Crítica: Godzilla II: O Rei dos Monstros | Combate épico entre criaturas colossais e forte da sequência

Título Original: Godzilla: King of the Monsters


Elenco: Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Charles Dance, Ken Watanabe, Sally Hawkings, Zhang Ziyi


Direção: Michael Dougherty


Ano/País: 2019/Estados Unidos

Data de lançamento: 31 de maio de 2019


Distribuição: Warner Bros. Brasil

Finalmente a sequência de Godzilla (2014) e também de Kong: A Ilha da Caveira (2017) chega aos cinemas. Agora contamos com a presença de: Kyle Chandler como Dr. Mark Russell, Vera Farmiga como sua esposa a Dra. Emma Russell, Millie Bobby Brown como a filha do casal Madison Russell. A relação da família com as criaturas é o grande forte do filme que começa a explorar o ponto de vista deles sobre a existência dos monstros. Ken Watanabe retorna como Dr. Ishiro Serizawa que possui um ótimo conhecimento sobre as criaturas e mais importante, nos dá um ponto de vista a favor delas.



Logo no início tomamos locação do eventos ocorrido no longa de 2014 e já aborda uma das questões que ficaram de fora dos filmes anteriores, que é as consequências da batalha entre a criatura-título e o Muto que destruiu São Francisco e principalmente a questão das criaturas colossais que são chamados de Titãs e a importância deles através da mitologia ancestral e da própria ciência. Algo que pode soar entediante para muitos, mas abordar esse assunto dá a exata profundidade que o filme necessita sobre essa questão entre manter os Titãs vivos ou considerá-los ameaças.



A parte protagonizada pelos humanos ainda sofre de algumas problemas. Aqui tivemos uma consistência maior do estudo dos Titãs e em particular o próprio Godzilla. É inevitável dizer que em um filme assim o gêneros Fantasia e Ficção Científica caminham lado-a-lado, e é necessário abordar um pouco de cado sem que um sobreponha o outro. A presença desses personagem explora exatamente esses dois lados mais que em momentos acabam se sobressaindo na história um pouco a mais que o necessário cujo foco poderia ficar exatamente nos Titãs.



Difícil imaginar um filme com esses monstros e não imaginar destruição, afinal, é isso que queremos de fato. Um dos fatores que fizeram o longa de 2014 ser criticado negativamente pelo público, foi justamente a ausência de algumas dessas cenas que eram cortadas ou simplesmente exibida de um ângulo não-favorável. Aqui vemos essa redenção com cenas de tirar o fôlego e carregadas de tensão. Em certos momentos a ação se torna confusa pela iluminação que por vezes é escura, mas nada que tire toda a grandiosidade disso. Quando vemos a proporção e magnitude dos Titãs em ação pelo ponto de vista dos humanos, ainda conseguimos sentir toda a tensão como se o próprio espectador estivesse lá. E essa escolha favoreceu em muito a imersão – algo que cresce ainda mais quanto assistido em uma sala Imax.

Parece uma pintura, mas o filme é recheado de cenas de encher os olhos.



Mas nem tudo são flores, o filme com alguns deslizes e alguns clichês, os principais deles são: a localização dos Titãs e o Godzilla que aparece sempre na hora certa para salvar o dia. O longa introduz diversas criaturas – algumas delas são um deleite para quem acompanha os longas originais – mas alguns são introduzidos de forma não-explicativa sem mencionar também como alguns deles estão vivos ainda hoje e principalmente: onde manter criaturas colossais em nosso mundo?. E o fato de Godzilla ser o herói do dia pode ser interpretado como um clichê do “O herói salva o dia” que acaba sempre chegando na hora exata para resolver o problema. Claro, o filme carrega seu nome e de certa forma não poderia ser diferente, mas é preciso encontrar outras formas de lidar com os problemas que no caso, é o “monstro final,” sem que fique repetitivo. A luta final acaba ficando arrastada em algum momento, mas é recompensada visualmente falando.

Kyle Chandler interpreta a contraparte humana do principal ponto de vista da história.



Godzilla II: O Rei dos Monstros vai jus ao seu título e nos dás um grande vislumbre de uma ação carregada de tensão. Um deleite visual até seu último segundo que vão desde a destruição e até mesmo algum momentos belos que nos fazem ver os Titãs com mais afeto. Mas não pense que o filme seja só um produção focada na ação e sem conteúdo, ainda que tenha algumas pontas soltas e tenha deixado muitas perguntas para um futuro filme, cumpre tudo que prometeu e ainda mais, porém, ainda precisa lidar com histórias desnecessárias em torno dos protagonistas humanos que embora tenham sua importância no enredo, acabam roubando a cena na hora errada. Ah, não se esqueça de ficar para ver a cena pós-créditos.


NOTA: 8/10

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