Crítica | One Piece: A Série é um grande tesouro das adaptações de anime

Crítica | One Piece: A Série é um grande tesouro das adaptações de anime

O lançamento do live-action de One Piece: A Série talvez era um dos eventos mais esperados do ano. O mangá de Eiichiro Oda ganhou uma adpatação para anime em 1999, e desde então vem construindo uma legião de fãs que acompanham agora mais de mil episódios lançados. A grande pergunta é: será que com tantos fracassos em adaptações de animes a Netflix conseguiu encantar dando vida ao universo lúdico e épico de Oda? A resposta é um grande sim! Porém, depende.

A série foi produzida com uma grande colaboração de diversas produtoras, como Tomorrow Studios, juntamente com a Kaji Productions. Além disso, teve ninguém menos que Eiichiro Oda como produtor executivo. Nesse contexto, o live-action em comparação com seus antecessores, como Cowboy Bebop também da Netflix, One Piece: A Série revolucionou o mundo das live-actions de animes. A obra conseguiu com êxito recriar o universo épico e exagerado de One Piece e encantou geral. Entretanto, é inegável que houve uma grande liberdade para realizar alterações na trama. O que significou encurtar a história e adaptar todos os arcos dos 5 principais personagens em 8 episódios. O QN já assistiu a série e podemos te garantir que ela alcançou grandes acertos, porém, não conseguiu deixar os fãs tão contentes assim.

Confira a sinopse oficial da série:

One Piece desenrola-se à volta de Monkey D. Luffy, um aspirante a pirata que, como muitos outros, sonha em encontrar o lendário tesouro “One Piece” deixado por pelo maior pirata de todos. Ele reúne uma equipe e um navio e explora a Grand Line em busca do tesouro, ao mesmo tempo que enfrenta piratas rivais e a Marinha ao longo do caminho.

Começando pelas boas críticas, porque One Piece: A Série merece todo o amor do mundo. Desde o primeiro episódio fãs e o público em geral já conseguiram sentir o peso artístico desse live-action. Que fique claro que não estamos falando só sobre os grandes cenários das aventuras dos piratas. Desde a caracterização dos personagens, os figurinos, maquiagem, a trilha sonora, além da escolha dos atores, tudo isso foi grande acerto para a obra. No elenco, é impossivel não se apaixonar para a entrega de Iñaki Godoy, Emily Rudd, Mackenyu, como Luffy, Nami e Roronoa Zoro, que brilharam nos primeiros episódios. Não podemos deixar de falar que eles conseguiram trazer uma dinâmica entre si, muito parecida com a do anime para a série, mas, que também ao longo de todos os 8 episódios os 3 foram o foco da série infelizmente.

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Além de todo o cuidado para ser fiel a obra de Oda e entregar personagens a altura, One Piece: A Série é um grande acerto no humor e nos diálogos. Bem caricato e otimista, temos a mesma passagem de eventos sérios e sombrios para piadas infantis e leves acontecendo na série como uma maestria muito boa. Essa dinâmica pode ser muito bem vista nos episódios que dão destaque para o sangrento capitão Buggy, interpretado por Jeff Ward, que conquistou o público. Dessa forma, todo o investimento em efeitos práticos retratassem muito bem as lutas brutais dos animes, sem medo de inserir os exageros.

Todavia, os 8 episódios que ainda sim acabaram deixando um gostinho de quero assistir, não foi construído apenas com boas escolhas na visão dos fãs. De longe vemos a entrega que todos os atores tiveram com seus personagens, porém na escolha de encurtar tramas de personagens secundários como Usopp e Sanji, respectivamente interpretados por Jacob Romero e Taz Skylar, não foram devidamente apresentados para o público, e para quem a obra da Netflix servirá como uma introdução ao anime, não há como se conectar com esses personagens, porque mesmo em seus episódios eles estão em segundo plano.

Título:    One Piece: A Série

Direção: Michael Katleman, Alex Garcia Lopez

Elenco:  Jacob Romero, Taz Skylar, Iñaki Godoy, Emily Rudd, Mackenyu e Morgan Davies.

Nota:    04/05

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Camila Tognin
Estudante de jornalismo e cinema, apaixonada por obras que abordam a visibilidade LGBTQIA+ e revoluções sociais. Muito fã de desenhos e Gamer nas melhores horas.