Crítica I Besouro Azul emociona, diverte e representa a cultura latina

Besouro Azul

Com a direção de Angel Manuel Soto, Besouro Azul é a mais nova aposta da Warner Bros. Pictures em personagens da DC Comics. O filme conta a história do jovem Jaime Reyes em busca das origens de seus novos super poderes, concedidos ao rapaz após o contato com um escaravelho alienígena. Mas apesar das novas habilidades, que se manifestam por meio de uma armadura conectada ao corpo de Jaime, a atenção que essa tecnologia traz para ele ameaça a segurança de sua família. 

A relação do protagonista com seus familiares é um dos principais pilares do filme, pois além da comoção em acompanhar o desenvolvimento dos personagens ao longo da obra, as interações e diálogos protagonizados pelos Reyes rendem momentos de fazer chorar, seja de alegria ou de emoção. E esses elementos se intensificam ainda mais para os espectadores latino-americanos, visto que a família do herói tem raízes mexicanas e isso é frequentemente representado ao longo do filme, mesmo com alguns clichês para efeito cômico de vez em quando. 

Besouro Azul

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Outro acerto do filme é no elenco, que traz muito carisma e diversidade para a narrativa. E apesar dos integrantes da família Reyes roubarem muitas das cenas do longa, é impossível deixar de destacar a relação do herói, interpretado pelo jovem e expressivo Xolo Maridueña, com Jenny Kord, a personagem (também brasileira) da atriz Bruna Marquezine, que representa com orgulho o Brasil nas telonas.

Surpreendentemente, as sequências de ação são bem empolgantes e não pecam nos efeitos visuais. A direção soube aproveitar muito bem a amplitude dos poderes do herói, que parecem limitados apenas pela criatividade de Jaime. Além disso, a trama avança de forma que outros personagens também participam ativamente dos confrontos do filme. E mesmo que isso aconteça de uma maneira inesperada, é definitivamente uma adição bem divertida às cenas de luta. 

No fim, pode-se dizer que Besouro Azul é um grande acerto da DC, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento e representatividade dos personagens, trazendo para as telonas questões sociais que intensificam as múltiplas emoções da obra sem debochar da cultura latino-americana. Mas apesar de inovar nestes pontos cruciais, infelizmente a obra se prende a alguns clichês de filmes de super-heróis e não surpreende tanto com um roteiro superficial e de muitas pontas soltas.

Crítica: Besouro Azul

Direção: Angel Manuel Soto

Roteiro: Gareth Dunnet Alcocer

Elenco: Xolo Maridueña, Bruna Marquezine, Becky G, Damián Alcázar, George Lopez, Adriana Barraza, Belissa Escobedo e Elpidia Carrillo.

Nota: 4/5

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Bruno Andrade