Crítica | ‘Era uma vez um sonho’ mira o Oscar e esquece do resto

Assim como existem aqueles filmes considerados blockbuster (Vingadores, A Origem, O Resgate, e etc;), existem os que são considerado “filme de Oscar” e Era uma vez um sonho aparenta ser um destes filmes. Esse tipo de filme sempre é lançados perto da data do evento mais importante do cinema. Por isso que há um grande lançamento de filmes desse subgênero a partir de Setembro.

E, Era uma vez um sonho carrega o que “todo filme de Oscar” precisa ter. Precisa ter drama?  Tem drama. Precisa ter boas atuações? Tem boas atuações. Destaque para Amy Adams e Glenn Close, que interpretam  Bev Vance e Mawmaw respectivamente, que muito provavelmente estarão no Oscar 2021. Precisa ter um diretor premiado? Ron Howard aparece para encaixar mais essa peça na engrenagem para tornar esse filme um dos prováveis filmes indicados ao principal prêmio do cinema. 

Mas, porque, então não estamos falando do filme, mas sim da premiação já que ele tem todas as principais peças para um filme premiado? Pelo motivo que Era uma vez um sonho é um dos filmes enlatados para Oscar mais de mal gosto dos últimos tempos. 

Ron Howard parece não entender a premissa poderosa que tem nas mãos sobre conflitos familiares, uso de drogas e sacrifícios que temos que fazer cuidar de quem amamos. O diretor prefere criar uma trama em que as relações são rasas, não há em nenhum momento algo que faça a gente se importar com a relação familiar para ao menos no identificarmos; Como se os personagens brigassem apenas por brigar. Mostrando apenas como os atores e atrizes são excelentes nos momentos de briga e choro.

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Além disso, a obra cinematográfica da Netflix expõe ao final uma mensagem completamente contraditória com tudo que o filme se propôs durante boa parte de sua duração:  Família é a coisa mais importante que existe. O roteiro esquece da mensagem nos minutos finais e finaliza se contradizendo. 

Era uma vez um sonho tem cara de Oscar, jeito de Oscar, cheiro de Oscar, mas será um intruso indigesto se for indicado. Pois pela mensagem final do filme não merece pisar no tapete vermelho.

Crítica: Era uma vez um sonho

Gênero: Drama

Direção: Ron Howrard

Roteiro: Vanessa Taylor

Elenco: Amy Adams, Glenn Close, Harley Bennett, Gabrie Basso.

Nota: 2 / 5

Avaliação: 2 de 5.
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