A segunda temporada de Euphoria estreou no começo de 2022, e por duas vezes, seus lançamentos semanais tiraram a plataforma da HBO Max do ar. Puro sucesso. E não é por menos que a série estrelada e produzida por Zendaya é um sucesso, a trama entrega tudo o que propõe. Atuação, roteiro, fotografia, produção, e claro, trilha sonora.
Todos esses elementos já estavam presentes na primeira temporada, e desde de seu primeiro episódio deste novo ano da série, vemos que a evolução dos personagens será o ponto forte para essa nova fase. Enquanto a contagem regressiva para a virada de ano grita profundamente ao fundo, Euphoria da um show de iluminação e na sequência um espetáculo de porrada. É assim que começamos esse novo passo na vida de Rue, Jules e todos os outros personagens que passamos amar e odiar. E não há forma de começar um temporada melhor do que Sam Levinson fez com esse primeiro episódio. Todo o ódio, amor, briga e outros, dão boas vinda à segunda temporada mais insana que Levinson, Zendaya e todo o elenco poderia trazer.
Os anos de espera valeram a pena?
Sim! A primeira temporada da série foi lançada em 2019, nesse meio tempo tivemos alguns episódios especiais, mas que nada se comparam com o que Sam Levinson fez agora. Enquanto os primeiros episódios trazem uma tonalidade mais ‘baladeira’, com cenas noturnas, luzes leds e neon, a nova fase traz uma olhar mais sombrio, como uma manhã após uma festa. E essas são as palavras do próprio Levinson. A ideia é que acontecesse essa transição visual, o diretor e criador não queria repetir o que foi feito anteriormente. E por isso, mais uma vez, Euphoria triunfa com uma direção de arte de tirar o fôlego e uma fotografia que será referência no mundo cinematográfico por muitos anos.
A frente de seu tempo. Mesmo quando plataformas de streamings tentam criar séries teen com assassinatos, drogas, sexo e outros problemas, nenhuma dessas produções triunfam como Euphoria. Entenda que, a trama de Levinson é bem mais trabalhada que outros shows da Netflix por exemplo. O caminho que esta trama toma é surpreende e até inacreditável, quando o telespectador estiver roendo as unhas de nervoso, quando acreditar que as coisas não podem piorar, Rue em uma frase fará qualquer pessoa prender o ar, ou o grito.
Os prêmios vão vir aí!
É claro que a vencedora do Emmy, Zendaya, estará presente em mais um ano na premiação. Mas dessa vez, ela não será a única, como dizemos a direção de arte e a fotografia são um espetáculo e com certeza serão referências por muito anos. Sendo assim, a chance da série concorrer como Melhor Série de Drama, é grande. Mas não vai acabar por aí! Sydney Sweeney mostrou que pode ir muito além do que uma cena de nudez. O que Sweeney entregou e mostrou pela Cassie este ano, vai mudar o rumo da carreira da atriz com certeza, ela começará a ganhar o destaque que merece.
E não tem como deixar de falar de Labrinth, que da luz a trilha sonora digna de orquestra, mais uma vez. Quando Rue estiver em seus piores momentos, Labrinth e sua voz invadirá a tela em uma sintonia melancólica e dolorida. Mas, quando as coisas complicarem, os sons aumentam e as batidas também, enquanto a voz do cantor fica mais grave, é surpreendente.
Então, no final do ano, quando sair os indicados do Emmy, não se surpreenda quando a série ganhar destaque em várias categorias da premiação. E até brincamos dizer que a produção merecia uma categoria para si só, nada foi como Euphoria, e nada será como a série. E quando assunto é arte, a série prova que é amante e que está pronta para criar e trazer referências como ninguém.
Crítica: Euphoria – 2ª temporada
Direção e Roteiro: Sam Levinson
Elenco: Zendaya, Hunter Schafer, Barbie Ferreira, Maude Pattow, Sydney Sweeney, Andus Cloud, Storm Reid e Alexa Demie.
Nota: 5/5