para quem é fã da cantora, com certeza se sentiu mais próximo da sua família e se sentiu abraçada por ela em todas as situações.

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E claro, não podemos esquecer que além de tudo isso, a Pink mostra exatamente que as mulheres podem fazer tudo o que quiserem, como e quando. Porque nenhum trabalho é impossível para quem quer. E, não importa em que fase da sua vida você esteja, você sempre consegue fazer o que acredita ser capaz.

Crítica P!nk: All I Know So Far

Direção: Michael Gracey
Roteiro: Jory Anast, Michael Gracey, Cindy Mollo, Pink
Elenco: P!nk
Nota: 4/5

Camila Scovoli
Redatora do QN. Apaixonada pela cultura pop. Não vivo sem música, clipes e documentários sobre música. Amo conversar sobre as teorias dessa indústria. Alexa, play 5 Seconds of Summer.