Crítica | O Sequestro do Voo 375 depois de 35 anos da tragédia a produção emociona e carrega toda a força do cinema brasileiro

O Sequestro do Voo 375, o mais novo thriller de suspense e ação da Disney, acaba de estrear nos cinemas. A produção, após 35 anos do acontecimento histórico, revive o que quase foi um 11 de setembro no Brasil. Seu roteiro conta histórias verdadeiras e homenageia figuras importantes que foram silenciadas pela mídia hegemônica da época. O Sequestro do Voo 375 não é apenas um filme brasileiro comum. O thriller consegue impressionar a todos com efeitos práticos de qualidade. Além da delicadeza na narrativa, ao nos mostrar a história do sequestrador e das vítimas, expondo notícias reais e recriando falas históricas que a mídia tentou esconder.

Nesse sentido, o filme é uma produção da Star Original Productions, dirigido por Marcus Baldini e roteirizado por Lusa Silvestre e Mikael de Albuquerque. Entretanto, longe de ser perfeito, o filme apresenta muitos elementos impressionantes. O Sequestro do Voo 375 mantém um ótimo ritmo de suspense durante todo o sequestro. Isso graças à excelente atuação dos atores e a uma direção ousada, explorando diversos planos dramáticos e criando perfeitamente uma estética imersiva dos anos 80 e um retrato do pais.

Além disso, a responsabilidade histórica é crucial para reviver esse caso e mostrar quem foi Raimundo Nonato Alves da Conceição (Jorge Paz) e o seu protesto político. Somos apresentados também aos pilotos e copilotos envolvidos em toda tensão. E por mais que aja alguns altos e baixos no roteiro, somos bem conduzidos na operação no seu desenrolar nas esferas policial, militar e política.

Dessa forma, sem mais enrolações, o QN já assistiu ao filme nos cinemas e estamos prontos para compartilhar uma crítica detalhada sobre os pontos altos e baixos do filme. Vamos lá!

Sinopse do filme:


Em 1988, o trabalhador Nonato se rebela contra o presidente e as dificuldades de um país em crise, orquestrando o sequestro de um voo comercial para um atentado ao Palácio do Planalto. Murilo, o piloto desse avião, se vê responsável pela vida de mais de 100 pessoas a bordo e, mesmo com toda a tensão criada pelo sequestrador dentro da aeronave, executa a manobra mais impressionante de sua carreira, mudando a história da aviação.

Primeiramente, o plano de Nonato, que morreu no hospital logo após ser levado pela polícia, era realizar um atentado ao Palácio do Planalto contra José Sarney. Assim, sua motivação é eternizada no filme. Deixar um legado para um Brasil melhor para seus filhos. Nesse contexto, a produção escolhe outro recorte para contar a história, além do que foi apresentado pela mídia, sendo fiel também ao lado de Nonato.

A identidade de Raimundo Nonato Alves da Conceição nunca foi um segredo. Mas a mídia tentou esconder informações, ocultando sua história e a causa de sua morte para não prejudicar a imagem do presidente. O roteiro sensível é assertivo durante todo o filme, surpreendendo muitos espectadores com sua ousadia e sensibilidade.

A narrativa inicial do filme não consegue apresentar bem todos os personagens, mas quando foca nas duas figuras principais, o roteiro dramático se destaca. No meio da ação, há um foco em apresentar quem foi Salvador Evangelista, copiloto assassinado durante o sequestro do voo. Sua história é contada de maneira heroica e eternizada no filme.

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Somos levados a testemunhar a condução estratégica do comandante do voo e seu treinamento militar, que nunca foi devidamente reconhecido por suas manobras quase impossíveis em um avião de passageiros daquele porte. Danilo Grangheia foi espetacular. O ator emociona transparecendo uma confusão de sentimentos.

Quanto aos efeitos práticos, em alguns momentos, o filme não consegue entregar o quanto se propôs. Principalmente nas manobras, o que pode tirar um pouco da produção. No entanto, a direção dos acontecimentos de plano de fundo brilham nossos olhos. O caos e a angústia presentes na tela não fazem desse filme um grande sucesso como thriller policial e vale completamente a experiência do filme, fazendo ainda mais recomendável de se assistir nos cinemas.

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Crítica: O Sequestro do Voo 375

Direção: Marcus Baldini

Nota: 4,5/5

Elenco: Jorge Paz, Danilo Grangheia, Roberta Gualda

E você, nos conta aqui o que achou desse filme! O que você espera para a continuação? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo.

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Camila Tognin
Estudante de jornalismo e cinema, apaixonada por obras que abordam a visibilidade LGBTQIA+ e revoluções sociais. Muito fã de desenhos e Gamer nas melhores horas.