Se você é fã da saga de Invocação do Mal (2013), ou a Freira (2018), e está vendo em O Convento a sua nova aposta para assistir um bom filme de terror, que explora o local sagrado e suas freiras e padres devotos como assassinos em potencial, você deve continuar lendo essa crítica. Aqui você vai entender o porque você não deve apostar nenhuma fichas em O Convento.
Confesso que achei o trailer bom, porque o filme demonstrou bastante potencial em saber explorar o artifícios de transformar o sagrado em profano, perfeito para o terror. Também confesso que eu já não esperava tantos jumpscares, o que foi uma verdade. Entretanto o filme quase não possui artifícios de thriller, que ele mesmo se propôs a ser. Dessa forma, ele não consegue entregar terror, nem um bom suspense, e o seu roteiro não passa de mais do mesmo.
Sobre o filme
A sinopse oficial do filme nos conta: Grace (Jena Malone), uma oftalmologista britânica, acaba indo para um convento à beira-mar na Escócia, onde seu irmão era Padre, após o mesmo ter morrido de forma misteriosa. Assim, a investigação entra em cena, e Grace, que não acredita no sagrado tenta descobrir se a fatalidade envolvendo seu irmão foi um assassinato, ou se de alguma forma a tragédia envolvia o sobrenatural.
Diante disso, os próximos dias de Grace se resumem à investigação com a ajuda do Padre Romero (Danny Huston). A história envolve poucos ambientes, dentro e fora do convento, como um penhasco que foi o local da morte do seu irmão. Nesse sentido, o filme nos leva a pensar muito pouco e já entrega as informações de bandeja. Desde as intenções do padre, ao plot do que liga tão fortemente Grace a aquele convento, é fraco demais.
A trama podia ser um sucesso, já que envolve freiras assassinatos, padres perversos, sacrifícios e objetos amaldiçoados, enquanto brinca com o fanatismo religioso. Porém a construção da personagem principal, que é a personagem que mais conhecemos durante a obra, é péssima. Dessa forma, o filme é ditado a partir dos questionamentos da Grace como peça central, e Jena Malone entrega uma personagem tediosa que suas habilidades e seus pensamentos são todos explicados de uma forma muito obvia. As descobertas sobre si e sobre o convento acontecem sem causar emoção alguma no público. Todavia, a situação da uma melhoriazinha quando o filme se encontra no passado de Grace, onde ela e seu irmão, que sofreram um trauma gigantesco com o seu pai tentando assassinar toda a família. Fato que está fortemente conectado com o fanatismo religioso.
Veja também
As maiores considerações são negativas. O ritmo do filme é arrastado devido a personagem, o que é uma pena, porque havia bastante potencial dos personagens de Danny Huston e Eilidh Fisher, que estão servindo no filme as expressões e ações mais emocionantes. Não há mistério por muito tempo, os plots e quanto tudo se conecta no final, são entregues de bandeja porque a movimentação narrativa do filme é completamente expositiva, sem originalidade por meio de flashbacks e visões do sobrenatural.
Portando, entre outros aspectos, o filme se torna entediante e só consegue ser um filme mediado, porque não passa de um suspense clichê que consegue entregar sangue, algumas pouquíssimas cenas de thriller e uma ambientação bem feita. O Convento estreia nos cinemas dia 27 de julho, você vai conferir?
Crítica
Título: O Convento
Direção: Christopher Smith
Elenco: Jena Malone, Danny Huston, Janet Suzman, Ian Pirie e Steffan Cennydd.
Nota: 1/5
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