Crítica: Alita – Anjo de Combate, traz um trama simples mas com um espetáculo visual incrível




“Regras de quem você vai escolher seguir?”


Em uma era tão pobre de sagas nos cinemas, adaptações com histórias catastróficas, mundos destruídos, tramas cheias de perdas e vitórias, tem sido cada vez mais difícil ver grandes adaptações/sagas nos cinemas. Alita é mais do que um anjo de combate, ela pode ser a chama para as sagas renascerem novamente nos telonas!

Em um cenário futurístico devastado, Zalem é a única cidade flutuante que sobrou, após a guerra que derrubou 11 das 12 grandes cidades, que assim como Zalem, pairavam sobre o céu. A Cidade de Ferro se constrói suprindo suas necessidades através de toda a sucata que Zalem descarta, enquanto uns vivem no luxo, outros brigam pela miséria. Dessa forma o Cyber-cirurgião Dyson Ido, encontra Alita (Rosa Salazar), largada sem a parte inferior do seu corpo robótico no lixão. Com o cérebro humano, perfeitamente intacto, Ido á reconstrói e da á ela um novo corpo.





Adormecida por cerca de 300 anos e sem lembranças do seu passado, Alita inicia sua aventura, em busca de quem ela é. A personagem vai se desenvolvendo em roteiro simples, sem grandes ideias mirabolantes ou grandes reviravoltas. Para ajuda-lá em sua jornada, Alita encontra Hugo (Keean Johnson), interesse romântico da personagem, ao lado de Hugo, Alita descobre que é mais o do que uma simples robô, é uma arma de guerra. 

O roteiro é desenvolvido de forma simples, não se arrisca muito, não traz muitas surpresas, e acaba deixa algumas pontas em aberto, ficando claro que esses assuntos podem ser abordados em uma futura continuação. No desenvolver do filme podemos ver a evolução pessoal de Alita, e a trama acaba se dividindo entre descobrir quem ela é, e cumprir a missão que á ela foi dada a mais de 300 anos atrás. 





O filme abusa de cenas de ação e lutas de tirar o fôlego, mostrando que Alita é mais do que uma “menina”, e quando subestimada, a personagem mostra que apesar de pequena sua força e habilidades são poderosas, e que ela está pronta para enfrentar o que for/quem for  preciso para cumprir sua missão e proteger quem ela ama, se mostrando cada vez mais forte e mais independente. 

Alita acaba chamando uma atenção perigosa para si mesma, pessoas que estão além da Cidade de Ferro. A trama traz vários vilões e sub-vilões, com ênfase em Vector (Mahershala Ali) como um dos grandes nomes do filme, para controlar e estar acima de todos na Cidade Ferro, um vilão para a qual você nunca pode dizer não, na teoria, porém na prática, o roteiro não desenvolve o personagem e acaba deixando Ali com um papel raso e mais um fantoche pequeno para a trama, do que um personagem vilanesco.





O filme impressiona com a qualidade gráfica praticamente impecável, apesar de Alita ser completamente modificada graficamente, a equipe de CGI conseguiu manter as expressões e costumes faciais que atriz Rosa Salazar tem, de forma que, Alita não pareça tão facialmente diferente de um humano, tirando qualquer expressão e contraste robótico que a personagem poderia ter, tendo uma finalização incrível. Além de uma ótima equipe de CGI o filme traz uma combinação entre paleta de cores e a fotografia curiosas, se adaptando e se explorando ao novo (cores vivas e fortes), velho (cores claras e amarronzadas, semelhando-se á ferrugem), o dia (cores claras) e a noite (cores escuras e brilhantes, como néon), dando ao filme um tom mais futurístico devastado.

Baseados no mangá de Yukito Kishiro, apesar do filme trazer um roteiro raso, a trama dirigida por Robert Rodriguez pode ter um grande futuro promissor nos cinemas. Produzido por  Jon Landau James Cameron, a trama traz muito DNA dos grandes cineatas de Hollywood. 

Alita – Anjo de Combate” chega aos cinemas no dia 14 de fevereiro.


Nota: 4/5


admin