Crítica | O Ponto Vermelho nos faz refletir sobre a vingança

Crítica | O Ponto Vermelho nos faz refletir sobre a vingança

O Ponto Vermelho, ou em inglês, Red Dot, estreou hoje na Netflix. E se você gosta de um bom filme de suspense, esse é o filme certo para você. Confira o trailer abaixo:

Trailer oficial de Red Dot, da Netflix.

E apesar de o filme começar um pouco devagar demais, conforme as coisas vão acontecendo, o telespectador se prende na história.

O Ponto Vermelho

A trama conta a história de David e Nadja, um casal bastante apaixonado que promete viver uma vida felizes para sempre. Mas, depois de o casamento e da convivência diária, algumas coisas mudam. E quando David percebe que anda falhando bastante com a sua amada, uma viagem parece ser a perfeita solução para a reconciliação.

E o lugar é perfeitamente encantador. Até porque os dois vão acampar para olhar a tão linda aurora boreal. Ou seja, um cenário perfeito para o casal lembrar os motivos pelo qual se amam. Mas é também nessa hora que as coisas começam a complicar para os dois.

Claro que o melhor amigo do casal, Boris, está junto nessa aventura. E o cachorro se torna um personagem bastante importante no filme. Enquanto David e Nadja tentam entender o que está acontecendo, e o que é o ponto vermelho que aparece no meio do nada, o casal se assusta e foge de onde acamparam.

E para você que está assistindo, apesar de acontecer algumas coisas antes de o casal acampar, você se pergunta o porquê de tudo aquilo. E ao longo da história, as coisas vão sendo explicadas, apesar de o roteiro ser um pouco confuso no começo.

Apesar de a classificação do filme ser suspense, ele tem poucas cenas que realmente trazem uma tensão digna de suspense. Mas, por outro lado, do meio para o final o filme fica muito melhor. E com certeza, faz valer a pena de ter assistido ele todo.

O sentimento da vingança

Uma vez que você assiste o filme, você entende justamente a mensagem que ele quer passar. Mas ao mesmo tempo, ele nos ensina que tudo tem limites. E que devemos tomar bastante cuidado com querer fazer justiça com as próprias mãos.

Quando o telespectador começa a entender o porquê tudo acontece com Nadja e David, ele vai ligando os pontos e as coisas passam a fazer sentido. E no final das contas, a história tem como foco a dor de um pai que perdeu um filho. Mas, ele falha em pedir ajuda para os policiais, e quer fazer com que o casal sinta a mesma dor dele.

Claro, só quem já perdeu um filho sabe qual é essa dor. E independentemente de como isso aconteceu, a dor é imensurável. Mas, por outro lado, não significa que a justiça pode ser feita com as suas próprias mãos. Aliás, ela nem deve ser feita dessa forma. É justamente por isso que existem regras, leis e autoridades competentes para lidar com esses casos.

E o filme mostra Tomas, pai do menino, conversando com a polícia algumas vezes, mas negando qualquer tipo de ajuda. O que faz a gente entender que ele tem um plano próprio para lidar com essa situação. E acaba envolvendo pessoas inocentes em seu plano – que fica muito bem explicado ao final de tudo.

O Ponto Vermelho traz uma importante reflexão sobre esse sentimento. Não devemos jamais julgar alguém por nada, mas principalmente pelo que ela sente. Porque só ela sente, e só ela sabe o que isso significa para ela. E apesar de ser um filme de suspense, que prende a pessoa nos detalhes, a mensagem é muito maior que isso.

E é claro, a gente aprende que a vingança não é um sentimento bom. Que faz nós, seres humanos, tomarem algumas decisões que não valem a pena. Então temos sempre que tomar cuidado.

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Considerações

Apesar de um roteiro bastante confuso do começo para o meio do filme, as coisas acontecem e a história vai ficando mais interessante. E com certeza, os suecos não têm receio nenhum em colocar imagens e cenas fortes nos filmes. Então cuidado, algumas cenas podem causar alguns enjoos.

Mas a história acaba sendo uma bastante interessante, e o público com certeza fica preso aos detalhes – que vai fazendo muito sentido, principalmente nos minutos finais do filme.

Crítica | O Ponto Vermelho nos faz refletir sobre a vingança

Título: Red Dot
Direção: Alain Darborg
Elenco: Nanna Blondell, Anastasious Soulis, Thomas Hanzon, Johannes Kuhnke, Tomas Bergström, Kalled Mustonem, Anna Azcárate.

Nota: 3,5/5

Camila Scovoli
Redatora do QN. Apaixonada pela cultura pop. Não vivo sem música, clipes e documentários sobre música. Amo conversar sobre as teorias dessa indústria. Alexa, play 5 Seconds of Summer.