Crítica: The Ballad of Buster Cruggs não é o novo hit de sucesso dos irmãos Coen

Título Original: The Ballad of Buster Cruggs
Direção: Ethan Coen, Joel Coen
Elenco: Tim Blake Nelson James Franco, Liam Neesom, Zoe Kazan, Brendan Glesson
Duração: 133 min
Ano/País: 2018/EUA
Distribuição: Netflix
O novo filme escrito, produzido e dirigido por Ethan e Joel
Coen
laçando pela Netflix, narra as mais diferentes histórias passadas no velho
oeste americano. Histórias sem ligações com diferentes protagonistas em
diferentes enredos, desde famosos e procurados foras-da-lei, até a exploração
de terras virgens atrás de riquezas naturais. O filme abusa do que os Coen sabem
de melhor, seja o humor negro que vimos em Fargo – Uma Comédia de Erros e
Queime Depois de Ler, até os mais sérios e aclamados Onde os Fracos Não Tem Vez
e Bravura Indômita. 

Divulgação: Netflix.
Logo na primeira história, somos apresentados ao personagem título, Buster Cruggs (Tim Blake Nelson), que já se inicia mostrando, através de uma cação, o significado de seu título cantado pelo próprio Nelson, que conseguiu muito bem entregar toda carisma para o personagem que tem um ar de Deadpool, quebrando a quarta parede e conversando com o público. Infelizmente, essa é uma das melhores histórias dentro antologia. “Mas porque infelizmente?” você me pergunta: a história de Cruggs é bem curta, talvez a mais curtas dos contos e o personagem além de carregar o título do filme, conseguiria muito bem carregar boa parte do filme nas costas (mesmo com todos absurdos exibidos), seria com toda certeza, um filme fora do tradicional porém, muito mais interessante.
Divulgação: Netflix.
Apesar do ponto ser a comédia, do jeito que só os Coen sabem fazer, algumas das histórias também são dramas. Assim como o terceiro e o
quinto conto, podemos ver a vida de de ator no velho oeste, mesmo que do modo
mais estranho possível, e um pouco das tradições da época assim como a vida em
si, mais crua e realista carregando problemas que hoje são impensáveis, como longas
viagens de caravanas.
Pode não ser o melhor filme dos irmãos Coen, sendo de fácil
esquecimento e se tornando muito cansativo pela irregularidade das narrativas. O
filme inicialmente, seria adaptado como uma série e talvez fosse melhor que
tivesse sido uma, pois algumas histórias mais interessantes poderiam ser
prolongadas, acabaram encurtadas no filme.
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