Crítica | Heartstopper 2º temporada fala sobre amor e amadurecimento sem perder a narrativa leve e cheia de esperança

Crítica | Heartstopper 2º temporada fala sobre amor e amadurecimento sem perder a narrativa leve e cheia de esperança

A adaptação dos quadrinhos da autora Alice Oseman, conquistou todos nós pelo coração na primeira temporada não há discussão. Com a proposta de dar protagonismo a um romance LGBTQIAP+ passando pelo momento mais inocente, confuso e delicado da vida. Heartstopper se tornou um símbolo, com seus tons pastéis, grafites fofos e faíscas em uma história muito importante para os jovens, será que a 2ª temporada vale a pena?

A resposta é sim! A 2ª temporada de Heartstopper, mergulha em dramas juvenis, abraçando descobertas pessoais e relacionamentos. É uma jornada cativante de amor e amadurecimento. Porém, com alguns desfechos que evoluíram tão pouco na história que ficaram sem sentido para a série.

Mais um a vez, sob o roteiro de Alice Oseman, e direção de Euros Lyn, Heartstopper volta com oito episódios para a Netflix.

Confira a sinopse oficial:

“No segundo ano da série, Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor) vivem a felicidade da paixão juvenil, mas também enfrentarão dramas, tanto na vida familiar, quanto na vida escolar. Enquanto isso, os amigos do casal também se viram com os dilemas da adolescência.”

Na segunda temporada a série aborda assuntos ainda mais incômodos, se aprofundando em problemas familiares e inseguranças. Chegado a 2ª temporada vemos um pouco mais de cada personagens, porém, talvez tantas histórias juntas tenham ficado um pouco confusas.

Quem estava estava tão ansioso(a) para o desenrolar da história da Elle (Yasmin Finney) e o Tao (William Gao) como nós? O casal foi a maior fofura se descobrindo na 1º temporada. Agora a série teve a missão de abordar o momento de se confessar para o seu melhor amigo. Como esperado, a série consegue capitar muito bem esse momento de êxtase e estranheza.

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O mesmo encanto acontece quando somos aproximados da drama de Isaac (Tobie Donovan) que sai um pouco dos livros e passa por grandes questionamentos. É com muito prazer que eu digo que a série introduz mais um personagem para a sigla da nossa querida comunidade LGBTQIAP+. Sem dúvidas, o brilho dessa temporada acabou sendo para os personagens em volta do nosso casal de ouro. Já que eles ficaram um pouco travados e não evoluíram muito durante a temporada.

Nossos meninos Nick e Charles estão passando por uma fase de descoberta e amadurecimento, individual e dentro do relacionamento. Porém acompanhamos essa jornada sem que o drama prevaleça sobre o acolhimento dos amigos e as pessoas queridas perto de Charles. De nenhuma forma para nós a série ganha pontos negativos por ser “irrealista”, porque afinal são incontáveis romances heteros que fantasiam amores perfeitos e alimentam nosso imaginário, porque quando Heartstopper, sendo um romance queer faz isso não poderia acontecer?

Dessa forma, destoando um pouco das muitos pontos positivos da série, com o casal principal a trama vai engatinhando a cada episódio. Como são apenas oito episódios, e a série decidiu explorar um pouco de cada personagem nessa temporada, ainda não vimos nada mudar na história de Ben, o que fez com que a série terminasse deixando vários caminhos paras novas temporadas!

Crítica

Título:    Heartstopper

Direção: Euros Lyn

Elenco:   Joe Locke, Kit Connor, Yasmin Finney, William Gao

Nota:    04/05

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Camila Tognin
Estudante de jornalismo e cinema, apaixonada por obras que abordam a visibilidade LGBTQIA+ e revoluções sociais. Muito fã de desenhos e Gamer nas melhores horas.