Crítica | Reboot de Gossip Girl mostra que fofoca edifica

O que todo fã de Gossip Girl esperava era um encontro do elenco, e recebemos um reboot com referências, novos personagens e representatividade.

Apesar de releituras de séries e filmes nem sempre darem certo, a HBO Max entregou uma nova Gossip Girl sem as falhas originais.

Um detalhe de enredo que ninguém iria aguentar nesse novo reboot é a rivalidade feminina. Não apenas nessa série, mas em outras lançadas entre 2005 e 2010 como Pretty Little Liars, Teen Wolf e The Vampire Diaries.

Mas, tudo mudou, os episódios estão mais longos, mas a quantidade diminui. Recebemos episódios novos semanalmente em todo o mundo e podemos comentar sobre os personagens com a #GossipGirl.

O enredo

Gossip Girl
Aki, Max e Audrey

Além disso, o que não víamos na turma de Blair, Serena, Chuck, Dan e Nate, está presente agora.

Durante as seis temporadas da série original, quebramos a cabeça e ficamos curiosos para descobrir quem era a Garota do Blog. O resultado foi decepcionante, e as cenas de final de temporada ou do casal Chuck e Blair foi mil vezes melhor que o fim da série.

E mesmo não sabendo ainda o final dessa primeira temporada do reboot, podemos garantir que todos os episódios terminaram com um Cliffhanger diferente. Além disso, tivemos a revelação e o plot twist logo no primeiro episódio, mostrando que toda fofoca que seria postada no Instagram tinha um motivo.

Também podemos esperar as consequências estrondosas como estamos acostumados. Mas, por outro lado, essas consequências podem vir apenas pelo fato de serem adolescentes, não de ter uma página fofocando sobre a vida de cada um. Já quem traz essa fofoca, pode ter sua pena justa. Esperamos.

Os personagens

Gossip Girl
Julien e Zoya

Uma grande diferença que também podemos ver é a diversidade e quebra de padrões. Julien e Zoya, as protagonistas, são negras, uma com seus cachos assumidos, e a outra com a cabeça raspada. E mesmo assim, os looks que as duas usam não são básicos.

Mostram que você pode ficar linda em qualquer roupa não importa sua aparência e corpo.

Também vemos a representação atual de Blair e Chuck, sendo Audrey e um asiático-americano de cabelo rosa, Aki.

Além disso, temos uma escola diversa, um casal gay sendo pais e latinos dando aulas numa escola de elite. Sem contar os casais nada usuais que são formados durante a temporada.

Confira também:

O político

Gossip Girl
Obie e Julien

Outro ponto que a antiga elite de Manhattan falhou, foi o foco em intrigas e discursos fúteis. Mas não é isso que vemos novamente.

Desde o início, Obie, namorado de Julie se mostra presente em campanhas, protestos e movimentos. Ele tem noção que faz parte do grupo privilegiado e tenta ajudar com o que tem. Assim como Zoya.

Os outros personagens demoram um pouco para acompanhar o amigo, mas uma das cenas mais importantes mostra um pouco da militância de Nova York e a realidade dos protestos estadunidenses.

Após isso, os personagens começaram a usar suas vozes e suas plataformas para mostrar o político, é um ponto alto a se apostar, e a segunda parte não pode perder isso.

Em suma, o reboot de Gossip Girl veio para surpreender, trazer nostalgia, raiva, tristeza, apreensão e animação com seus personagens e cenas. E claro, roupas lindas.

Crítica

Título: Gossip Girl

Criador: Joshua Safran, Stephanie Savage, Josh Schwartz

Elenco: Jordan Alexander, Whitney Peak, Tavi Gevinson, Eli Brown, Thomas Doherty, Emily Alyn Lind, Evan Mock

Nota: 5 / 5

Isabela Caroline
Tradutora e redatora d' O Quarto Nerd. Viciada em música, clipes, séries, teorias, entrevistas e tudo que seja um escape da realidade. Currently listening to any pop songs.