Crítica | A Menina que Matou os Pais – A Confissão, não deixa dúvidas sobre quem Suzane Von Richthofen realmente é

Em 31 de outubro de 2002, aconteceu um dos casos mais marcantes da criminologia brasileira: O assassinato de Manfred e Marísia Von Richthofen. O casal morreu pelas mãos dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos a mando de Suzane Von Richthofen, filha mais velha do casal e namorada de Daniel. O crime deu origem aos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou os Meus Pais, lançados em 2021. Cada filme contava a história dos depoimentos de Daniel e Suzane mas não mostrava como aconteceu a investigação que os condenou.

Assim, na última sexta-feira chegou ao Prime Video um terceiro filme, intitulado A Menina que Matou os Pais – A Confissão, a obra conta como a polícia desvendou o crime que começou sendo tratado como um latrocínio (roubo seguido de morte), e depois se revelou um homicídio. Ou seja, aqui temos o ponto de vista dos investigadores.

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Um dos principais erros dos filmes de 2021, foi dar muito foco na vida cotidiana de Suzane e Daniel. Se não existissem os dez primeiros minutos e os vinte últimos dos filmes, tudo poderia facilmente ser uma produção teen. Em alguns momentos chega a ser desconfortável de se assistir, pois somos obrigados a ver cenas românticas dos assassinos, com direito a trilha sonora combinando. A impressão é de que a obra queria despertar certa empatia pelo casal. Por fim, após as cenas do crime quando acreditávamos que finalmente teríamos o processo investigativo, depoimentos e confissão em tela, o filme simplesmente acaba!

Entretanto, esse novo filme tem o que os fãs de true crime realmente querem ver: Os elementos que envolvem a investigação do caso e detalhes que levaram ao desfecho que conhecemos atualmente.

Ao longo da trama conseguimos entender claramente o quão fingida e manipuladora Suzane Richthofen é. Esqueça aquela voz meiga e doce que apareceu em algumas entrevistas dadas pela condenada, a verdadeira Suzane é fria, egocêntrica e explosiva. E podemos ver todos estes detalhes através da atuação brilhante de Carla Diaz.

Claro que não é apenas a atriz que brilha em cena, o ator Alan Souza Lima, também faz uma performance quase que perfeita na pele de Cristian, entregando uma das melhores cenas que é o depoimento seguido da confissão pela autoria do crime.

Aonde o novo filme errou?

Um defeito a ser apontado em A Menina que Matou os Pais – A Confissão , é o fato de que tudo ficou um pouco corrido. Ao final, não vemos o julgamento, apenas os condenados em uma cela recebendo a notícia de suas penas. Os responsáveis pela obra, poderiam aproveitar o gancho encaixar uma cena no mesmo cenário do tribunal que vemos nos dois primeiros filmes. Dessa forma, selaria a ligação entre as produções.

Em conclusão, quando colocamos todos os elementos na balança, podemos concluir que A Menina que Matou os Pais – A Confissão, vale muito a pena. Principalmente para aqueles que assistiram os filmes anteriores e sentiram falta de um ponto final.

Crítica

Pôster de A Menina que Matou os Pais - A Confissão

Título: A Menina que Matou os Pais – A Confissão

Direção: Mauricio Eça

Roteiro: Ilana Casoy, Raphael Montes

Elenco: Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Bárbara Collen, Kauan Ceglio, Che Moais.

Onde assistir: Amazon Prime Video

Nota: 3/5

Fernanda Silva
Profissional de marketing, estudante de jornalismo, apaixonada por música e e-sports, prefiro a Marvel do que a DC e gosto de assistir séries antigas.