Crítica | O Resgate de Ruby é a aposta da Netflix para uma tarde adorável e descontraída

Crítica | O Resgate de Ruby é a aposta da Netflix para uma tarde adorável e descontraída

Os primeiros minutos de O Resgate de Ruby já entregam a ambientação, personagens e drama dignos dos tão conhecidos filmes de final de semana da Disney. Apesar do longa ser uma produção original Netflix, isso não o impede de cumprir com o proposto e entregar um resultado reconfortante, que com certeza não deveria ser pulado durante uma tarde de domingo em família – principalmente para os amantes de filmes com cachorros.

Em O Resgate de Ruby, a audiência é introduzida à uma cachorra correndo pela floresta ao som suave de um piano. Isso, além das cenas subsequentes que carregam os mais doces e calorosos momentos entre a cachorra da cena e a mulher ao seu lado, já fazem do longa um clichê Disney – e isso nem de longe é ruim. A história revela, então, que a cachorra (Ruby) é um caos completo. Ela já foi devolvida ao abrigo 7 vezes por não se comportar – se a oitava vez acontecer, Ruby será abatida.

E é aí que o policial de Rhode Island, Daniel O’Neil (Grant Gustin) entra. O sonho da vida de O’Neil é entrar para a equipe de Procura e Resgate, mas sua hiperatividade e ansiedade têm o atrapalhado nessa conquista. Em seu último ano prestando a prova para entrar na equipe, O’Neil vai em busca de um cachorro que pudesse treinar e se tornar seu parceiro.

Imagem: Ruby. Cr. Ricardo Hubbs/Netflix © 2022
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Baseada em uma história real, o longa consegue traduzir esse pedaço da vida de O’Neil de forma certeira sem precisar ser inovador. Karen Janszen, roteirista, se apropria de plot twists clichês e jornadas de personagens cativantes para traçar a narrativa. Assim, Janszen faz com que sempre consiga reforçar o tom descontraído e adorável do longa. Isso, do lado do carisma natural de Grant, se transforma em uma experiência verdadeiramente instigante, com a audiência comprando o barulho e a vontade de O’Neil em entrar para a tão sonhada equipe.

Portanto, da mesma forma que Gustin aproveita seu carisma natural com a liberdade dada pelo roteiro, a relação com sua parceira, Ruby (ou Bear, nome verdadeiro da cachorra-atriz), permite que o ator pincele diferentes sentimentos – sempre na medida certa – para que a audiência entenda os momentos de tensão, angústia, pressão e ansiedade de seu personagem, sem jamais afetar o tom do longa.

Com muita leveza e descontração, O Resgate de Ruby consegue ser a aposta certa da Netflix em um filme “estilo Disney” que reúne a família toda com um balde cheio de pipoca. Aliás, diferentemente da história original, para a audiência, o longa de Ruby passa longe de ser negado 7 vezes.

O Resgate de Ruby já está disponível na Netflix. Clique aqui e assista o trailer.

Crítica

Título: O Resgate de Ruby
Direção: Katt Shea
Roteiro: Karen Janszen
Elenco: Grant Gustin, Scott Wolf, Kaylah Zander, Camille Sullivan, Tom McBeath

Nota: 3,5/5

Aliás, o que você achou do longa? Deixe nos comentários. No entanto, não esqueça de nos seguir nas redes sociais.

Gabrielle Yumi
Jornalista e sócia do Quarto Nerd, sou apaixonada por cultura pop e whovian all the way. Busco ativamente influenciar e ampliar a voz de mulheres no meio geek/nerd. Cabelo colorido e muito pop é quem eu sou dentro do meu quarto nerd.