Depois de cinco anos desde a catástrofe que foi Esquadrão Suicida (2016) de David Ayer, foi a vez de James Gunn pegar o desafio. Após adiamento, devido a pandemia, O Esquadrão Suicida (2021) finalmente estreia dia 5 de agosto, e o público poderá ver os personagens mais galhofas e incrivelmente interessantes pelo olhar genial de Gunn.
O longa narra a Força Tarefa X, ou no jargão popular, Esquadrão Suicida, durante uma missão na ilha de Corto Maltese. O novo grupo, que reúne os mais perigosos e terríveis – ou nem tanto – prisioneiros da Belle Reve, penitenciária com a maior taxa de mortalidade nos Estados Unidos, embarcam nessa missão de vida ou morte (muita morte).
É sob essa premissa já familiar que o roteiro, também de Gunn, busca apresentar esses novos personagens. E isso aconteceu. Apesar da grande quantidade desses, James Gunn utiliza e pede ao público que resgatem o conhecimento prévio adquirido no longa de Ayer, fazendo com que sua semi-continuação seja mais fluida. Assim, o diretor e roteirista consegue criar um espaço de equilíbrio entre as dezenas de histórias individuais, a trama em si e o alívio cômico, que com certeza é o grande protagonista de O Esquadrão Suicida.
Essa conclusão vem como uma vitória satisfatória, já que as expectativas para o filmes estavam altas, visto os dois longas dos Guardiões da Galáxia que Gunn havia roteirizado e dirigido anteriormente. No entanto, a diferença é nítida quando o diretor trabalha com a Marvel, detentora de um alívio cômico muito específico, denominado até de “fórmula Marvel”, e trabalhar com a DC, que vêm de uma sucessão de filmes pouco atrativos para o público e fãs. É perceptível a liberdade óptica e narrativa que Gunn teve em O Esquadrão Suicida. Assim, sendo capaz de transformar vilões completamente galhofas para personagens que fazem valem a pena embarcar junto nessa jornada.
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Além disso, a violência inclinada para o gore ajuda muito no alívio cômico específico que Gunn quer aplicar. A indiferença que os personagens tem com o derramamento de sangue contribui para ótimas coreografias de luta. Aliás, é importante apontar o protagonismo de Margot Robbie como Arlequina, que sob o olhar de Gunn, proporcionou uma das mais autênticas e originais interpretações da personagem até então. Principalmente se levar em conta toda sua história para escapar do amor obsessivo pelo Coringa (Jared Leto).
Mas, fora isso, todos os personagens são muito bem equilibrados entre si. Por isso, a audiência teme pela vida de todos, já que ninguém está a salvo. Outro destaque, claro, vai para a protagonismo preto de Idris Elba como Sanguinário e Viola Davis como Amanda Waller, que já são atores renomados e mesmo assim continuam entregando uma interpretação de qualidade.
Um último destaque vai para, claro, a trilha sonora, que com o envolvimento de Gunn, também era algo muito esperado. A mixagem de som tem um trabalho excepcional, fazendo-se quase incapaz de identificar se é a trilha que está em sincronia com os ruídos, sons ambiente e cena ou o contrário. O longa se mostra autêntico e dispensa ‘fórmulas’, algo que há tempos não se era visto no gênero.
O Esquadrão Suicida estreia dia 5 de agosto nos cinemas. Confira o trailer aqui.
Crítica
Título: O Esquadrão Suicida
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn
Elenco: Margot Robbie, Idris Elba, Viola Davis, Peter Capaldi, John Cena, Joel Kinnaman, Jai Courtney, David Dastmalchian. Daniela Melchior, Michael Rooker, Alice Braga, Pete Davidson, Joaquín Cosio
Nota: 4,5
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