Crítica | A Guerra do Amanhã traz mais emoção do que ação

Crítica | A Guerra do Amanhã traz mais emoção do que ação

Chegou hoje, 02, na plataforma de streaming da Amazon Prime o mais novo filme estrelado por Chris Pratt, A Guerra do Amanhã (The Tomorrow War, 2021). O filme de duas horas e vinte minutos conta com bastante ação, e o filme futurista é muito melhor do que o esperado. Confira o trailer abaixo:

E diferente de outros filmes futuristas, A Guerra do Amanhã é mais do que uma história de guerra entre alienígenas e humanos. É uma história de superação, de amor incondicional e de uma relação perfeita entre pai e filha. Coisa que parece muito distante para muitos.

A História

Chris Pratt é Dan Forester, um pai determinado em salvar o mundo para que a sua filha tenha um futuro seguro. Isso porque eles recebem uma mensagem de um grupo de viajantes, que chegam de 2051. Avisando que em trinta anos, os humanos estão perdendo uma guerra contra os alienígenas. E, o único jeito de salvar o mundo é levar soldados e civis dos tempos de hoje para o futuro. 

O filme começa no final do ano de 2022. E, para quem é brasileiro, a referência que tem nas primeiras cenas é incrível. Copa do Mundo do Qatar em 2022, onde o Brasil aparece em campo. Mas, a partida de futebol não é à toa. As audiências dos jogos são sempre muito grandes. E é justamente nesse momento em que os viajantes no tempo aparecem para poder avisar do ataque alienígena.

Por ser um filme que tem viagens no tempo, o telespectador pode ficar receoso com uma certa confusão. Mas, A Guerra do Amanhã deixa muito claro em que tempo os personagens estão vivendo. Antes mesmo de Dan Forester entrar em sua missão, os cientistas, que são claramente mais jovens que a população, explicam o porquê as coisas acontecem e como acontecem. E, apesar do salto enorme de 30 anos na vida de cada civil que vai para a guerra, o passado sempre dá um jeito de reaparecer.

E como se não bastasse o tanto de ação e tiros contra os alienígenas, o filme também tem a sua parte mais sentimental. Já que além de Dan ter problemas com o seu pai, a sua filha do futuro mostra para Dan que ele cometeu os mesmos erros que jurou jamais cometer. Mas, que tudo isso precisa ser deixado de lado quando um bem maior está em jogo.

As Referências com a Atualidade

No filme, Pratt é um cientista. E, apesar de o filme ser futurista, o telespectador consegue entender a importância da ciência. E, é perfeitamente possível fazer uma relação do ataque alienígena com a pandemia do novo corona vírus. Isso só faz o telespectador entender ainda mais a importância de investir nos estudos desses profissionais. Uma vez que, são eles que descobrem as coisas que podem nos ajudar. Assim como todos trabalharam incansavelmente para desenvolver uma vacina contra o corona vírus.

Mostra também a importância da união, o que também pode ser comparado com os tempos que vivemos hoje. O ataque alienígena não atinge um país, uma raça, uma cor. Atinge a todos. Assim como a pandemia, que não escolheu e não escolhe as suas vítimas. Mas, A Guerra do Amanhã traz uma importante reflexão sobre o que é a empatia. E o que é pensar também no próximo, e não só em nós. Ou seja, a união de todas as pessoas ao redor do mundo não é apenas possível na ficção, mas sim, uma verdadeira realidade.

O sentimento que Forester tem por sua filha é o mais emocionante no filme. Não atrapalha toda a ação e o foco em salvar o planeta, mas faz quem assiste acreditar no amor verdadeiro e na empatia. Já que esses são os sentimentos que movem o personagem de Pratt a agir como ele age. E claro, mostra também que a vida tem sim suas segundas chances, e que elas não devem ser desperdiçadas. O que hoje faz muito sentido para quem sobreviveu ao corona vírus.

Considerações Finais

A Guerra do Amanhã não é um filme de ação qualquer. É um filme que traz uma importante reflexão sobre a empatia, coisa que para muitos parece ser algo complicado. A sutileza que a história tem em trazer assuntos importantes à tona é impressionante, o que faz com o que o telespectador não assista apenas um dos melhores filmes de ação, mas também desperta o melhor do ser humano que existe em cada um de nós.

A direção e os efeitos fazem tudo isso ficar ainda mais forte. Além de deixar todas as cenas de explosões e confusões mais vivas, o foco no personagem cria uma sensação de carinho por ele. Mostrar todo o drama, a luta e a vontade de salvar o planeta de perto, conforta o telespectador e faz ele acreditar que tudo vai dar certo. Coisa que o personagem de Pratt diz muito para a sua filha. E que claro, ela repete para o pai quando ele precisa ouvir.

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O mais impressionante em A Guerra do Amanhã são os sentimentos que vêm à tona. Coisas que quase nenhum filme de ação faz, já que, na maior parte das vezes, a intenção é prender o telespectador. Mas, filmes que trazem uma reflexão mais importante por trás são os melhores tipos de filme. E o filme faz justamente isso. Além de misturar a ação com a emoção, quebra todas as expectativas e surpreende quem passa as duas horas e vinte minutos vidrados nos acontecimentos.

Crítica | A Guerra do Amanhã traz mais emoção do que ação

Título: A Guerra do Amanhã (The Tomorrow War, 2021)
Diretor: Chris McKay
Elenco: Chris Pratt, Yvonne Strahovski, Betty Gilpin, J.K. Simmons, Ryan Kiera Armstrong, Sam Richardson
Nota5/5

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Camila Scovoli
Redatora do QN. Apaixonada pela cultura pop. Não vivo sem música, clipes e documentários sobre música. Amo conversar sobre as teorias dessa indústria. Alexa, play 5 Seconds of Summer.