Crítica | Histórias Assustadoras para Contar no Escuro – Filme diverte mas não prende muito

Histórias Assustadoras para Contar no Escuro

Mais um filme estreia em 2019 para entrar no hall do terror deste ano. Desta vez, a obra vem acompanhada por um grande nome por trás de tudo: Guillermo Del Toro. Histórias Assustadoras para Contar no Escuro é baseado em um best-seller que traz muito medo para a vida de seus leitores.

Seguindo a premissa de filmes antigos, os conhecidos slashers, Histórias Assustadoras para Contar no Escuro promete muitas coisas, mas não chega a cumprir todas as expectativas do espectador para sua história. No início, tudo é muito interessante, deixando o público extasiado pelo o que vem a seguir. Entretanto, no decorrer do filme, a experiência se torna entediante a ponto de você querer que o filme acabe de uma vez.

A trama de Histórias Assustadoras para Contar no Escuro apresenta 4 amigos, Auggie, Stella, Chuck, e o forasteiro Ramón. Após uma pegadinha de Halloween, as vidas dos personagens se cruzam e os espectadores são apresentados a história da família Bellow.

Reza a lenda na pacata Mill Valley que Sarah Bellow, uma das integrantes da famosa família, continha um livro em que contava histórias de terror através das paredes de sua casa. A diferença é que esse objeto tem alguma maldição que cria histórias com as pessoas que acabam tendo contato com o objeto.

O longa traz um clima tenso logo de cara, é o que deixa o público esperando pelo ápice do filme. A história dos Bellow é introduzida sem firulas, já que a lenda circula a cidade desde quando a família marcou sua presença na pacata vizinhança. Para cada personagem, uma criatura estranha é apresentada, fazendo com que eles sumam após ter sua história escrita no livro amaldiçoado de Sarah Bellow.

Apesar de uma paleta cores que remete ao antigo, ao nostálgico, a aquela velha lembrança de quando você era criança e o sucesso que invadia as TV’s era A Madrugada dos Mortos Vivos (inclusive esse é o filme escolhido para o Halloween no drive-thru), o filme não consegue manter a atenção do espectador presa. Apesar de André Øvredal soube trabalhar bem em suas câmeras e deu profundidade as histórias dos amigos envolvidos na maldição.

O problema é que as duas primeiras criaturas são assustadoras a ponto de deixar você tenso na cadeira. Um é um espantalho, que é maltratado por um dos personagens secundários, cheio de baratas. O outro é um cadáver pútrido, que está atrás do seu dedão, já que alguém o roubou sem motivo algum. São as únicas aparições que assustam o público de verdade, deixando muita gente com medo de dormir sozinho à noite.

Entretanto, existem duas criaturas que suas aparições não atiçam muito o susto nos espectadores. Esses parecem ter sido inspirados em grandes sucessos dos jogos de dos filmes. A terceira figura parece o famoso monstro de marshmallow de Os Caças-Fantasmas e o outro parece um dos zumbis de Resident Evil.

Apesar de algumas falhas, o filme diverte e chega a lembrar outro clássico de Del Toro, o famoso Mama. Seu terror é previsível, mas ainda deixa os fãs assustados com as estranhas criaturas que aparecem no decorrer do longa. É um filme que diverte, entusiasma, mas no fim, não cumpre aquilo tudo que prometeu ser. Na metade do longa, apesar de tudo o que está acontecendo, o espectador pode se sentir entediado e torcendo para que o filme encontre seu final de uma vez.

Histórias Assustadoras para Contar no Escuro merece sua atenção, mesmo com alguns erros. É um filme que vai fazer você recordar a década de 80, que tinham grandes títulos para deixar a galera animada para ir até o cinema.

O longa estreou hoje e segue em exibição.

NOTA: 3,5/5

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Marta Fresneda
Líder do site de entretenimento O Quarto Nerd. Apaixonada por cultura pop, com objetivo de influenciar e incentivar mulheres na área de comunicação voltado ao mundo nerd.