Crítica: O Predador (2018)

O novo longa da franquia do Predador chegou sem uma divulgação em massa e até quase na surdina, algo que vem a calhar para o filme. Após uma série de filmes que foram divisores de opiniões – enquanto o original de 1987 ser considerado o melhor para quase todos os fãs, suas sequências e spin-offs como “Alien Vs Predador“, já não agradou tantos – parece que O Predador acertou em mudar sua fórmula, respeitando seu universo.

Na trama, temos o tenente McKenna (Boyd Holbrook) no México quando sua operação acaba sendo interferida pela chegada do Predador na Terra. Único sobrevivente do encontro com o alienígena, McKenna é confinado com outros “veteranos” do exército, considerado loucos por uma equipe do governo especializada na raça dos predadores.

Olivia Munn interpreta a Dra. Casey Bracket, especialista em diferentes formas de vida, contratada pela mesma equipe governamental responsável pelos estudos dos Predadores. Após um acidente no laboratório, a Dra. Bracket se vê obrigada a se unir o Tenente McKenna e o grupo de pirados do exército para se salvarem, ambos do Predador quanto do governo.


O diretor Shane Black, famoso por filmes como “Máquina Mortífera“, “Homem de Ferro 3” e o subestimado” Dois Caras Legais“, sai de sua zona de conforto de filmes “Buddy Cop” – Filmes focados em duplas policiais com tons cômicos – e entrega um excelente filme de ação bem equilibrado com comédia. Ação está presente no filme do começo ao fim, o que faz você se manter preso a cadeira o tempo inteiro. 

Talvez O Predador não agrade os fãs mais fervorosos do alienígena, mas é um filme capaz de agradar o público geral e quem não é tão familiarizado com o universo dos Predadores e dar uma nova tonalidade a franquia. 

O alívio cômico do filme se deve muito ao seu elenco, muito bem escalado e trabalhado. O ator Keegan-Michael Key é responsável por maior parte cômica do longa, mas não deixa de ser bem distribuido entre todos do elenco.


Como de costume, o jovem talentoso Jacob Tremblay (de “Extraordinário” e “O Quarto de Jack“) faz um excelente trabalho como Rory McKenna, o filho do tenente, que adquire partes do traje do Predador, se tornando um alvo do inimigo. Tremblay sem dúvidas é um dos grandes trunfos do filme.

Além de Jacob Trembley e Olivia Munn, alguns rostos familiares participam do longa, como Thomas Jane (o Justiceiro, de 2004), Sterling K. Brown (de “Pantera Negra“), Trevante Rhodes (de “Moonlight” e “Westworld“) e Alfie Allen (o Theon Greyjoy de “Game Of Thrones“). 

O Predador respeita seus filmes anteriores, mas não se prende na necessidade de resgatar eventos anteriores, o longa contribui para o crescimento do universo dos Predadores e não tem medo de arriscar em um filme de ação com grandes alívios cômicos bem equilibrados. Com certeza, é um dos melhores filmes de ação e uma das maiores surpresas de 2018.

NOTA: 4,5/5

admin