Crítica | Pam & Tommy vai além do sex tape

A minissérie do Star+, Pam & Tommy finalizada nesta semana abordou o romance da atriz e modelo Pamela Anderson com o baterista Tommy Lee, da famosa banda dos anos 80, Motley Crue e sua fita de sex tape rouba e vendida na internet. A série protagonizada por Lily James, Sebastian Stan e Seth Rogen, trás uma história envolvente, com uma ótima direção e uma trilha sonora memóravél, e aborda as consequências do sex tape de três pontos de vista de diferentes.

Não é dificil falar da atuação impecável de James e Stan na série, além de irreconhecíveis a dupla entrega um show de atuação, conseguindo pegar detalhes do casal que faz toda a diferença quando se está assistindo. Sebastian consegue mostrar o jeito agresivo e agitado de Tommy, enquanto Lily trás em sua atuação todo o carisma e a forma de falar de Pam.

A série consegue mostrar de perto o plano de Rand Gauthier, interpretado por Roger, a surpresa de encontrar a fita intima e o processo de divulgação dela, além das consequências que isso gerou para o eletricista e também seu arrepentimento ao final de tudo. Além do ponto de vista de Gauthier a produção mostra em como a sex tape repercutiu de forma diferente na vida do casal, enquanto Lee é parabenizado por ter uma fita de sexo com a esposa, Anderson tem sua carreira e psicológico arrasado sendo submetida a responder perguntas intímas sem o menor sentido para advogados e em programas de TV.

Confira também:

Crítica | Pam & Tommy vai além do sex tape
Crítica | Pam & Tommy vai além do sex tape

Mostrar esses pontos dolorosos dá a produção um diferencial ao apresentar a histórias de três pespetivas diferentes, mais também há coloca em uma situação arriscada onde tudo poderia dar errado, mais que bom que isso não acontece. Ao inves disso o roteiro usa isso a seu favor e mostra os desafios de Pam ao passar por momentos costragedores e machistar diariamente e em como as atitudes tomadas pelo marido também “ajudaram” para a divulgação maior da fita.

O amor do casal e mostrado como intenso e muito bonito em alguns momentos, porém é notável em como ele vai se deteriora episódio após episódio com a divulgação ainda maior do vídeo nos primordios da internet. A agressividade de Lee e a forma como Anderson era tratada na mídia foram pilares essenciais para o amor tóxico, que na epoca era consideravél “apaixonante”, e que hoje recebe o nome de abusiva e violenta.

A trilha sonora vai de What’s Up – 4 Non-Blondes a You Get What You Give – New Radicals, trazendo o melhor dos anos 90 e isso ajuda à trasferir o público para a decáda e dá ainda mais intensidade nas cenas entre o casal ou de Rend.

No fim, Pam & Tommy , vai além do sex tape e mesmo saindo um pouco da realidade em seu primeiro episódio e com um final em aberto a série consegue até o fim entregar uma produção que vai além do esperando mostrando a exposição da mídia, uma relação tóxica, o machismo da época, e em como isso tudo teria sido evitado se o Lee só pagasse o Rand ou se ele levasse a opnião da sua própria esposa em consideração.

Crítica

Título: Pam & Tommy
Direção: Craig Gillespie
Roteiro: Rob Siegel
Elenco: Lily James, Sebastian Stan,Seth Rogen,Taylor Schilling e Nick Offerman

Nota:  3,5/5

Erica Souza
Redatora do QN, nordestina e estudante de Jornalismo, amo um bom livro de romance, chuva, meus batons vermelhos e claro séries.