Crítica | Bar Doce Lar dirigido por George Clooney apresenta uma jornada de amadurecimento e alívio cômico na medida certa

Crítica | Bar Doce Lar dirigido por George Clooney apresenta uma jornada de amadurecimento e alívio cômico na medida certa

Após ter anunciado sua aposentadoria das telonas, George Clooney retorna mais uma vez aos sets como diretor, agora do filme Bar Doce Lar, adaptação do livro de memórias de mesmo nome do escritor J. R. Moehringer. O longa que estreou nesta sexta-feira (07) no Amazon Prime Video, entrega uma jornada de amadurecimento e alívio cômico na medida certa.

Em Bar Doce Lar, Moehringer (Tye Sheridan) junto com sua mãe se mudam para a casa do avô (Christopher Lloyd) em Long Island. Lá o menino tenta preencher o vazio que sente do pai com a presença do seu tio Charlie (Ben Affleck), que é dono de um bar e através dele o garoto busca aprender algumas lições de vida para conseguir viver.

De todos os trabalhos de Clooney como diretor, Bar Doce Lar não chega a ser um dos seus melhores projetos na função. Entretanto, o filme consegue desenvolver de forma adequada a trama principal. 

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A produção possui uma jornada de amadurecimento não muito inovadora de Moehringer, desde a infância ao período adulto, com a ida para a faculdade e logo depois a inserção no mercado de trabalho. Durante o longa o mesmo vai aprendendo a lidar com a ausência do pai biológico, a desigualdade social por não ter nascido em berço de ouro, a luta para conseguir realizar o sonho de ser escritor e as desilusões amorosas, que fazem parte da vida de qualquer pessoa. Ainda sim, por mais que o filme retrate esses aspectos, em contrapartida ele consegue trazer bastante alívio cômico o que torna mais leve a história.

A relação entre Moehringer e seu tio Charlie é muito bem construída na trama. Affleck consegue roubar a cena como o tio legal e parceiro do sobrinho, que acaba assumindo indiretamente a paternidade do garoto.

Entretanto, vale ressaltar que alguns atores são mal aproveitados, como é o caso de Lloyd que brilha no início e depois é totalmente esquecido.

Furo de roteiro

O filme traz um contraponto de passado e presente da vida de Moehringer, mas em alguns momentos a sequência lógica das cenas não tem muito sentido, um exemplo disso, é quando Charlie é espancado pelo pai de Moehringer e na cena seguinte ele aparece sem nenhum hematoma como se nada tivesse acontecido.

Trilha sonora

Um dos fatos mais marcantes dos anos 80 foram as músicas da época e aqui não é diferente. A trilha sonora é excelente com vários clássicos que empolgam alguns momentos do filme e também trazem alívio cômico para a trama.

Bar Doce Lar é dramático e ao mesmo tempo divertido em algumas partes. Ele cumpre seu propósito principal de retratar a vida do escritor J. R. Moehringer no seu processo de crescimento e amadurecimento.

Crítica

Título: Bar Doce Lar.

Elenco: Ben Affleck, Tye Sheridan, Daniel Ranieri, Lily Rabe, Briana Middleton e Christopher Lloyd.

Direção: George Clooney.

Nota: 3,5/5.

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Micaele Lima
Formada em Jornalismo, integrante da equipe de redação do QN e apreciadora da cultura geek nas horas vagas.