Crítica | Metal Lords tem roteiro fraco e personagens mal construídos

Crítica | Metal Lords tem roteiro fraco e personagens mal construídos

Nesta sexta-feira (08) chegou a plataforma da Netflix, a nova comédia Metal Lords. Com roteiro de D.B Weiss, um dos criadores de Game Of Thrones (2011-). O filme é inspirado nas experiências musicais do roteirista na adolescência. Com muito heavy metal a trilha sonora é empolgante, contudo a trama e os personagens são mal construídos.

A história de Metal Lords acompanha os jovens Kevin (Jaeden Martell) e Hunter(Adrian Greensmith), que são os únicos na escola que se importam com o metal. Ambos resolvem montar uma banda, mas para isso precisam encontrar um baixista, contudo em sua escola não há nenhum, por isso eles acabam convidando Emily (Isis Hainsworth) que toca violoncelo. Agora os três precisam trabalhar juntos e fazer a parceria dar certo, para conseguir vencer a Batalha de Bandas.

O filme não consegue trabalhar bem os personagens, o Hunter, por exemplo, o tempo todo é um jovem revoltado com o mundo e trata todos ao seu redor mal, até mesmo o seu melhor amigo Kevin, que é o único que o compreende.

Já o Kevin e a Emily, nem é preciso dizer muito sobre os dois, o primeiro parece não ter personalidade própria, fazendo tudo o que o Hunter diz. Em um momento isso até parece mudar, quando Kevin enfrenta o amigo, no entanto tudo fica na mesma. A Emily por outro lado tinha uma premissa boa, já que o roteiro tenta tratar a questão da doença mental que ela possui, porém não é profundo.

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A relação de Hunter com o seu pai também é estranha, já que durante todo o filme ambos vivem brigando e na cena final a paz volta a reinar entre os dois como se nada tivesse acontecido, sendo que algumas cenas atrás o próprio pai tinha o internado em uma clínica psiquiátrica.

A impressão que fica ao assistir o filme, é que nenhum personagem saiu de fato do lugar, é como se todos não tivessem evoluído nada. Dessa forma é difícil se identificar e torcer por algum deles.

Esse mau aproveitamento dos personagens, em suma, se deve ao roteiro de Weiss que não conseguiu aprofundar nenhum deles. Além disso, o mesmo dá a sensação de tudo ser meio rápido demais, para dar um desfecho logo para a história.

Por se tratar de uma comédia, o humor sarcástico tenta estar presente em quase todos os momentos. O que poderia ser até engraçado, mas no decorrer da história vai se tornando muito cansativo e sem graça.

Entretanto, vale ressaltar que a trilha sonora é um dos pontos positivos do longa, com vários clássicos do rock, todavia nem ela pôde salvar a trama.

Para resumir Metal Lords até tenta alcançar outros belos filmes musicais de rock, mas não consegue. Ele pode até ser uma sugestão para quem busca algo nada sério e simples para assistir, no entanto para o público que é fã de metal, talvez não seja a melhor opção.

Crítica

Título: Metal Lords.

Direção: Peter Sollett.

Roteiro: D.B Weiss.

Elenco: Jaeden Martell, Isis Hainsworth, Adrian Greensmith, Noah Urrea, Brett Gelman e Sufe Bradshaw.

Nota: 2/5.

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Micaele Lima
Formada em Jornalismo, integrante da equipe de redação do QN e apreciadora da cultura geek nas horas vagas.