Crítica | Mundo em Caos é interessante mas não explora seu potencial

No dia 13 de maio, o filme Mundo em Caos (Chaos Wlaking), foi lançado em todos os cinemas do Brasil. E  a Paris Filmes convidou o QN para uma pré estreia exclusiva do filme.

A trama é baseada no livro de mesmo nome do escritor Patrick Ness, lançado em 2008, o filme é baseado no primeiro livro da trilogia.

Mundo em Caos

Somos apresentados a um universo distópico, onde após a terra ser destruída uma colônia de humanos se mudou para um novo planeta, já habitado, onde os ruídos de sua mente pode ser ouvido por todos. Logo, não há segredos nessa nova terra.

Algumas colônias se formaram dentre elas a colônia de Todd Hewitt, Tom Holland, um jovem de 17 anos que nasceu já nesse novo planeta e aprendeu desde cedo a controlar seu ruído.

O ruído não atinge as mulheres, tornando-as as únicas capazes de esconder seus pensamentos.

Uma nave espacial que estava pratulhando planetas em busca de uma nova civilização para os habitantes da nave mãe acaba caindo próximo a aldeia de Todd, deixando apenas uma sobrevivente. Viola, Daisy Ridley.

Esse universo distópico nos traz muitas lembranças de anos atrás quando histórias como Jogos Vorazes, Maze Runner e Divergente começaram a ser adaptados para as telas, trazendo um novo padrão de qualidade para filmes do gênero. Essa trama tem todo o potencial necessário para se tornar o novo queridinho da distopia.

Mundo em Caos

Carrega muitos elementos curiosos sobre até onde as pessoas vão quando vida e poder estão na balança, o retrato da nossa sociedade não tão distante de nós.

Um elenco de peso com Mads Mikkelsen, Tom Holland, Daisy Ridley, Cynthia Erivo, Daisy Ridley, Nick Jonas entre outros grandes atores, que trazem muita veracidade a história, entregam uma performance excelente aos seus personagens e foram capazes de tornar tudo mais real para quem estava assistindo.

Foram necessários muitos efeitos visuais para a construção realista dos ruídos que flutuavam em volta dos personagens e a produção do filme não pecou pelo excesso.

Com falas divertidas nos momentos certos, a trama consegue estabelecer o equilíbrio perfeito entre os acontecimentos.

No entanto, a história não consegue fugir de um dos elemento mais preocupantes de adaptações, coisas que deram certo nos livros que não dão certo nas telas. Em determinado momento seguimos vários cenas do filme sem grandes acontecimentos e até mesmo desnecessárias para o enredo, que poderiam estar sendo usadas para trazer relevância para a história, já que se trata de um filme e os acontecimentos precisam ser mais imediatos.

Quando nos é apresentado os sparkles, as criaturas que já habitavam o planeta, é tudo muito breve, em uma cena que não durou mais de 5 minutos. O que trouxe muitos e muitos questionamentos sobre os outros habitantes, pois muito se fala que eles são um dos maiores problemas da ilha mas só aparecem em uma cena e de forma rasa.

Viola consegue acalmar o monstro o que traz o questionamento se as criaturas são realmente as vilãs da história, mas por quê? O filme não trouxe essa resposta.

Mundo em caos

Voltando para os atores, Tom Holland deu seu nome ao interpretar Todd e mostrou que veio para deixar sua marca. A química entre os personagens principais é palpável e  intrigante, o que traz o bom e velho romance entre a aventura.

Em um primeiro momento, Mundo em Caos pode se tornar somente a ponta do iceberg, para uma história que pode se desenvolver em uma possível sequência.

O final é um pouco previsível, no entanto não deixa de carregar tensão. E definitivamente precisamos de uma continuação.  

Título: Mundo em Caos

Direção: Doug Liman

Roteiro: Lindsey Beer, Patrick Ness, Gary Spinelli e Christopher Ford

Nota: 4 / 5

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Redatora d' O Quarto Nerd. Apaixonada por música e séries. Completamente viciada em livros. 'I go to seek a Great Perhaps'.