Se passaram 3 – quase 4 – anos desde que vimos Dragon Ball nos cinemas pela última vez em ‘O Renascimento de Freeza‘ (2015). Agora, o tão aguardado ‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ chega aos cinemas com muitas diferenças de seus filmes anteriores.
‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ é o vigésimo filme da franquia Dragon Ball e o primeiro da série ‘Super‘. Talvez tenham levado quase 20 anos e cerca de 19 filmes para que a franquia no cinema se conectasse com o anime. Os filmes clássicos (os 13 filmes da série ‘Z’) são conhecidos por não se encaixarem na cronologia, mas nem por isso fez com que o público gostasse menos. Desde então, os filmes apresentaram vilões que assim como os filmes, caíram no gosto dos fãs, como Cooler, Janemba, Tales (Turles) e principalmente, o próprio Broly.
No entanto, além de não conseguirem se encaixar na cronologia, os filmes nunca foram dados como canônicos na franquia, gerando o famoso “Ok, existe, mas não é bem oficial.“
Algumas histórias já contadas nos filmes anteriores e alguns OVAs (Original Video Animation) são re-imaginadas em ‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ e se tornam canônicas. Entre elas, a história de Broly e a história do pai de Goku: Bardock.
O filme se inicia adaptando o recente – e inédito ainda no Brasil – mangá ‘Dragon Ball Minus‘, onde conta o passado de Goku, Vegeta e outros personagens. São quase 30 minutos de filme mostrando a origem dos Saiyajins mais poderosos e a destruição do planeta Vegeta. Então passamos para o presente, onde encontramos os personagens logo após o Torneio do Poder, a última temporada de Dragon Ball Super.
‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ repete a fórmula dos filmes clássicos do ‘Z‘ e melhora. É uma das raras vezes onde Dragon Ball não comete exageros no roteiro, se mantendo coeso à história.
O filme não repara os furos e os problemas que existem há decadas na franquia, mas mostra que é possível organizar a bagunça. Em ‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘, vemos as diferenças de poder entre as formas Super Saiyajin. As cenas de combate de Vegeta e Goku contra Broly exploram de uma maneira nunca vista antes em toda a franquia, os estilos de combate de cada um, a diferença de poder e as distinções entre as formas de Super Saiyajin.
Talvez o mais surpreendente de ‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ seja a diferença do filme com os clichês da franquia, o maior exemplo disso é a fusão entre Goku e Vegeta: Gogeta. O personagem que até então só havia marcado presença no 12º filme da série ‘Z‘ (O Renascimento da Fusão) e na série Dragon Ball GT (ambos não canônicos). É a primeira vez que a fusão dos personagens é apenas parte do enredo e não usado como destaque do filme inteiro.
‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ coleciona diversas características da franquia, desde o humor de ‘Dragon Ball‘ até as batalhas que todos adoramos em ‘Dragon Ball Z‘. Como sempre, é nostálgico e de encher os olhos assistirmos Dragon Ball nos cinemas, e ‘Dragon Ball Super: Broly – O Filme‘ é uma versão amadurecida da franquia, dando o devido respeito aos personagens.
Roteiro: Akira Toriyama