Crítica: IT – Capítulo Dois | Uma história que vai além do terror

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Título original: IT – Chapter Two

Elenco: Jessica Chastain, James McCavoy, Bill Hader, James Ransone, Isaiah Mustafa, Jay Ryan, Andy Bean, Bill Skarsgård

Direção: Andy Muschietti

Duração: 169 min

Ano/País: 2019/Estados Unidos

Distribuição: Warner Bros. Pictures do Brasil

 

E finalmente a tão aguardada sequência do filme baseado na aclamada obra  de Stephen King chega aos cinemas, trazendo consigo uma história que vai além do terror. IT: Capítulo Dois traz um elenco que foi muito bem escalado para fazer as versões adultas dos personagens. São eles: Jessica Chastain, James McCavoy, Bill Hader, James Ransone, Isaiah Mustafa, Jay Ryan, Andy Bean, e  Bill Skarsgård como a “Coisa”.

A escolha do elenco se mostra certeira em diversos momentos e não só pela aparência que conforme o filme avança vamos notando uma semelhança muito forte com suas versões mais novas, assim como em suas atuações que replicam muito bem as características marcada pelo elenco jovem e ainda acrescentam muito. Quando os protagonistas estão juntos em tela, isso fica ainda mais evidente e mostra que a química entre eles funciona perfeitamente. Destacando especialmente Bill Hader e James Ransone que são Ritchie e Eddie adultos e que por diversos momentos roubam a cena, sejam juntos em tela ou separadamente.

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A montagem é outro atrativo e não só pelos excelentes efeitos especiais, mas pela forma que algumas cenas são conduzidas na direção de Andy Muschietti. Seja em uma simples transição de uma cena para outra ou em um dos terrores causados por Pennywise, a montagem se mostra inteligente e por horas traz cenas de encher os olhos que nos faz imaginar como foram feitas.

A direção de Muschietti se mostra ainda previsível criando a falsa ilusão de medo e cenas de sustos óbvias. Seu forte de fato está no suspense quando não envolvem o material fantasioso que deveria gerar o medo mas compensa na hora de focar nos personagens, dando tempo de tela para eles se desenvolverem e interagir entre si.

Ainda que IT: A Coisa sirva justamente para complementar o segundo capitulo, em diversos momentos ocorrem os tais flashbacks de cenas que já vimos no filme anterior e até mesmo momentos que não haviam lá. Essas cenas novas seriam melhores aproveitada se fossem incluídas no primeiro longa pois em alguns momentos, parece se contradizer aos já conhecidos  fatos da história.

É inevitável não focar em referências, afinal, elas estão presentes em praticamente todo tipo de filme hoje em dia e aqui não é diferente. Na cultura pop em geral há diversas, mas em especial as referências ao próprio King. Para os fãs mais assíduos de suas obras ou até para quem conhece mais sobre a vida do autor, vai conseguir identificar essas referências que fazem parte do enredo e até mesmo algumas que estão apenas para servir de referência mesmo.

Ainda que seja vendido e tratado como um terror, IT de fato não era pra ser considerado completamente assim. Ainda que seja escrito por Stephen King considerado um dos mestres do gênero, a verdade é que podemos considerar a história que alternam entre diversos gêneros e utilizam diversos elementos para isso, e o filme abraça isso. Sim, isso pode ser considerado ruim para quem busca levar sustos ou até mesmo ficar arrepiado.

Porém, essa alternação de “gêneros” também se torna faca de dois gumes. Em momentos o lado cômico sobrepõe momentos que deveriam chocar mais do que fazer rir, tirando assim, todo o peso da cena. Isso não diminui de forma alguma o impacto final do longa, mas novamente: para quem busca um filme de terror, vai certamente se decepcionar.

Por outro lado, se você não espera isso, vai encontrar exatamente isso: uma aventura, um drama que diverte, faz rir, surpreende, e até mesmo fazer chorar.

NOTA: 9.0/10


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