As Panteras – Um remake de orgulho para nossa geração

Em um ano com tantos filmes de super-heróis, vilões e algumas adaptações do Stephen King. As Panteras chegam aos cinemas com uma grande trama divertida para agradar os fãs do filme e da série original, com personagens super girl power, garantindo seu espaço de orgulho entre nossa geração.

O poder feminino nessa trama e tão forte e tão bonito, que o obviamente desnecessário não existe. Não há brigas entre mulheres, não há roupas para sexualizar o corpo das personagens, a trilha sonora inteira consegue passar o poder que As Panteras tem. É perceptível de cada fala das personagens, até no soco que alguém acaba levando após falar algum discurso inacreditavelmente machista. 

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A trama se inicia no Rio de Janeiro (isso mesmo, aqui no Brasil), e então somos apresentadas as Panteras (ou as Angels como são chamadas em inglês). Sabina e Jane se juntam em sua primeira missão, graciosas como uma faca de dois gumes, juntas derrubam um sala cheia seguranças, enquanto um deles des-capricha em um discurso completamente machista de fazer qualquer pessoa revirar os olhos, e é nesse momento em que se impressiona com Sabina (Kristen Stweart), que em segundos passa de jovem sedutora á uma grande espiã com habilidades marciais incríveis. 

Quando esses discursos se repetem a direção faz questão de focar no rosto das protagonistas, mostrando a indignação que se estampa não só no rosto da atriz mas também no do público, e assim comemorando quando esses personagens levam um soco ou chute. Mas de início a direção de Elizabeth Banks se perde no começo com algumas cenas de ações deixando não só algumas lutas difíceis de entender como também o corte excessivo de câmera, devido ao péssimo posicionamento delas no inicio da trama. Mas conforme o filme vai se evoluindo é perceptível que Banks conseguiu se encontrar, e assim deixando sua identidade criativa na trama.

O filme inicialmente é corrido, então alguns pequenos detalhes acabam deixando um sinal de dúvida na cabeça do telespectador. Mas como todo bom filme de espiãs, os planos logo são apresentados e explicados, e assim a trama começa a desenvolver entre momentos divertidos, tensos com ótimas coreografias de lutas. Mas vale aqui ser citado a falta de criatividade para apetrechos, como super espiãs não tem grandes apetrechos tecnológicos? Dessa forma as personagens acabam utilizando apenas uma caixinha de balas (não balas de armas, balas mesmo), o filme todo, mesmo depois de passar por uma ‘closet‘ cheio de armas, onde elas só pegam a caixinha de balas, um óculos e uma pulseira.

Apesar de adaptar muito bem as cores claras para um filme de espiã, que normalmente é recheado de tons fortes, o filme da um show nos efeitos práticos. Porém a trama acabada deixando a desejar quando os efeitos visuais (CGI) são necessários, e dessa forma acaba tirando um pouco da magia que a trama te dá. 

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Pela primeira vez Kristen Stweart como Sabina se encaixou por completo em um filme, apesar de ser por grande parte presente como alívio cômico, a atriz acaba se saindo muito bem com a personagem e uma ótima espiã. Porém é Ella Balinska que acaba se destacando por sua personagem Jane, sua evolução e sem dúvidas a mais notável, suas cenas de ação dão o que um filme de espiã precisava. Enquanto Naomi Scott traz jovem Elena que teve sua vida revirada de ponta cabeça, também trazendo a evolução da jovem assustada para o famosa, ‘eu também quero, e vou lutar‘, pela segunda vez no ano trazendo uma personagem de caráter forte e batalhadora, mas totalmente diferente de Jasmine (Aladdin). Liderados pela Elizabeth Banks tanto na direção quanto como a Bosley, (como se fosse uma chefe das Panteras) como atriz Banks mantêm seu papel sem grande esforço para a personagem que deixa para brilhar no final.

As Panteras, é mais do que um filme de espiãs, é uma comédia dosada da forma certa, sem forçar, com grandes referências, participações especiais, algumas cenas de ação de tirar o folego, atuações poderosas com mulheres mais poderosas e inteligentes. Um filme maravilhoso do começo ao fim, Elizabeth Banks, Kristen Stweart, Naomi Scott e Ella Ballinska dão um socão nos preconceituosos de plantão. Como nos filmes de histórias encantadoras (como Harry Potter) que te fazendo querer fazer parte daquele universo, As Panteras farão qualquer pessoa querer ser uma também, criando uma história que pode ser muito bem aproveitada futuramente, trazendo um remake/história de As Panteras que poderá ser contada com orgulho para a nossa geração.

Nota: 4,5/5

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Marta Fresneda
Líder do site de entretenimento O Quarto Nerd. Apaixonada por cultura pop, com objetivo de influenciar e incentivar mulheres na área de comunicação voltado ao mundo nerd.